Vamos Realmente Parar de Lançar Foguetes ao Espaço?
Olá leitor!
Segue abaixo um interessante artigo publicado dia (20/08)
no site do Sputnik News Brasil questionando se realmente os foguetes deixarão
de ser no futuro a nossa primeira opção para o transporte espacial?
Duda Falcão
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Vamos Realmente Parar de
Lançar Foguetes ao Espaço?
Sputnik News Brasil
20/08/2018 - 09:53
© Sputnik / Yevgeny Biyatov
O engenheiro americano Robert Goddard, lançou em 16 de
março de 1926 em Auburn, Massachusetts, o primeiro foguete a utilizar
combustível líquido. O último voo durou em torno de 2,5 segundos e terminou a
181 pés de distância, mas isso proporcionou um dos voos mais significativos da
história.
Noventa e dois anos depois, os gigantescos foguetes se
tornaram o padrão para voos espaciais, seis vezes mais altos do que o foguete
original de Goddard, lançando a humanidade para além da atmosfera terrestre. Os
lançamentos são um verdadeiro espetáculo, oferecendo a cada lançamento a
oportunidade de testemunhar o potencial coletivo da humanidade para ultrapassar
barreiras e alcançar novas alturas através do cérebro e cooperação, conforme
referido em um artigo publicado por Ross Pomeroy no site RealClearScience.
Mas os foguetes permanecerão como nossa primeira opção
para o transporte espacial no futuro distante? Ou eles serão substituídos por
novos métodos e tecnologias?
Os foguetes estão longe da perfeição, pois já
apresentaram alguns problemas, tais como astronautas que morreram durante o
lançamento e também perda de equipamentos durante o voo, além de terem um alto
custo. Segundo o engenheiro químico Don Pettit, "sentar no topo do foguete
é mais perigoso do que sentar em uma garrafa de gasolina!" Pettit, que aos
62 anos é o astronauta mais velho da NASA, já participou de cinco missões à
Estação Espacial Internacional, correspondendo ao total de 369 dias, 16 horas e
41 minutos no espaço.
Um dos projetos mais futurísticos e exagerados referidos
como o substituto do foguete é o elevador espacial. Um elevador espacial é
muito simples no papel: estender 22.000 milhas de um conjunto de cabos de uma
estação espacial em orbita geoestacionária até uma estrutura correspondente em
algum lugar da Terra. Cabines fixadas nos cabos iriam ascender até ao espaço. O
problema, entretanto, é que o sistema de cabos deve ser construído de um
material mais forte do que tudo que já vimos até hoje. Uma cabine de elevador
poderia potencialmente levar passageiros e cargas para o espaço em uma semana
com um custo sete vezes mais menor que o foguete SpaceX Falcon Heavy, o foguete
mais econômico disponível atualmente. Aparentemente, isso vai praticamente
permanecer na esfera da ficção por muito e muito tempo.
Além disso, há uma outra solução ainda mais audaciosa e
interessante que é o Star Tram. O que é muito interessante é que toda a
tecnologia requerida para o Star Tram já existe hoje, apenas sendo necessário
muito tempo para ser implementado. O Star Tram seria uma nave espacial,
levitando magneticamente, impulsionada dentro de um tubo curvo rumo ao céu.
Todo o ar seria evacuado do tubo, eliminando o arrasto. A aeronave sairia do
tubo comprido a uma velocidade de 8,8 quilômetros por segundo, saindo da
atmosfera terrestre. O design da primeira geração do Star Tram seria para
lançar naves de transporte de carga por um longo tubo de 81 milhas construído
ao lado de uma montanha para alcançar uma altitude de lançamento de 12.000 a
20.000 pés. O Star Tram poderia reduzir os custos de transporte para o espaço
para apenas 20 a 50 dólares por quilograma.
Outra ideia, mas desta vez, da JP Aerospace, é de
utilizar foguetes gigantes para levar aeronaves gigantes que subiriam
suavemente ao espaço, podendo transportar cargas e passageiros para uma Dark
Sky Station flutuando permanentemente a 140.000 pés. Daí, a aeronave Órbita
Ascendente, com motores a íons completaria a viagem para o espaço.
Com tantas ideias, nós realmente poderíamos substituir os
foguetes? Aparentemente, as aeronaves da JP Aerospace provavelmente
possuem a melhor chance de representarem um desafio a curto prazo, mas é claro
que com o crescimento da indústria de foguetes privados haverá uma competição
que vai estimular as inovações.
Fonte: Site Sputniknews - http://br.sputniknews.com/
Comentário: Bom leitor eu acredito que nos próximos 20
anos novas tecnologias de propulsão surgirão no mercado, como por exemplo, a Propulsão
a Laser, a Propulsão hipersônica ar aspirado, entre outras. Porém acredito que
o lançamento de foguetes continuará sendo a solução ainda por pelo menos uns 50 anos para a grande maioria
dos países que se aventurarem por um Programa Espacial próprio. Aproveito para agradecer a nosso leitor Cássio Carlos Oliveira (presidente do CEFAB) pelo envio deste interessante artigo.
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