VLM-1, Sonho ou Realidade? Certamente Uma Necessidade
Olá leitor!
Concepção artística do VLM-1 posicionado para lançamento na Base de Alcântara. Sonho ou realidade? Certamente uma necessidade. |
Outro dia em uma reunião social aqui em Salvador um
grande amigo meu completamente ignorante em assuntos espaciais, mas sabedor da
Campanha do VLM-1 que o nosso blog vem liderando, me perguntou? “Duda, você
acha que já existe uma demanda de satélites no Brasil que justifique o
desenvolvimento desse foguete VLM-1 que você tanto defende?”. Respondi a ele
dizendo: “Fulano, pelo tempo que você me conhece (quase 30 anos) você acha mesmo
que se eu não acreditasse nisso estaria defendendo esta causa?”, e assim
curiosamente após dizer isso o meu amigo mudou de assunto.
Entretanto leitor, a pergunta feita por esse amigo meu me
levou a escrever esse artigo para esclarecer aos menos informados o porquê acho
que já existe iniciativas suficientes no Brasil para justificar o
desenvolvimento desse veículo lançador, como também de outros ainda menores.
No entanto, antes de começar a falar sobre os projetos de
carga úteis (satélites) em curso no Brasil, é preciso esclarecer que o Veículo
Lançador de Microssatélites 1 (VLM-1) em desenvolvimento pelo Instituto de
Aeronáutica e Espaço (IAE), em parceria com o Centro Aeroespacial Alemão (DLR),
é um veículo para Microssatélites que pesam de 10 e 100 kg, mas não significa
exatamente que não poderá carregar (usando uma linguagem mais coloquial) satélites
de porte maiores (pelo menos até 150 kg que é o seu limite) ou menores em
lançamentos múltiplos, apesar de não ser esse foguete exatamente adequado para
atender satélites com massa inferior a 10kg.
Porém a concretização do VLM-1 além de colocar o Brasil
entre as nações integrantes do Clube Espacial (países que dominam o ciclo
completo de acesso ao espaço) poderá incentivar no Brasil o crescimento e
desenvolvimento de empresas que atuam nesse setor, gerando emprego e renda de
alto valor agregado. Pelo menos essa é esperança de um brasileiro, cidadão que
ama seu país, e observa que a única esperança que temos para nos tonarmos uma
verdadeira nação desenvolvida e respeitada mundialmente passa pelo investimento
em ciência, tecnologia e educação de qualidade.
Dito isso, voltemos aos satélites. Antes de listamos os
projetos em curso no Brasil, é preciso que o leitor saiba como são
classificados hoje mundialmente os satélites que são lançados no espaço. Os
satélites são classificados por:
Sua Função:
Científicos
Coleta de Dados
Comunicações
Meteorológicos
Sensoriamento Remoto
Tecnológicos
Seu Peso:
Grandes Satélites: Acima de 1000 kg;
Satélites
Médios: Entre 500 e 1000 kg;
Minisatélites:
Entre 100 e 500 kg;
Microssatélites:
Entre 10 e 100 kg;
Nanossatélites:
Entre 1 e 10 kg;
Picossatélites:
Entre 0,1 e 1 kg;
Femtossatélites:
Menor a 100 g.
Diante dessa classificação o leitor mais atento deve ter
observado que o VLM-1 também poderá atender minisatélites, desde que os mesmos
estejam dentro do seu limite de carga, ou seja, de 150 kg em orbita baixa.
Agora leitor, entendido como são classificados os satélites
vamos a lista dos projetos atualmente em curso no Brasil:
Nome: Microsatélite ITASAT-1
Função: Satélite Científico Universitário com uma carga
útil para Coleta de Dados
Dimensões: Aproximadamente 60x60x58 cm
Peso: Aproximadamente 80 kg
Instituições Envolvidas: ITA,
INPE, UnB, UNICAMP, UFRN, UEL, EESC-USP, UFCG, FEG-UNESP, UNIFESP-São José dos
Campos, FATEC-São José dos Campos, UNISINUS, ETEP Faculdades de São José dos
Campos e da TU-Berlin.
Previsão de Lançamento: Não existe ainda uma previsão,
mas a expectativa é que a ITASAT-1 fique pronto em meados de 2014.
OBS: Participe de nossa campanha para lançar este
satélite em 07/09/2015 assinando a Petição Pública “Missão VLM-1/ITASAT-1 -Abrace Essa Idéia”.
Nome: Nanosatélite NANOSATC-BR-1 (Primeiro Cubesat
Brasileiro)
Função: Satélite Científico
Dimensões: 10x20x30cm
Peso: Não divulgado
Instituições Envolvidas: Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM) e o Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais do INPE
Previsão de Lançamento: Esse Cubesat está em fase final
de montagem e sua previsão de lançamento é para o segundo semestre desse ano.
Nome: Nanosatélite NANOSATC-BR-2 (Cubesat)
Função: Satélite Científico
Dimensões: Não definido
Peso: Não definido
Instituições Envolvidas: Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM) e o Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais do INPE
Previsão de Lançamento: Esse Cubesat está em fase inicial
de desenvolvimento não tendo ainda uma previsão de lançamento.
Nome: Nanosatélite AESP-14 (Cubesat)
Função: Satélite Tecnológico Universitário
Dimensões: Não Divulgado
Peso: Não divulgado
Instituições Envolvidas: Instituto Tecnológico de Aeronáutica
(ITA) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Previsão de Lançamento: Esse Cubesat está em fase inicial
de desenvolvimento e também envolverá engenharia reversa, sendo a sua previsão
de lançamento para o segundo semestre de 2014.
Nome: Nanosatélite 14-BISat (Cubesat)
Função: Satélite Tecnológico Educacional
Dimensões: Não divulgada
Peso: Não divulgado
Instituições Envolvidas: Integrante do Projeto internacional QB50 (constelação de
50 pequenos satélites educacionais que irão efetuar uma pesquisa dos elementos
constituintes da camada da Baixa Termosfera) que é liderado pelo Instituto de
Dinâmica de Fluidos da Bélgica, no Brasil este satélite será desenvolvido pelo
“Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Fluminense (IFF)” e pelo o “Instituto
Federal do Mato Grosso (IFMT)”, com o apoio da
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação
(Setec/MEC).
Previsão de Lançamento: Esse Cubesat encontra-se em desenvolvimento
sendo sua previsão de lançamento para 2015.
Nome: Constelação CONASAT de Nanossatelites (Cubesats)
Função: Satélites de Coleta de Dados Ambientais
Dimensões: 8U (8 cubos de 20cm de aresta = 20x20x20cm)
Peso: Não divulgado
Instituições Envolvidas: Centro Regional do Nordeste de
Pesquisas Espaciais (CRN) do INPE e a Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN)
Previsão de Lançamento: Essa constelação de Cubesats está
em fase inicial de desenvolvimento não tendo ainda uma previsão de lançamento.
Nome: Constelação AIRVANTIS de Nanossatelites (Cubesats)
Função: Não há informação disponível
Dimensões: Não há informação disponível
Peso: Não há informação disponível
Instituições Envolvidas: USP São Carlos
e a empresa brasileira AIRVANTIS
Previsão de Lançamento: Segundo o que foi divulgado pelos
seus idealizadores a expectativa é que essa constelação de Cubesats esteja
pronta em dois anos para ser lançada.
Nome: Picosatélite Tancredo 1 (Tubesat)
Função: Satélite educacional
Dimensões: Tem
8,9 cm de diâmetro e 12,7 cm de altura
Peso: 750 gramas
Instituições Envolvidas: Escola Municipal Tancrêdo de Almeida
Neves de Ubatuba (SP) e algumas empresas da região, sob a assessoria do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Previsão de Lançamento: Pelo que sei o picosatélite
“Tancredo I” está pronto há pelo menos um ano e continua aguardando que a
empresa americana Interorbital Systems cumpra as previsões divulgadas pela
mesma, mas parece que essa empresa não tem compromisso nenhum com datas. Sendo
assim a previsão de lançamento desse satélite é tão incerta quanto à garantia
de que o mesmo será lançado.
Nome: Picosatélite Tancredo 2 (Tubesat)
Função: Satélite educacional
Dimensões: Tem
8,9 cm de diâmetro e 12,7 cm de altura
Peso: 750 gramas
Instituições Envolvidas: Escola Municipal Tancrêdo de Almeida
Neves de Ubatuba (SP) e algumas empresas da região, sob a assessoria do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Previsão de Lançamento: A única diferença entre esse
picosatélite e o primeiro, é que esse segundo ainda está em desenvolvimento bem
recente por uma nova equipe de estudantes coordenados pelo Prof. Candido Moura,
não tendo ainda com que se preocupar com as promessas da empresa Interorbital
Systems.
Nome:
Picosatélite Project Transcendence: A Celebration
of Science, Art, and Humanity (Tubesat)
Função: Não há informação
Dimensões: Tem
8,9 cm de diâmetro e 12,7 cm de altura
Peso: 750 gramas
Instituições Envolvidas: “OMNI Labs”, empresa essa que é o braço de inovação da “Omni Filmes”, nascida de uma
semente resultante do evento da “Singularity
University” realizado no Brasil em 2010
Previsão de Lançamento: Da mesma forma não existe uma data
nem uma garantia de que esse picosatélite venha ser lançado algum dia, já que a
empresa responsável pelo seu lançamento é a já citada Interorbital Systems.
Nome: Picosatélite LICAnSat-1 (Cansat)
Função: Meteorologia e Sensoriamento Remoto
Dimensões: Tem formato cilíndrico com dimensões de 130mm
x 160mm
Peso: Menos de 1kg
Instituições Envolvidas: Universidade de Brasília (UnB)
Previsão de Lançamento: Não existe ainda uma previsão do
lançamento desse picosatélite e ficou estabelecido pela equipe que para esse
primeiro satélite será usado um balão atmosférico, pelo fato de ser muito mais
barato e mais completo, se comparado ao lançamento de um foguete.
Nome: Picosatélite Rocket Design (Cansat)
Função: Não há informação
Dimensões: Não há informação
Peso: Menos de 1kg
Instituições Envolvidas: Instituto Tecnológico de
Aeronáutica (ITA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Previsão de Lançamento: Não tenho nenhuma informação de
quando esse picosatélite será lançado, mas existe indícios que o mesmo pode ser
lançado através do foguete da Equipe Montenegro durante a realização da
competição de foguetes nos EUA que a mesma irá participar em junho desse ano.
Existe ainda informações de que dois tubesats estariam
sendo desenvolvidos pela USP para serem lançados por um foguete da Interorbital
Systems. Entretanto, talvez esses projetos estejam ligados com o projeto da
Constelação AIRVANTIS já citada.
Aproveito a oportunidade para colocar-me a disposição de
profissionais envolvidos no Brasil com esses projetos de pequenos satélites que
não foram citados na lista acima, caso queiram divulgar seus projetos, e também
dos profissionais dos projetos citados, caso queiram modificar ou acrescentar
alguma informação não divulgada na lista.
Pois é leitor, como você pode notar, mesmo o Brasil não
tendo ainda um lançador de satélites a sua disposição, já existe no país uma
promissora tendência de projetos que justificam o desenvolvimento do VLM-1 e
até mesmo de veículos lançadores de picossatélites e nanossatélites, como os
desejados pelas microempresas brasileiras Edge Of Space (“Lançador de Picossatélites
PI” e o “Veiculo Lançador de Nanossatélites”, este em parceria com a empresa
servia EdePro) e a Acrux Aerospace Technologies (“Veículo Lançador de
Nanossatélites Montenegro”), e certamente esses projetos de pequenos satélites haverão
de se multiplicar nos próximos anos, caso o VLM-1 realmente saia do papel.
Duda Falcão
Gostaria primeiramente de agradecer ao Duda por mais esse excelente artigo, com uma excelente qualidade no conteúdo e objetividade no texto.
ResponderExcluirAproveito para tentar sanar uma dúvida que pode ser a de outros também e fazer também uma outra consideração.
Primeiro, a dúvida mais importante: porque o VLM não seria o ideal para satélites "menores em lançamentos múltiplos, apesar de não ser esse foguete exatamente adequado para atender satélites com massa inferior a 10kg" ?
Na verdade, eu estava contando como um dos mercados muito promissores, o lançamento múltiplo de CubeSats, que dependendo da configuração, se enquadram entre os pico satélites e os nano satélites. Qual seria a dificuldade? Seria o caso de se desenvolver uma plataforma para a liberação de vários desses pequenos satélites num lançamento múltiplo? Ou a questão seria de precisão orbital, requerendo o desenvolvimento de um terceiro estágio movido a combustível líquido?
Quanto a minha consideração, é em relação as possibilidades futuras do VLM, principalmente no contexto de satélites um pouco maiores.
Ora, tendo um VLM na mão, já tendo efetuado vários lançamentos e estando certificado, no meu entender, seria extremamente simples incluir nele os foguetes auxiliares projetados para o VLS, claro com as devidas adaptações.
Essa na verdade, pode ser a correção (redenção) de rumo que o VLS precisa, pois na minha modestíssima opinião, esse foi o grande erro no projeto do VLS. Se eles tivessem criado um foguete sem os foguetes auxiliares desde o início, e tivessem feito voar e certificado primeiro esse foguete de concepção mais simples, para só então aplicar nele os foguetes auxiliares, o curso da história poderia ter sido bem mais exitoso.
Abs.
Olá Marcos!
ExcluirVamos lá amigo:
1- Primeiro, a dúvida mais importante: porque o VLM não seria o ideal para satélites "menores em lançamentos múltiplos, apesar de não ser esse foguete exatamente adequado para atender satélites com massa inferior a 10kg" ?
R: Porque não seria viável economicamente e logisticamente, a não ser se esses satélites fossem lançados na companhia de uma missão de satélite maior como piggyback (carona). Imagine quantos satélites com peso inferior a 10 kg seriam necessários para tornar uma missão viável somente com esses satélites? Além disso também não existe ainda uma plataforma capaz de liberar tantos satélites em suas respectivas órbitas simultaneamente, entende? Assim sendo ele é mais adequado para nanossatélites em lançamentos múltiplos na companhia de algum microsatélite.
Quanto a sua ideia sobre o VLS, não é bem assim. Não se desenvolve um foguete e depois coloca-se acessórios, pois os novos parâmetros gerados por esses acessórios desequilibraria o foguete. Todo projeto de foguete é único. Quando se desenvolve uma versão maior e mais potente de uma versão anterior, na realidade se desenvolve um novo foguete. O VLS-1 foi desenvolvido para ser um foguete de quatro estágios com quatro motores auxiliares servindo como primeiro estágio acoplado a um motor semelhante que serve como segundo estágio. Entretanto, concordo contigo que o IAE poderia ter optado por uma versão mais simples como o VLM-1, mas a questão aqui é que o foguete foi projetado pela equipe do Jaime Boscov dentro dos parâmetros estabelecidos na época pela MECB, que previa não só o lançamento dos dois SCDs (pelo seu peso hoje eles poderia ser lançados pelo VLM-1) como também dos dois SSRs que eram satélites de maior porte e que nunca chegaram a ser desenvolvidos, sendo hoje o Satélite Amazônia 1 considerado na realidade como sendo o SSR-1.
Caro Marcos, entenda, a MECB era uma missão objetiva, viável financeiramente e tecnologicamente para o Brasil na época, e só não foi concluída porque os debiloides do governo não deixaram, mesmo com toda dificuldade criada pelos americanos que, justamente tentaram atrapalhar de todas formas pois eles sabiam da viabilidade do Brasil alcançar sua independência nessa área.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Primeiro quero parabenizar O Duda pelo artigo.Creio que muitos leitores vem aqui mais para ouvir o que o Duda tem a dizer do que as próprias matérias postadas.
ResponderExcluirSeria bom Duda se você escrevesse mais artigos assim frequentemente,sei que não tem muito tempo para isso,mas assim poderia atrair mais leitores ao blog.Através de seus artigos e comentários você mostra e grita o descontentamento de vários brasileiros com o descaso do governo com o PEB.Muitos leitores se sentem representados por suas opiniões aqui postadas.
Sobre o artigo:
O VLM-1 está sendo desenvolvido em parceria com o centro aeroespacial alemão(DLR).Então esse foguete não é totalmente brasileiro,é binacional,também é de propriedade alemã?.Se ele ficar pronto aqui,os alemães terão um mesminho lá.Então se outros países quiserem lançar seus microssatélites pelo VLM-1,caso ele esteja pronto,o Brasil dividirá o dinheiro recebido pelo serviço do VLM-1 com os alemães?.E ao contrário se for lançado na alemanha ela dividirá o valor recebido com o Brasil?.
Se for lançado o VLM-1 com sucesso,a iniciativa privida nacional tomaria conta e seguiria em frente com os projetos do VLM-1?.Quais são os riscos de empresas estrangeira se apoderarem dos projetos do VLM-1?.
Esta empresa Interorbital Systems é a única que pode lançar os Picosatélite Tancredo 1 (Tubesat),Picosatélite Tancredo 2 (Tubesat),Picosatélite Project Transcendence: A Celebration of Science, Art, and Humanity (Tubesat)?.Este serviço é pago pelas instituições envolvidas a Interorbital Systems ou é oferecido de forma gratuita pela empresa e por isso as datas não estão sendo cumpridas?.Por que não se procura por outras empresas que oferecem os mesmos serviços e respeitam as datam?.
Me chamou a atenção o Femtossatélites que é Menor a 100 g.Que isso?.É a mesma coisa que dez fatias de mortadela,o que faz no espaço um satélite deste?.Não dá pra colocar nem uma placa fotovoltaica nele.
Sobre a petição é muto difícil mostrar sua importância para pessoas desinformadas em assuntos aeroespaciais.
Lembro-me que mostrei a petição a um amigo e ele me disse: pra que isso?.Os foguetes VLM-1 e VLS parecem estarem sadios apesar de seu mal financiamento assim como quase toda ciência brasileira.Apressar o lançamento do VLM-1 pode levar a um acidente assim como aconteceu em 2003 em Alcântara.
Olá E. Gustavo!
ExcluirMesmo com meu tempo restrito, eu tenho escrito muito artigos de diversos tamanhos e assuntos e para que você tenha uma melhor idéia sobre isso é só visitar a pagina do blog no Fecebook.
Vamos as suas perguntas:
Sim, ele é um foguete binacional como é o VSB-30, que também foi desenvolvido em parceria com o DLR alemão. Foi divulgado que os alemães entrariam com 10% ou 20% dos custos.
Não, será um foguete só, mas existe a possibilidade de se desenvolver outras versões tanto com motores-foguetes líquidos europeus (sueco) colocado em substituição do S44 brasileiro (terceiro estágio), como também servindo como um quarto estágio para missões lançadas na Europa. Haverá também versões brasileiras com o uso dos motores foguetes líquidos brasileiros L5 e L15 em substituição do S44.
Quanto a divisão dos ganhos com o projeto eu não sei lhe dizer como será, mas deve ser semelhante a adotada no projeto do VSB-30.
Quanto ao desenvolvimento do VLM-1, o mesmo está sendo realizado pelo IAE/DLR desde o início com forte e crucial participação de empresas brasileiras e o risco do mesmo ser repassado para empresas estrangeiras é pequeno, mas existe, já que como sabemos temos no governo debiloides irresponsáveis para não dizer coisa pior.
Quanto aos três Tubesats e também os dois Tubesats da USP, na realidade as suas plataformas foram adquiridas (as cargas uteis são desenvolvidas pelos clientes) junto a essa empresa americana INTERORBITAL SYSTEMS e o lançamento deles vieram embutido no preço. Acontece que essa empresa não tem nenhuma previsão confiável de lançamento, apesar de estar sendo fortemente pressionada, pois nesse vôo uma carga de uma das equipes participantes do Google Lunar X-Prize deverá ser lançada, e isso tem de acontecer, se não me engano, até 2014.
Quanto aos Femtossatélites, pois é E. Gustavo, para você ver como a nanotecnologia vem desenvolvendo mundo afora.
Já quanto a petição do VLM-1, a mesma vem avançando devagar, já tendo ultrapassando 400 assinaturas, e não creio que vá muito além disso. Porém, a Petição da ACS, essa de suma importância devido ao estrago que causa ao PEB como um todo, não tem avançado tanto, não chegando nem a 350 assinaturas até o momento, o que é realmente uma pena. Mas fazer o que?
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Me desculpe por fazer tantas perguntas.Só estava querendo me aprofundar no assunto.
ExcluirEspero não ter te incomodado.
Obrigado =)
Olá E. Gustavo!
ExcluirO que é isso amigo? Fique a vontade para perguntar quando tiver dúvidas.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Se já tinhamos noção da importância do VLM para o Brasil, agora ficou tudo muito mais claro. Vale a pena pensar que nossos vizinhos, sul americanos, também têm projetos do gênero (basta lembrar do primeiro satélite equatoriano lançado recentemente, o Pegasus), visto que é através da construção de pequenos satélites que os países normalmente começam a entrar na área. Sem contar que a demanda mundial para satélites de pequenos tem se tornado maior do que a de satélites grandes. O VLM pode ajudar o Brasil a se tornar lider no mercado de lançamento de pequenos satélites, e se for bem sucedido poderá ser certificado e comercializado, fazendo com que seja tão requisistado como nosso foguetes suborbitais já são. Vamos torcer para que esse projeto fantástico seja guiado por bons ventos, porque a políticas as vezes é um entrave.
ResponderExcluirOlá Israel!
ExcluirBem observado amigo, foi o que faltou eu colocar no meu artigo. A perspectiva do Brasil conseguir cargas utéis (satélites) na América Latina como na Europa é tão grande quanto com o desenvolvimento do VLM-1. Entretanto, é preciso lembrar a matéria postada hoje aqui no blog sobre nova divisão dos royalties do petróleo. Com a perda de R$ 1,6 bilhões do orçamento do MCTI, muito provavelmente toda programação de lançadores do IAE será seriamente afetada. Em outras palavras, continuamos andando para trás.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Duda,
ResponderExcluirEsses CanSats não são para a competição da AEB ?
Logo passo mais informações do projeto da USP com a Airvantis, ainda estamos definindo alguns pontos antes de divulgar a missão, mas vem coisa boa por aí.
Obs. Nossa empresa tem um "i" no final do nome, Airvantis. Não fazemos VANTS, o nome vem da contração de Air + Avant (Garde)+ is
Abraços,
Lucas Fonseca
Olá Sr. Lucas Fonseca!
ExcluirTalvez sejam e talvez não. Como eu disse o do ITA pode ser lançado pelo foguete da equipe Montenegro durante a realização da competição americana em junho. Digo isso pois pelo que me lembro esse era o plano deles não concretizado desde a competição do ano passado.
Já o LICAnSat-1 como eu disse deverá ser lançado através de uma balão atmosférico e não creio que tenha algo haver com a competição da AEB.
Quanto ao erro com o nome da AIRVANTIS, não se preocupe, consertarei agora. Fico no aguardando então por mais notícias sobre o projeto de vocês.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)