IAE Recebe Visita do Presidente da AEB

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (12/04) no site do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), destacando que o IAE recebeu hoje a visita do Presidente da AEB, o Sr. José Raimundo Braga Coelho.

Duda Falcão

IAE Recebe Visita do Presidente da AEB

Campo Montenegro, 12/04/2013


O Instituto de Aeronáutica e Espaço recebeu nesta sexta-feira, dia 12 de abril,  a visita do Presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Dr. José Raimundo Coelho. O Dr. José Raimundo foi recebido pelos Exmos Srs. Maj Brig Ar Alvani Adão da Silva, Vice-Diretor do DCTA, Brig Ar Wander Almodóvar Golfetto, Chefe do Subdepartamento Técnico do DCTA, Brig Eng Carlos Antônio de Magalhães Kasemodel, Diretor do IAE, Chefes de Subdiretorias do IAE e  Gerente do Projeto VLS.

A visita foi coroada pela notícia em primeira mão do sucesso de mais um lançamento do foguete VSB-30, dessa vez o VSB-30 V17 TEXUS 50, lançado a partir do Centro Espacial de Esrange na Suécia. O Presidente da AEB teve a oportunidade de assistir a uma apresentação institucional sobre o IAE realizada pelo Brig Kasemodel e visitar alguns dos importantes laboratórios. O primeiro deles a receber o Dr. Raimundo foi o Laboratório de Navegação, Controle e Simulação (LINCS) da ASE, em seguida a comitiva visitou o Laboratório de Ensaios Dinâmicos (LED) e o Prédio de Integração de Lançadores (PIL) da Divisão de Integração e Ensaios (AIE). A seguir se dirigiram à Divisão de Propulsão Espacial (APE) para visitar os Laboratórios de Pirotecnia, de Aceleração e de Propriedades de Massa. Para finalizar a ilustre visita conheceu o Túnel Transônico Piloto (TTP) na  Divisão de Aerodinâmica (ALA).

Fotos: Laboratório de Registro de Imagens do IAE.



Fonte: Site do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE)

Comentário: Espero e torço que o Sr. José Raimundo Braga Coelho não tenha ido ao IAE passear, e sim ser portador de boas notícias. O que o IAE precisa no momento é de dinheiro e de novos servidores, para que assim possa cumprir adequadamente a função para qual foi criado e não de promessas vazias. Ação Sr. José Raimundo, e não conversa fiada, é isso que pode mudar a cara do Programa Espacial Brasileiro.

Comentários

  1. Espero mais alegrias para todos os membros que trabalham para o progresso do nosso PEB. A idéia que tinha era que o presidente da AEB tinha seu escritório perto dos centros de pesquisa e que ia lá muitas vezes. Mas acho que foi ingenuidade minha.

    ResponderExcluir
  2. Vejam vocês que como bem notou o Israel, uma coisa que deveria ser corriqueira e sistemática, pois afinal deveria fazer parte das atribuições do presidente da AEB conhecer DETALHADAMENTE os centros de pesquisa espacial brasileiros, é tratada como um verdadeiro "evento", com pompa e circunstância.

    O que pode parecer a alguns uma coisa boa, na verdade faz parte de uma realidade lamentável.

    Att.

    ResponderExcluir
  3. Mas faz sentido que não seja assim, visto que a IAE faz parte do Ministério da Defesa e a AEB faz parte do Ministério da Ciencia, Tecnologia e Inovação. É uma confusão burocrática que quem não conhece estranha, e eu caí nesse erro por instantes. Talvez o Marco trás a tona a idéia de que as duas instituições deveriam estar mais ligadas, o que é verdade, mas fica dificil quando cada uma faz parte de pastas ministeriais diferentes. Mas não quero ser eu a botar lenha na fogueira visto que a recente "união" da AEB sobre o IAE foi contra a vontade de muitos. Quem sabe caminhemos para soluções melhores com o tempo, e espero que o entendimento entre as suas organizações reflitam os sorrisos nas fotografias.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Na verdade Israel, eles podem continuar tentando "tampar o Sol com a peneira", mas na verdade, eles não conseguem...

      Já postei aqui, mais de uma vez. Não se trata de opinião, nem de ponto de vista. São FATOS.

      O PEB, como se não bastassem os problemas e restrições de toda ordem, sofre até hoje com uma divisão de tarefas absurda, e que, enquanto não for equacionada vai continuar castigando todos os envolvidos e desmotivando aqueles que ainda nutrem algum tipo de motivação.

      E existem características inerentes ao fato dessa divisão. O Ministério da Defesa, por sua natureza é estritamente ligado ao setor militar, já o Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação, é (ou deveria ser), também por sua natureza, eminentemente civil.

      Já aí se vê uma distorção. A área de ciência e tecnologia civil de um país deveria ter um braço para servir às necessidades militares, e não o contrário.

      Em relação aos centros de excelência tecnológica, existes por aqui, existem: segregação de informações, disputas veladas por cargos, verbas e promoções, além de muita redundância desnecessária entre os setores civil e militar. Leia-se INPE e DCTA (e suas subdivisões)

      O que mais me incomoda nessa divisão em relação ao PEB, é o fato de o desenvolvimento dos satélites estar a cargo do INPE sob o "comando" do MCTI, enquanto o desenvolvimento dos foguetes, está a cargo do DCTA e suas várias subdivisões (entre elas o IAE) sob o "comando" do MD.

      Vamos combinar, que o setor civil não manda nada em nenhuma instituição militar (como aliás deve ser, com exceção da subordinação do setor militar ao Presidente da República eleito), então, deve ficar claro para todos, que o IAE continua sendo como sempre foi, subordinado apenas ao DCTA na hierarquia da Aeronáutica, e a ninguém mais.

      Ora, não precisa ser nenhum especialista ou PMO em gerência de projetos, para constatar que esse organograma JAMAIS irá fazer um projeto chegar a bom termo.

      Então, como tanto se fala em "reforma política" e "reforma fiscal" para tentar colocar um mínimo de ordem num futuro PEB realmente organizado, precisaríamos de uma "reforma organizacional" do setor aeroespacial brasileiro, com a AEB (que deveria ser AAEB = Agência AeroEspacial Brasileira) no topo, os centros de pesquisa na parte intermediária e o setor industrial na base, com pequenos "braços militares" para atender necessidades específicas e eventuais.

      Eu sinceramente, não vejo como, chegar a um bom termo sem uma completa reforma, incluindo a criação de centros de pesquisa análogos aos que hoje estão subordinados ao setor militar e de um centro de lançamento civil, mesmo que móvel e flutuante, de forma que o PEB possa realmente ser um projeto totalmente civil e completamente vinculado ao MCTI. Deixando os centros de pesquisa e de lançamento militares para atender as necessidades dos militares, que por definição são diferentes das do setor civil.

      Qualquer outra tentativa de solução é paliativo, ou no popular uma "gambiarra", que não vai resolver o problema.

      É tão complexo quanto isso, mas é o que precisaria ser feito.

      Att.

      Excluir
    2. E será que o Cyclone-4, com todos os seus problemas, não é uma tentativa do governo desbancar a hegemonia que os militares têm no Brasil relativamente a criação de foguetes?

      Os militares precisam MUITO da tecnologia envolvida na construção de foguetes para dominar esse tipo de tecnologia sensível, e não creio que vão querer dar a mão à palmatória facilmente. Se houvesse um entendimento mais claro por parte da distribuição de conhecimentos, creio que o assunto poderia ser resolvido. Não creio que se esses institutos de pesquisa (militares) fossem para as mãos do DCTI com um bom acordo (como por exemplo, ter um departamento militar que pudesse se informar dos avanços, ou incluir obrigatóriamente um X número de militares nos seus institutos), haveria tanto problema. Existe forma dos militares ficarem participando sem se intrometerem diretamente nesta área estratégica, o que as vezes leva a impressão que o motivo principal para a construção dos lançadores de satélites seja o seu fins bélicos, como aconteceu recentemente na Coreia do Norte.

      Excluir

Postar um comentário