Brazucas e Britân. Estudam Impc. das Queim. na Amazônia
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (22/04) no site do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que Brasileiros e Britânicos estudam impacto das Queimadas na Amazônia no clima
regional e global.
Duda Falcão
Brasileiros e Britânicos Estudam
Impacto das Queimadas na
Amazônia no clima regional e
global
Terça-feira, 30 de Abril de 2013
Resultados dos sobrevoos que coletaram dados sobre as queimadas na
Amazônia estão sendo apresentados em Manchester, na Inglaterra, por responsáveis
pela missão Sambba (South
American Biomass Burning Analysis), uma cooperação científica entre
Brasil e Reino Unido. Durante os dias 30 de abril e 1° de maio, representantes
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), da Universidade de São
Paulo (USP), do UK-Met Office e de universidades
britânicas discutem os próximos passos da Sambba, como o
desenvolvimento de modelos de previsão da qualidade do ar e do clima.
Os
modelos computacionais utilizarão informações inéditas obtidas recentemente na
Amazônia. Entre 14 de setembro e 3 de outubro do ano passado, os
pesquisadores passaram 67 horas a bordo de uma aeronave inglesa equipada com
sofisticados medidores capazes de caracterizar plumas de queimadas, entre
outros dados para o estudo. As atividades, que envolveram alunos de
pós-graduação e cientistas de ambos os países, tiveram o apoio do Ministério da
Defesa.
Os dados coletados nos sobrevoos amazônicos servirão aos estudos dos
impactos das queimadas sobre o clima regional e global, além de avaliar melhor
como as emissões interferem na qualidade do ar e no tempo.
Com as queimadas, a atmosfera recebe uma quantidade enorme de aerossóis
e gases traços que altera o balanço de radiação, a microfísica das nuvens, o
ciclo hidrológico e a qualidade do ar.
“As partículas de aerossol desempenham um papel importante no clima e
meio ambiente da região amazônica e para a saúde e qualidade de vida dos seus
cidadãos. Apesar de alguns aerossóis se formarem naturamente, muitos são
gerados pela queima de biomassa durante a estação seca”, explica a pesquisadora
Karla Longo, do INPE, que lidera a pesquisa.
Os novos dados são fundamentais para o desenvolvimento e validação de
modelos de química da atmosfera nas escalas regional e global. O objetivo da Sambba é melhorar o entendimento
científico sobre queimadas e até a capacidade de previsão das plumas de fumaça.
Além dos impactos no clima, as emissões de queimadas degradam a visibilidade
e a qualidade do ar sobre extensas regiões. É crescente a preocupação sobre
como isso afeta a produtividade da Amazônia, seus recursos naturais e
potenciais econômicos, bem como o ciclo hidrológico na região.
As partículas de fumaça absorvem e refletem a radiação solar,
provocando ao mesmo tempo o resfriamento no solo e o aumento da temperatura em
níveis intermediários da atmosfera. Isso causa perturbações no mecanismo de
formação das nuvens de chuva e pode alterar a distribuição geográfica da precipitação
média na região amazônica e seu entorno.
O efeito dos aerossóis no balanço de radiação sobre a
região amazônica ainda é pouco quantificado. Espera-se que os resultados da
missão Sambba ajudem em questões
relevantes para a política ambiental e pesquisa científica no Brasil, bem como
no entendimento das mudanças climáticas globais.
“Embora os dados ainda estejam em fase de análise,
estamos prevendo avanços científicos significativos. Somente do lado
brasileiro, teremos pelo menos cinco teses de doutorado relacionadas com os
dados coletados”, conclui a pesquisadora do INPE.
Aspectos da aeronave de
pesquisa
Aeronave
FAAM BAe146 (Facility for Airborne
Atmospheric
Measurements)
Fogo no Tocantins
Fonte:
Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
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