Brasil Prioriza CLA em Visita do Secretário de Defesa dos EUA

Olá leitor!

Uma matéria foi publicada na edição de ontem (14/08) do O jornal “O Estado do Maranhão” de São Luís, destacando que durante a visita oficial do Secretário de Defesa do EUA, James Mattis, a sede do Ministério da Defesa (MD) em Brasília, o Brasil priorizou as discussões sobre o uso da Base de Alcântara pelo TIO SAM.

Duda Falcão

O PAÍS

Brasil Prioriza CLA em Visita
do Secretário de Defesa dos EUA

Ministro brasileiro afirmou que acordo pode ser finalizado ainda neste ano; para o
Centro de Lançamento de Alcântara, é considerado fundamental, já que o Brasil
poderá ter acesso ao mercado bilionário do envio de satélites ao espaço

O Estado Do Maranhão
14/08/2018

Foto: O Globo
Ministro brasileiro da Defesa, Joaquim Silva e Luna,
conversa com secretário da Defesa dos EUA, James Mattis.

BRASÍLIA – O ministro brasileiro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, pediu ontem empenho do secretário americano de Defesa, James Mattis, para finalizar o quanto antes o acordo de salvaguarda tecnológica com os Estados Unidos que pode viabilizar o envio de satélites a partir da base brasileira de Alcântara, no Maranhão. Após um encontro bilateral, Silva e Luna disse esperar que o acordo seja assinado ainda neste ano. Desde domingo, Mattis está em sua primeira viagem pela América do Sul, iniciada no Brasil.

"Havia dois pontos com diferenças de redação, já resolvemos um e estamos trabalhando no outro", disse o ministro brasileiro. Por sua vez, Mattis disse que os dois lados estão trabalhando em busca de um terreno comum para finalizar um acordo sobre a base brasileira.

O acordo para a base de Alcântara é considerado fundamental para que o Brasil tenha acesso ao mercado bilionário do envio de satélites ao espaço. Parado desde 2003, recebeu no início do ano o sinal verde das autoridades americanas. Se aprovado, terá que ser aprovado pelo Congresso brasileiro.

De acordo com o ministro da Defesa, o Brasil tem interesse na produção de informações do satélite. “Enfatizamos muito já que os Estados Unidos têm uma grande capacidade de informação na área, que é a de inteligência por meio de satélites de imagem”, disse Silva e Luna aos jornalistas após o encontro com o secretário de Defesa, sem especificar se o interesse brasileiro diz respeito à segurança, telecomunicações, clima e/ou meio ambiente.

“Na verdade, está se tratando não do que sai do chão, mas do que está no espaço. A preocupação é com o que está no espaço não é com o centro de lançamento em si, já que é um espaço livre e uma área que não ameaça a segurança das nações”, assinalou Silva e Luna.

Silva e Luna disse ainda que pediu ao americano mais cooperação na área cibernética e no compartilhamento de informações, e que os dois trataram da situação da Venezuela. Mattis também se encontrou com o ministro das relações exteriores, Aloysio Nunes Ferreira.

O americano desembarcou na noite de ontem,13, no Rio, onde dará uma palestra na Escola Superior de Guerra na manhã de hoje, 14. A última visita de um secretário de Defesa americano ao Brasil foi com Leon Panetta, em 2012, durante o governo de Barack Obama. Os dois países passam por uma fase de maior cooperação na área de segurança, depois de boas experiências na Copa do Mundo e nas Olimpíadas. No início do ano, foi criado um foro bilateral sobre o tema.

Passando também por Argentina, Chile e Colômbia, Mattis visitará países mais alinhados ideologicamente com Washington. A Colômbia acabou de ser aceita como “parceiro global” da Otan, o Chile tem agora um presidente conservador, Sebastian Piñera, e a Argentina vem se reaproximando dos EUA desde a posse de Mauricio Macri, no final de 2015. Mattis, general da reserva dos Fuzileiros Navais, é o único secretário da área de segurança nacional que está no cargo desde o início do governo Trump.

Missão Espacial

São quase 40 anos de promessas desde que, em 1979, a ditadura militar lançou a Missão Espacial Completa Brasileira prevendo a criação de um centro espacial no país. Após três tentativas frustradas de lançamento de foguetes VLS (veículos lançadores de satélites), umas dais quais resultou em 21 mortes, o governo do presidente Michel Temer busca tornar a proposta realidade por meio de um controverso acordo com os Estados Unidos ainda este ano.

O objetivo é viabilizar o uso comercial do CLA, no litoral do Maranhão, o que em outras palavras significa gerar recursos alugando a base para países e empresas colocarem seus satélites em órbita. O CLA pertence ao Estado brasileiro e é gerido pela Aeronáutica.

O local é celebrado como uma das melhores zonas de lançamento do mundo, já que sua localização muito próxima da linha do equador permite uma economia de cerca de 30% no combustível necessário para essas operações. O Brasil, no entanto, nunca conseguiu por meios próprios realizar lançamentos para colocar satélites em órbita. Já uma parceria com a Ucrânia consumiu desde 2007 R$ 480 milhões sem alcançar seu objetivo.


Fonte: Jornal O Estado do Maranhão – 14/08/2018 – Pág. 05

Comentário: Pois é leitor, ta ai o relato deste encontro deste jornal maranhense que tem sido nos últimos anos uma das fontes de informação sobre o PEB e sua pseudo politica desastrosa. Agora só resta aguardar para ver no que toda essa movimentação vai resultar de verdade. Aproveitamos para agradecer ao nosso leitor maranhense Edvaldo Coqueiro pelo envio desta matéria.

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