INPE Produz Mapa Sobre Quantidade de Biomassa na Amazônia
Caro leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (08/08) no site
oficial do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o
instituto produz mapa sobre quantidade de Biomassa na Amazônia.
Duda Falcão
NOTÍCIA
INPE Produz Mapa Sobre Quantidade
de Biomassa na Amazônia
Por INPE
Publicado: Ago 08, 2018
São José dos Campos-SP, 08 de agosto de 2018
Os governos de diversos países têm somado esforços para
combater o aquecimento global e isto inclui ações para reduzir o desmatamento,
em especial em nações por onde se estendem florestas tropicais. O mecanismo
denominado REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal),
proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU) para contribuir com ações
desta natureza, necessita de dados de qualidade e confiáveis sobre a
quantificação do estoque de carbono associado à biomassa florestal, bem como ao
monitoramento do desflorestamento em si.
Pesquisas sobre as florestas tropicais incluem temáticas
que perpassam pela ciclagem de nutrientes, emissões de gases a partir do
desmatamento, biodiversidade, questões sociais relacionadas ao uso dos recursos
florestais e às comunidades tradicionais, por exemplo. De forma geral, estes
estudos podem contribuir à gestão regional, incluindo, decisões de manejo dos
recursos florestais.
Considerando aspectos relacionados à estrutura da
floresta amazônica, vários grupos de pesquisa vêm trabalhando há anos para
produzir mapas de estimativa de biomassa e, consequentemente, da estimativa da
quantidade de carbono estocado na maior floresta tropical do planeta. Porém,
por uma série de fatores, como a dificuldade da determinação da biomassa em
campo, diferentes metodologias aplicadas e fontes de dados de sensoriamento
remoto, as estimativas da biomassa variam entre as pesquisas e os mapas
divulgados.
No contexto do Projeto Monitoramento
Ambiental por Satélites no Bioma Amazônia (MSA), financiado pelo Fundo
Amazônia e executado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em
parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
desenvolveu-se o projeto “Melhoria dos métodos de estimativa de biomassa e de
modelos de estimativa de emissões por mudança de uso da terra”. A atividade foi
coordenada pelo pesquisador Jean Ometto, chefe do Centro de Ciência do Sistema
Terrestre (CCST) do INPE.
O trabalho utilizou a tecnologia LiDAR, que é um sensor
laser ativo capaz de modelar a superfície do terreno tridimensionalmente,
obtendo informações da altura da vegetação. O objetivo foi gerar um novo mapa
de biomassa florestal para a Amazônia, reduzindo incertezas relacionadas às
estimativas de cada área amostrada e da representação dos dados para a região.
“Esse projeto é a primeira iniciativa do Brasil para a coleta de um grande
volume de dados LiDAR no bioma Amazônia”, diz Ometto.
Com o uso do sensor LiDAR aerotransportado foi possível
obter informações precisas da altura da vegetação de áreas representativas e
com variabilidade de condições e características florestais do bioma Amazônia,
como florestas protegidas, degradadas, florestas secundárias e alagáveis.
“Por meio das informações obtidas com os dados LiDAR e
realizando trabalho de inventário florestal foi possível estimar a biomassa
florestal com boa precisão. A utilização conjunta de outras fontes de dados de
sensoriamento remoto e dados de inventários florestais em campo, possibilitou
extrapolar a biomassa para toda a área de cobertura florestal do bioma”,
explica o pesquisador do INPE.
Além de sobrevoar as áreas definidas a partir do
mapeamento do PRODES
- Monitoramento da Floresta Amazônia Brasileira por Satélite, a aeronave
que transportava o LiDAR sobrevoou áreas de vegetação secundária mapeadas
anteriormente pelo Projeto TerraClass Amazônia e
áreas de florestas sazonalmente inundadas.
“Dentre as possíveis aplicações desse mapa de estimativa
de biomassa florestal, está a contribuição às discussões e base de dados
utilizados pelas Comunicações Nacionais para a Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), do Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas (IPCC) e nos mecanismos de incentivo à redução de emissões
de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e da degradação
florestal, a exemplo do REDD+. Além disso, o mapa produzido poderá auxiliar
modelos climáticos e de vegetação que demandam dados desta variável como
parâmetros de entrada”, diz Ometto.
O Projeto Monitoramento Ambiental por Satélites no Bioma Amazônia
(MSA) teve início em 2014 para apoiar o desenvolvimento de estudos
sobre usos e cobertura da terra no bioma Amazônia, bem como a ampliação e o
aprimoramento do monitoramento ambiental por satélites realizado pelo INPE. Foi
executado pelo Instituto através de sua instituição de apoio, a Fundação de Ciência,
Aplicações e Tecnologias Espaciais (Funcate) e o BNDES, com recursos do Fundo
Amazônia.
Nos dias 13 e 14 de agosto, no INPE em São José dos
Campos (SP), será realizado o seminário de encerramento do projeto, onde serão
apresentados e discutidos os resultados obtidos durante sua execução.
Por meio das informações obtidas com os dados LiDAR
e
realizando trabalho de inventário florestal foi possível
estimar a biomassa
florestal com boa precisão.
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Projeto é a primeira iniciativa do Brasil para a coleta de
um grande volume de dados LiDAR no bioma Amazônia.
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Aeronave que transportou o sensor LIDAR
em sobrevoos pela
Amazônia.
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Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
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