Argentina, Equador, e o Brasil, Como Fica Nessa História?

Olá leitor!

Nos últimos dias temos abordado aqui no blog notícias sobre o lançamento da China, em 26/04, de dois nanossatélites (cubesats) latinos americanos, ou seja, o Capitán Beto” de origem argentina e o “NEEI-1 Pegaso” de origem equatoriana.

Ora, e o Brasil, como fica nessa história? Assim pode perguntar o leitor menos informado sobre as atividades espaciais brasileiras. Bem meu caro leitor de pouco conhecimento sobre o ‘Patinho Feio’ do MCTI, o Brasil simplesmente segue ainda na busca da finalização do projeto do “1˚ Cubesat Brasileiro”, ou seja, o NanosatC-BR1.

Dr. Otávio Durão
Pesquisador do INPE e Coordenador
dos Projetos NanosatC-BR-1 e 2
Em contato recente com o blog, o Dr. Otávio Santos Cupertino Durão, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o coordenador técnico do projeto, nos informou que na semana passada foi feita uma apresentação desse projeto e também sobre o projeto do NanosatC-BR-2 a um consultor da Agência Espacial Brasileira (AEB), ligado a Universidade de Roma, deixando-o bastante impressionado com o que viu.

Ainda segundo o Dr. Durão, as cargas úteis do NanosatC-BR1 já foram finalizadas, e o próximo passo agora será integrá-las na plataforma que foi adquirida junto à empresa holandesa ISIS (Innovative Solutions in Space), e a partir daí então, testar o satélite completo no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do INPE.

A expectativa atual do Dr. Durão e de sua equipe é que o NanosatC-BR1 possa ser lançado em 'novembro desse ano' através de um foguete russo DNPER, mas é ainda algo que não foi definido. Para tanto, está sendo solicitado a AEB recursos para o seu lançamento, evitando assim uma concorrência demorada pelo INPE, já que a AEB consegue realizar todo o processo de contratos mais rapidamente.

Vale dizer, para os menos informados, que o NanosatC-BR1 é o primeiro projeto de Cubesat a ser desenvolvido no Brasil através de uma parceria entre o Centro Regional Sul do INPE e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ambos localizados na cidade gaúcha de Santa Maria.

O cubesat contará com dois instrumentos científicos, sendo um magnetômetro e um detector de partículas de precipitação, para o monitoramento em tempo real do geoespaço, visando com isso o estudo da precipitação de partículas e de distúrbios na magnetosfera sobre o território brasileiro para a determinação de seus efeitos em regiões como a da Anomalia Magnética no Atlântico Sul (SAMA, sigla em inglês) e do setor brasileiro do eletrojato equatorial.

SAMA é um anomalia, uma "falha" do campo magnético terrestre nesta região, que fica sobre o Brasil", explica o Dr. Otávio Durão. Como consequência desta anomalia, há um maior risco da presença de partículas de alta energia na região, que podem afetar as comunicações, os sinais de satélites de posicionamento global (como o GPS), ou mesmo causar falhas de equipamentos eletrônicos como computadores de bordo. O INPE estuda esta anomalia há décadas, contando com vários pesquisadores de renome internacional que, inclusive, participaram da definição da missão e de sua carga útil.

Dr. Durão informa também que a sua equipe já recebeu da empresa ISIS a plataforma do NanosatC-BR2, uma 2U (10x10x20 cm), e que já estão finalizando a definição das cargas úteis que irão voar nesse futuro nanosatélite (duas delas já foram definidas e uma ou duas ainda estão para serem definidas). Ainda segundo o Dr. Durão, a pretensão de sua equipe é que esse novo nanosatélite seja lançado em 2014 ou 2015.

E por fim, o Dr. Durão informou que a equipe também já recebeu a segunda estação de recepção e monitoramento desses nanossatélites (a primeira já está pronta e instalada em Santa Maria) que será instalada nas dependências do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em São José dos Campos (SP).

Tanto esta nova estação, quanto a de Santa Maria, também operarão a "Missão QB50" da ESA, por ter entrado como contrapartida no projeto do Instituto Federal Fluminense (IFF)”, finaliza o pesquisador do INPE.

Duda Falcão


Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Comentários

  1. Muito interessantes essas cargas úteis já planejadas.

    Se a elas pudesse ser adicionada uma câmera, quem sabe uma miniatura daquela do CBERS-3, seria muito bom.

    Vamos esperar que o "governo" não atrapalhe. Eu acho que o pessoal envolvido já deveria estar procurando verba privada, pois como já sabemos, um CubeSat em órbita, não dá voto.

    Melhor inaugurar mais um estádio e distribuir umas caxirolas...

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  2. BRASIL PAÍS MISERÁVEL SEM SOBERANIA VAI ACABA SENDO CONQUISTADO IGUAL O IRAQUE

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