Representante da ONU Avalia Que Brasil Pode Projetar Sua Atuação na Área Espacial
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (02/08) no site da
Força Aérea Brasileira (FAB), destacando que a representante da ONU, Sra. Simonetta
Di Pippo, em seu ultimo dia no Brasil, esteve em visita ao Polo Aeroespacial de
São José dos Campos.
Duda Falcão
ESPAÇO
Representante da ONU Avalia Que Brasil
Pode Projetar Sua
Atuação na Área Espacial
Diretora do UNOOSA, organização da ONU voltada para o
espaço,
conheceu o polo aeroespacial de São José dos Campos
Por Tenente Gabrielli
Revisão: Major Alle
Edição: Agência Força Aérea
Publicado: 02/08/2018 - 22:28
Fotos: Sargento Peterson / DCTA
Para encerrar sua estada no Brasil, a Diretora do
Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior (UNOOSA),
Simonetta Di Pippo, visitou o polo aeroespacial de São José dos Campos (SP)
nesta quinta-feira (02/08). A representante da ONU, que já havia estado no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e visitado
as estruturas relacionadas ao programa espacial em Brasília (DF),
pôde ver de perto os projetos desenvolvidos no Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) e no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).
“Há muitas facilidades e planos para o futuro. Com certeza, há aspectos em que
possamos cooperar e já estamos discutindo possibilidades concretas para que
essa colaboração aconteça”, disse.
Segundo ela, os pontos fortes do Brasil para parcerias
internacionais são, principalmente, o CLA e o projeto para desenvolver um
lançador de microssatélites. "O novo programa, as novas atividades, as
discussões entre os governantes e a continuidade orçamentária das atividades
espaciais irão ajudar a posicionar ainda melhor o Brasil no cenário
internacional", avaliou Di Pippo.
Criado na década de 1950, junto com os primeiros passos
do Brasil na tentativa de explorar o espaço, o DCTA é uma organização da Força
Aérea Brasileira que congrega diversos institutos de ensino e pesquisa voltados
para a área aeroespacial. Devido a sua área de mais de 8,5 milhões de
quilômetros quadrados, o país depende das aplicações espaciais para o controle
do tráfico nas fronteiras, inclusão digital por meio de acesso à Internet em
áreas remotas, monitoramento de florestas e fiscalização do desmatamento, entre
diversas outras aplicações.
Focado em pesquisa relacionada ao desenvolvimento de
veículos espaciais, o órgão - por meio do Instituto de Aeronáutica e Espaço
(IAE) - já construiu uma família de foguetes de sondagem e está desenvolvendo
um novo veículo lançador. Segundo o Chefe da Subdivisão de Projetos do
IAE, Tenente-Coronel Aviador Antonio Henrique Blanco - que apresentou os dados
à visitante, o foguete de sondagem VSB-30 foi um marco para o Brasil.
“Desenvolvido em parceria com a agência espacial alemã, foi nosso veículo de
sondagem de maior sucesso, já lançado de países como Suíça, Austrália e
Noruega”, explicou. O VSB-30 se mantém, durante seis minutos, em um ambiente de
microgravidade - ou seja, com a força gravitacional muito próxima do zero,
permitindo experimentos científicos que dependem dessa condição.
Atualmente, o Instituto se concentra no desenvolvimento
do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM), que será capaz de colocar em
órbita uma carga máxima de 150 kg. Para isso, o motor S-50 está em fase de
testes e a previsão é de que seja validado já em 2019. Laboratórios que
sustentam os desenvolvimentos desses projetos, como o Laboratório de
Identificação, Navegação, Controle e Simulação (LINCS) e o Laboratório de
Ensaios Dinâmicos (LED), estiveram no roteiro de Di Pippo. Ela também
participou de uma atividade com alunos de graduação que são bolsistas de
iniciação científica e começam sua caminhada na ciência desenvolvendo pesquisas
nos institutos do DCTA. Hoje, 46 estudantes de instituições de ensino superior
do Vale do Paraíba participam do projeto.
O Diretor do DCTA, Major-Brigadeiro do Ar Hudson Costa
Potiguara, destacou a importância da visita de Di Pippo. Segundo ele, os
princípios do UNOOSA estão em consonância com o trabalho desenvolvido pelo
Brasil na área espacial. "É uma oportunidade de mostrar para o mundo como
é nosso trabalho, facilitando a busca de parceiros", avaliou o
oficial-general.
Após a passagem pelo DCTA, com foco nos lançadores, a
Diretora do UNOOSA conheceu os projetos brasileiros relacionados aos satélites,
em visita ao INPE. Atualmente, o Brasil possui três satélites de órbita baixa
sob responsabilidade do INPE: dois SCD, que realizam coleta de dados, e
o CBERS-4, desenvolvido em uma parceria com a China, que faz captação de
imagens - usadas principalmente para observação ambiental. Em um dos principais
laboratórios visitados por Di Pippo, o Laboratório de Integração e Testes
(LIT), foi possível, também, conhecer o ambiente de desenvolvimento do futuro
satélite brasileiro de observação da Terra, o Amazonia-1.
Veja no vídeo como foi a visita a São José dos Campos.
Fonte:
Site da Força Aérea Brasileira (FAB) - http://www.fab.mil.br
Comentários
Postar um comentário