INPE Promove Curso Gratuito na Área de Introdução às Tecnologias Espaciais
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria publicada na edição de Julho
do ”Jornal do SindCT“ destacando que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE) realizou entre os dias 10 e 26 de julho, a 14ª edição do “Curso de
Inverno de Introdução às Tecnologias Espaciais”.
Duda Falcão
ESPAÇO
Curso Visa Disseminar Conhecimento Para a Sociedade
INPE Promove Curso Gratuito na Área
de Introdução às
Tecnologias Espaciais
42 palestrantes e 33 monitores atuaram na 14ª edição do
Curso de Inverno promovido pelo INPE
Por Shirley Marciano
Jornal do SindCT
Edição nº 70
Agosto de 2018
Foto: Shirley Marciano
Entre os dias 10 e 26 de julho, foi realizada a 14ª
edição do Curso de Inverno de Introdução às Tecnologias Espaciais. O evento,
promovido anualmente pelo Instituto de Pesquisas Espaciais - INPE, é gratuito e
tem como público-alvo os alunos de graduação de todo o Brasil.
O curso é dividido em duas fases: a primeira, com duração
de duas semanas, é composta por palestras teóricas; e a segunda, com duração de
uma semana, é composta por miniestágios práticos e visitas técnicas. A
programação prevê atividades de introdução às áreas de engenharia de sistemas,
satélites e seus subsistemas, montagem, integração e testes, veículos
lançadores, aplicações, ambiente espacial, história, economia e direito
espacial, totalizando 42 palestrantes e 33 monitores de miniestágios.
"É a primeira vez que sou coordenador desse curso,
antes eu só dava aula. Então, dessa vez, implementamos diversas pequenas
mudanças. Investimos bastante em divulgação, mas o mais importante é que
mudamos o formato das palestras para dinamizar. Passamos de duas para uma hora.
A ideia é não entrar em detalhe e sim dar uma passada geral. Com isso, dobrou o
número de palestras e diversificou mais”, explica Gino Genaro.
Esse ano foram disponibilizadas 70 vagas para o Curso de
Inverno. As inscrições puderam ser realizadas pelo site do INPE e a seleção
ocorreu pela ordem cronológica de inscrição. Para participar desse curso anual,
é necessário que o aluno esteja regularmente matriculado em qualquer curso de
graduação, não necessariamente engenharia.
Apesar de o curso ser aberto a estudantes das várias
áreas do conhecimento, pela natureza de sua programação, 94% dos selecionados
são ligados a cursos da área de exatas, em particular de engenharia
aeroespacial ou aeronáutica. A participação de mulheres é expressiva, 38%,
possivelmente um percentual próximo ao de matriculadas em cursos de engenharia.
A maioria dos inscritos são da região sudeste, com 60%, e Sul, com 18%.
Para Sabrina Lúcio, estudante de Engenharia Aeronáutica,
da Universidade de Taubaté, o curso é muito interessante: “Estou adorando. Me
dá uma outra perspectiva, porque eu estudo a tecnologia do avião e aqui o
assunto é espaço. Depois de conhecer um pouco mais sobre a área, me balançou
muito para saber mais”, afirmou.
“Estou realizando um sonho. Na verdade, sempre quis
conhecer o INPE, porque amo a área espacial e, por isso, consumo muito material
sobre esse assunto. Estou sempre lendo e vendo documentários. Para mim, todo
dia é bem emocionante. Conhecer os profissionais da área é uma satisfação também.
E me vejo vindo para cá. Tenho muito interesse na parte de engenharia de
sistema. Aqui é como a NASA do Brasil”, disse Cristthian Arpino, estudante de
Física, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Genaro ressalta que outra inovação do curso foi o apoio
técnico ou financeiro da Associação Aeroespacial Brasileira - AAB e das
empresas Fibraforte, Orbital, Visiona e CACI, todas ligadas ao setor espacial.
“No aspecto financeiro, este apoio possibilitará fornecer aos alunos mais
conforto (coffee-breaks, pasta, crachá) e acesso ao conteúdo didático do curso
(Handbook). No aspecto técnico, estas empresas nos apoiam cedendo licenças de
software aos alunos e abordando suas experiências na área de pesquisa e
desenvolvimento tecnológico, bem como as possibilidades profissionais para os
recém-formados que desejam atuar no setor".
Ao final do curso, o aluno recebe um certificado oficial,
assinado pela direção do INPE. O documento é registrado, ou seja, possui
validade em todo o território nacional e é aceito como crédito de carga horária
extracurricular em universidades; provas de títulos; preenchimento de
exigências em Concursos Públicos; processos de recrutamento e seleção;
promoções internas nas empresas; seleções de mestrado e doutorado;
gratificações adicionais, de acordo com plano de carreira; e valorização do
currículo. Para receber o certificado, o aluno deve ter, no mínimo, 80% de
participação no curso, além de realizar duas provas conceituais de múltipla
escolha ao final de cada semana de aula.
A coordenação ratifica que esse curso, assim como os
demais cursos promovidos pelo INPE, visam, principalmente, disseminar o
conhecimento para a sociedade, o que é um dos papéis do Instituto. Além disso,
proporciona uma oportunidade para que os alunos conheçam o que é desenvolvido
no INPE e os incentiva tanto a fazer mestrado e doutorado nessa área, como a
prestar concurso para trabalhar no órgão.
“A área que estudo tem uma ligação muito forte com o
curso, no que diz respeito ao tratamento e disponibilização dos serviços de
dados, que são obtidos dos satélites. O meu interesse maior é saber como é
feito o processamento de dados de sensoriamento remoto, processamento de
imagens e quais são os protocolos principais para fazer o envio de dados. Aqui
é um ambiente incrível. Depois que conheci, fiquei interessada em fazer uma
pós-graduação nessa área”, ressalta Letícia Coelho, aluna do curso de
Engenharia de Telecomunicações, do Instituto Federal de Santa Catarina.
Fonte: Jornal do SindCT - Edição 70ª - Agosto de 2018 –
Pág. 10
Comentário: Olha só galera quem participou desse curso em
São José dos Campos, o nosso caro amigo e pioneiro do foguetemodelismo no Brasil,
o Sr. Paulo Gontran (o Príncipe
de Pelotas) líder do Centro Gaúcho de Pesquisas Aeroespaciais (CEGAPA) de
Pelotas, ao qual aproveito para enviar um forte e fraternal abraço.
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