1º Centro de Robótica do Brasil Visa Ampliar Chances na Área
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada dia (27/04) no “Portal
TERRA” destacando que o “1º Centro de Robótica do Brasil” visa ampliar chances
na área.
Duda Falcão
CIÊNCIA
Primeiro Centro de Robótica do Brasil
Visa Ampliar
Chances na Área
Iniciativa almeja se tornar referência numa área
tecnológica em
que Brasil entra com atraso. Porém perspectivas são
promissoras,
sobretudo para a melhoria da qualidade de vida.
Sede será em São Carlos, interior de SP
Portal Terra
27 de Abril de 2013 - 13h46
Atualizado às 14h13
Previsto para ser inaugurado este ano, o primeiro centro
de robótica brasileiro só deve estar concluído dentro de dois anos, numa
perspectiva otimista. A estimativa é do professor Marco Henrique Terra,
coordenador do Núcleo de Apoio à Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP). A
cidade de São Carlos, no interior do estado de São Paulo, abrigará a unidade,
projetada como futura referência nacional na tecnologia da construção de robôs.
A criação do centro foi anunciada em 2011 pela USP.
Inicialmente, ele deveria dividir uma única sede com outras áreas de
conhecimento. "Só percebemos que isso não funcionou no meio do caminho.
Tivemos de redefinir o procedimento de construção de maneira
individualizada", admite Marco Terra. Apesar da redefinição do prazo de
conclusão, o local da sede se manteve. A qualidade da proposta e a quantidade
de professores envolvidos pesaram na decisão pela cidade de São Carlos.
"O centro é uma necessidade. Essa iniciativa vai
aumentar a sinergia entre os pesquisadores e otimizar a aplicação dos recursos,
que ainda são bastante limitados no País", vislumbra o professor Guilherme
Augusto Silva Pereira, do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG), que concluiu o doutorado na área de robótica.
Pesquisas Para a Sociedade
O projeto abarca desde a pesquisa básica nas
universidades até a relação com institutos e empresas do exterior. Além de
estimular o intercâmbio entre os pesquisadores, o primeiro centro brasileiro de
robótica promete favorecer a criação de empresas para o desenvolvimento de
produtos nacionais na área de robótica, apontam os especialistas. "Essas
empresas gerariam empregos e seriam responsáveis por substituir parte dos robôs
importados, presentes no País, por sistemas desenvolvidos com tecnologia
nacional", antecipa Guilherme Pereira.
Pesquisadores da robótica acreditam que essa tecnologia
possa contribuir para tornar melhor a vida das pessoas, ao apresentar soluções
para problemas universais. Entre as pesquisas desenvolvidas pela USP, estão a
produção de carros autônomos, dotados de sensores e softwares, que possam ser
conduzidos sem intervenção humana. Entre as principais vantagens do sistema,
estariam a diminuição do número de acidentes em ruas e rodovias, e uma maior
eficiência do trânsito em geral.
As pesquisas na área de reabilitação de membros
inferiores e superiores para portadores de deficiência física são outro exemplo
às atividades desenvolvidas na USP com foco na melhoria da qualidade de vida.
Embora os avanços da robótica permitam contribuições decisivas, essa ainda é
uma tecnologia cara.
"Mas as experiências mostram que a médio e longo
prazo ela pode ser barateada. Além disso, é muito provável que esteja no
mercado mundial com bastante intensidade nos próximos anos", avalia o
professor da UFMG. "Se não temos condições de ter uma ação de
desenvolvimento absolutamente de ponta, pelo menos estamos conseguindo contribuir
e acompanhar a evolução dessa tecnologia."
Cenário Promissor
Os especialistas são unânimes na expectativa de que o
novo centro sirva para potencializar as pesquisas na área. No entanto, o
coordenador do projeto, Marco Henrique Terra, reconhece que o Brasil chega com
certo atraso a essa discussão. "Temos limitações para correr no mesmo
ritmo que os países desenvolvidos rumo à inovação e ao desenvolvimento
tecnológico. Estamos no ritmo que o Brasil permite", justifica.
Apesar do atraso, a robótica no Brasil está em fase de
considerável crescimento, na opinião do professor Guilherme Pereira, da UFMG.
Ele aponta que, até poucos anos atrás, grande parte das pesquisas estava
concentrada em universidades, de forma isolada.
"Tínhamos pequenos grupos de pesquisa com um único
professor e seus alunos de graduação e pós-graduação. Mais recentemente, com a
formação desses primeiros alunos e a chegada de novos pesquisadores formados no
exterior, estes grupos têm crescido rapidamente." O aumento do número de laboratórios,
das áreas pesquisadas e da qualidade das publicações científicas originárias de
pesquisadores brasileiros foi uma consequência desse processo.
O projeto de implantação do primeiro centro de robótica
do Brasil ainda não tem o apoio do Governo Federal, aponta o coordenador e
professor da USP Marco Henrique Terra. Mas a intenção é buscar esse incentivo.
"A área de robótica é muito importante em diversos segmentos. Se isso for
reconhecido pelo governo, uma boa política seria investir nesse centro, e também
na criação de outros em regiões diferentes do País", sugere Guilherme
Pereira.
Sobre a Robótica
O termo "robô" vem do tcheco robota (trabalho forçado), e foi
usado pela primeira vez em 1920 por Karel Čapek na peça de teatro R.U.R.
(Rossum's Universal Robots). O autor de ficção científica russo-americano Isaac
Asimov foi responsável por popularizar o termo, com o livro Eu, robô.
A robótica é a ciência que busca dar autonomia para as
máquinas, de forma que possam tomar decisões e executar, sem intervenção externa,
tarefas que anteriormente estariam sob a responsabilidade de seres humanos.
Fonte: Portal Terra – 27/04/2013
Comentário: A utilização da robótica hoje em dia em todo
mundo abrange vários setores da sociedade humana, e entre eles os setores de defesa
e espacial. A criação de um centro como esse no Brasil é de suma importância
para nossa sociedade, e a falta de apoio desse governo desastroso é mais uma
clara demonstração do seu real objetivo, ou seja, o de só apoiar projetos que
tenha objetivos populistas. Parabéns a USP pela iniciativa. Gostaríamos de
agradecer ao Prof. Marcos Luna do Núcleo Tecnológico do Agreste (NTA), de
Bezerros (PE), pelo envio dessa notícia.
Creio que o sr. Miguel Nicolelis, um dos poucos brasileiros com chances de ganhar o premio Nobel, possa ser mobilizado para potencializar as atividades desse centro. Ele lidera um grupo de estudo de próteses sofisticadas em universidade de New York. Recentemente, tornou-se um tanto popular assim que o programa de TV "Fantástico" reportar seus trabalhos - é raro a mídia daqui valorizar estes profissionais (preferem atores, cantores e futebolistas). Ele sonha que o ponta-pé inicial da Copa do Mundo do Brasil seja feito por uma criança paraplégica trajando um exoesqueleto operado pela mente. E é provável que consigam.
ResponderExcluirProfissionais bons como este quase sempre atuam no exterior. Por isso, considero louvável a atitude da USP em São Carlos.
o Brasil precisa de pessoas desse Kilat
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