Turismo Espacial Será Possível em Dois Anos, Diz Marcos Pontes, o Astronauta Brasileiro
Caro leitor!
Segue abaixo uma entrevista com o astronauta Marcos
Pontes postada ontem (21/08) no site “Gauchazh” onde mesmo prevê que o Turismo
Espacial será possível dentro de dois anos.
Duda Falcão
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Rumo ao Espaço
Turismo Espacial Será Possível em Dois Anos,
Diz Marcos
Pontes, o Astronauta Brasileiro
Primeiro brasileiro a ir para o espaço, em 2006, Pontes
esteve em Porto Alegre
divulgando o Kennedy Space Center, maior centro de
visitação da NASA
Por Camila Kosachenco
21/08/2018 - 18h31min
Atualizada em 21/08/2018 - 18h33min
Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS
Pontes também mantém a Fundação Astropontes,
que aproxima
a ciência de crianças e adolescentes.
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Simpático e falante, Marcos Pontes, conhecido por ser o
primeiro brasileiro a ir ao espaço, está de passagem pelo Rio
Grande do Sul, em trabalho de divulgação do Kennedy Space Center,
situado na Flórida, nos Estados
Unidos. O local é considerado o maior centro de visitação da NASA,
agência espacial norte-americana, e tem um grande braço voltado para pesquisa e
desenvolvimento de tecnologia.
Em visita a Capital nesta
terça-feira (21), Pontes, que é astronauta da NASA, conversou com GaúchaZH sobre seu
trabalho nos EUA, seus projetos no Brasil e uma possível atuação como ministro
da Ciência e Tecnologia em caso de vitória de Jair Bolsonaro (PSL), candidato a
Presidência da República. Por algumas vezes, entre as xícaras de café com leite
e os copos de suco de laranja, Pontes foi obrigado a pausar o papo para tirar
fotos com os hóspedes do Plaza São Rafael, onde ocorreu a entrevista. Sem
titubear, levantou-se e posou com os fãs.
Entusiasta da educação como
"solução de tudo", ele mantém a Fundação Astropontes, que tem como
objetivo aproximar a ciência de crianças e jovens estudantes brasileiros.
— Eu sou obcecado por educação. Eu vejo nela a solução de
tudo aquilo que a gente reclama. Ela está na base. Estamos falando de tantas
coisas que são importantes agora, mas, no meu ponto de vista, é como se
estivesse sendo tratada a febre sem tratar da causa. Então, eu acho que tem que
mexer na educação.
Confira a entrevista:
Como é seu trabalho na NASA?
Eu tenho contrato com eles. Estava no Programa Espacial
Brasileiro até 2016, com quem eu tinha um acordo de 10 anos a partir do voo,
que foi em 2006 (Pontes embarcou na nave russa Soyuz TMA-8, rumo à Estação
Espacial Internacional, a ISS, tornando-se o primeiro brasileiro a ir para o
espaço). Ele não foi renovado e fiquei só com os contratos com a NASA. A NASA
tem centros independentes administrativamente, então não quer dizer que, tendo
contrato com um, tem com todos. Com empresas do Johnson Space Center, eu
trabalho com integração de sistemas e painéis. E com o Kennedy, tenho essa
parte de representação da NASA.
Como isso funciona?
Por exemplo, toda a semana tem um astronauta que fica de
serviço lá (no Kennedy) para representar a NASA perante turistas e
autoridades que chegam. Aí, você é responsável por receber as pessoas, você
fala em nome da NASA... Praticamente todas as unidades da NASA têm uma parte
operacional e uma aberta à visitação. E o Kennedy é o centro com a parte de
visitação mais desenvolvida.
Quando teremos turismo espacial?
Tecnicamente, em no máximo dois anos. Eles (empresas
que investem nesse tipo de tecnologia) têm que ser certificados. Enquanto
tem astronautas dentro, pilotos de teste, como eu, você pode voar em aeronaves
experimentais. Se acontecer um acidente, você terá astronautas, o que,
teoricamente faria parte do trabalho. Não tem influência legal muito grande.
Agora, se você perde turistas, é diferente. Mas isso (o turismo espacial)
pode acontecer no ano que vem, com um custo aproximado de US$ 250 mil (cerca
de R$ 997 mil, em conversão de 21 de agosto) para 1h45min a 2h (duração
das viagens). Mas esse custo vai reduzir.
Qualquer turista poderá fazer essas viagens?
O treinamento para turista será bem simples. Pode-se
comparar com o comprar uma passagem de avião, na qual você entra na aeronave e
recebe as instruções do comissário. Então, para uma das empresas que está
trabalhando nisso, o turista terá um treinamento básico de duas semanas
explicando questões de fisiologia – o que vai acontecer com o corpo –, e depois
tem treinamento mais específico, no Novo México, onde também são feitos exames
médicos. A pessoa não poderá ter problemas de coluna, coração etc.
Como é feito o trabalho em sua fundação, a
Astropontes?
A gente trabalha com ciência e tecnologia para educação,
então, tudo que envolve isso e que possa interessar alunos desde o fundamental
até a faculdade, me interessa muito. Como era quando eu aprendi na escola? A
gente sentava, o professor explicava uma matéria, física, por exemplo, colocava
as equações no quadro, as pessoas querem decorar e, depois que você aprende,
vai lá, faz prova e vai no laboratório para testar. Ultrapassado! Você não
consegue chamar atenção de aluno hoje em dia com esse tipo de aula. Isso aqui é
muito mais interessante, convenhamos (diz, levantando o smartphone).
Como a gente faz para atrair a atenção dos alunos? Coloca o que a vida real
apresenta: você, no dia a dia, encontra um problema, vai aprender a resolvê-lo.
Por exemplo: nós usamos robótica, aerodinâmica, eletrônica, todas essas coisas
que parecem legais. Aí chegamos para eles cheio de componentes eletrônicos e
falamos: sua função é construir um rádio que vai operar da frequência tal a tal
na AM. O legal é que, a partir daí, eles têm uma situação de vida e vão buscar
a solução.
A gente organiza competições em cidades, tem shows aéreos
voltados para ciência e tecnologia e, atualmente, fizemos acordo com uma
instituição de Bauru (SP) que atende crianças da periferia no contraturno das
aulas. Vamos levar cursos de aeroespacial para alunos dos ensinos Fundamental e
Médio.
Falou-se que o senhor poderia integrar o governo de
Bolsonaro, em caso de vitória dele na disputa à Presidência da República. Qual
o seu envolvimento com a política?
Fico sempre tangenciando. Recebo muito convite para ser
candidato, eu fui em 2014. Eu era amigo do Eduardo Campos. Então, ele me pediu
ajuda para desenvolver um programa em ciência e tecnologia, que é a minha área.
Comecei a montar planos para o governo dele quando ele disse que precisava de
candidatos bons em São Paulo. Eu respondi que não era minha especialidade, mas
ele insistiu e, no final, acabei aceitando. Só que eu não fazia campanha. Fiz
as coisas que eu faço normalmente, dava palestras e no fim dizia "Ah, eu
também sou candidato". Mas fiz quase 44 mil votos. Como Deus sabe o que
faz, talvez não fosse uma boa ideia naquela época. Aí este ano, Bolsonaro me procurou
para ajudar em programas na área. Assumiria o cargo de ministro de Ciência e
Tecnologia. Já falei para ele, se ele me colocar lá, eu assumo a missão. Isso é
o que eu sei fazer, está dentro do meu contexto.
Fonte: Site do Gauchazh - https://gauchazh.clicrbs.com.br
Comentário: Pois é está aí a entrevista de nosso astronauta
e eu agradeço mais uma vez a nossa leitora Mariana Amorim Fraga pelo envio
desta matéria.
Pode censurar Duda, não tem problema, mas este cara é um grande zero à esquerda; nunca foi nada nem ninguém. Um aproveitador que preferiu chutar a Arma a que pertencia para poder ganhar dinheiro com palestras. Esta conversa dele de ter contrato com a NASA é a coisa mais enganadora que se pode ouvir. Nunca gostei deste sujeito.
ResponderExcluirOlá Bernardino!
ExcluirCensurar porque? Respeito a sua opinião, mas discordo por não ser verdade. Além do mais, deixar a arma é uma prática comum entre astronautas e cosmonautas militares, tanto para viver de palestras sobre a sua experiencia espacial, bem como para trabalhar em empresa do setor. Nada demais nisso, é praxe e ele foi além. É um vencedor, ponto.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Vindo do primeiro turista espacial, eu acredito!
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