“Gastar Dinheiro Com o Espaço é Justamente Para Resolver Problemas da Terra”, diz Di Pippo
Olá leitor!
Veja abaixo uma nota postada ontem (01/08) no site da
Força Aérea Brasileira (FAB), destacando que segundo a Representante da ONU
Para Assuntos Espaciais, Simonetta Di Pippo, em seu segundo dia de visita ao Brasil, disse que, “Gastar
dinheiro com o espaço é justamente para resolver problemas da Terra”.
Duda Falcão
ESPAÇO
“Gastar Dinheiro Com o Espaço é Justamente
Para Resolver
Problemas da Terra”, diz Di Pippo
Em seu segundo dia de atividades no Brasil, Diretora do
UNOOSA
conhece estruturas do programa espacial na Capital
Federal
Por Tenente Gabrielli
Revisão: Major Alle
Edição: Agência Força Aérea
Publicado: 01/08/2018 21:28
Fotos: Sargento Bianca Viol / CECOMSAER
Após conhecer as instalações do Centro de Lançamento de
Alcântara (CLA), a Diretora do Escritório das Nações Unidas para Assuntos
do Espaço Exterior (UNOOSA) cumpriu, nesta quarta-feira (01/08), uma agenda de
visitas e eventos na Capital Federal, em seu segundo dia no Brasil. Além de
conhecer estruturas importantes ao Programa Espacial Brasileiro, como a sala de
onde é feito o controle do satélite geoestacionário brasileiro, Simonetta Di
Pippo foi recebida pelo Comandante da Aeronáutica. Ela também proferiu uma
palestra em que destacou o papel da área espacial no desenvolvimento das nações
e na resolução de problemas da humanidade. “Muitas vezes nós ouvimos: por que
gastar dinheiro no espaço se temos tantos problemas aqui? Gastar dinheiro com o
espaço é justamente para resolver os problemas da Terra”, disse ela.
Em audiência com o Comandante, Tenente-Brigadeiro do Ar
Nivaldo Luiz Rossato, o principal assunto tratado foi referente ao envio de uma
representação brasileira para atuar junto ao UNOOSA, com o intuito de estreitar
laços e facilitar a cooperação, o que deve acontecer já em 2019. “Queremos
colaborar com iniciativas internacionais para a área espacial, de uso pacífico,
e acreditamos que sua visita e a aproximação com o UNOOSA são essenciais”,
disse ele. O Tenente-Brigadeiro também destacou que o programa brasileiro é
todo dual, ou seja, pensado para que os engenhos espaciais tenham usos civis e
militares ao mesmo tempo – o que já acontece, por exemplo, com o Satélite
Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).
Di Pippo defende que o uso do espaço precisa acontecer em
consonância com outras temáticas de interesse humano e social e que seus
benefícios precisam ser distribuídos de forma equitativa, até mesmo entre
aquelas nações que não têm nenhum satélite em órbita. Em sua palestra,
realizada nas dependências do prédio do Comando da Aeronáutica, Simonetta Di
Pippo explicou que a função do UNOOSA é ser um facilitador, no sentido de
colocar não só governos, mas empresas e instituições de ensino e pesquisa em
contato. Também destacou que o cenário espacial evoluiu muito desde que o
primeiro satélite foi colocado em órbita, em 1957. “Hoje, há mais de 70
agências espaciais no mundo e em torno de 1.800 satélites em operação”, disse
ela.
A representante da ONU disse que a organização definiu
uma agenda com 17 objetivos globais para o desenvolvimento sustentável, a serem
cumpridos até 2030, e que o UNOOSA também se compromete com essas questões,
relacionadas, por exemplo, à educação de qualidade, à igualdade de gêneros e à
promoção de parcerias para pensar soluções conjuntas. Di Pippo citou como
exemplo um projeto de cooperação espacial, facilitado pelo Escritório, entre o
Japão e o Quênia para a construção e lançamento de um cubesat -
satélite de pequeno porte, em forma de cubo, voltado, principalmente, a
pesquisas espaciais. Com a parceria, o Quênia teve seu primeiro satélite em
órbita e tomou a decisão de iniciar sua própria agência espacial. “Foi o
primeiro para o desenvolvimento”, afirmou.
Após a palestra, Di Pippo passou pela Agência Espacial
Brasileira (AEB), onde foi recebida pelo Presidente, José Raimundo Coelho,
reunido com todo o efetivo. Ela também visitou o Comando de Operações
Aeroespaciais (COMAE) – organização da Força Aérea que controla, por meio do
Centro de Operações Espaciais (COPE), a operação do SGDC, e se prepara para
encabeçar a captação de imagens de satélites de órbita baixa. A visitação
incluiu as obras do novo prédio do COPE, que estão em fase de
finalização.
O Comandante do COMAE, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos
Vuyk de Aquino, que recebeu a visitante, explicou que o Brasil tem trabalhado
para reunir imagens satelitais da superfície terrestre e prover a todos os
órgãos que necessitarem, diminuindo os custos. As imagens vão ajudar no
desenvolvimento urbano, na agricultura, em fiscalizações ambientais, entre
outros. Ele também reforçou a preocupação do país em trabalhar em conjunto com
outras nações. “É preciso pensar não como um país isolado, mas como um
continente, abrangendo toda a América do Sul. Podemos nos desenvolver juntos”,
disse.
Nesta quinta-feira (02/08), Di Pippo estará em São José
dos Campos (SP), para conhecer o Departamento de Ciência e Tecnologia
Aeroespacial (DCTA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Assista ao vídeo para mais informações sobre a agenda de Simonetta Di Pippo em Brasília
Fonte:
Site da Força Aérea Brasileira (FAB) - http://www.fab.mil.br
Comentário: Pois é, tá ai a notícia leitor do segundo dia
da Sra. Simonetta Di Pippo no Brasil.
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