ACS Lançará Pedra Fundamental Amanhã em Alcântara

Olá leitor!


Segue abaixo uma matéria publicada hoje (08/09) no jornal “O Estado do Maranhão”, destacando que a empresa bi-nacional brasileiro-ucraniana Alcântara Cyclone Space (ACS) fará amanhã (09/09) às 11h o lançamento da “Pedra Fundamental” das obras do sítio de lançamento do foguete Cyclone-4 no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).


Duda Falcão


Empresa Alcântara Cyclone Space

Lançará Pedra Fundamental Amanhã



Evento acontecerá amanhã, no Centro de Lançamento de Alcântara,

com a presença do ministro da Ciência e Tecnologia, SérgioRezende

e dos diretores-gerais da ACS, Roberto Amaral e Oleksandr Serdyuk,

representantes da parte brasileira e ucraniana


Bruna Castelo Branco

O Estado do Maranhão

08/09/2010


O diretor da ACS parte brasileira, Roberto Amaral,

destaca importância do Programa Espacial Brasileiro


Um passo decisivo para o Programa Espacial Brasileiro será dado amanhã e terá como cenário a cidade de Alcântara (MA). Trata-se da solenidade de lançamento da pedra fundamental da empresa binacional brasileiro-ucraniana Alcântara Cyclone Space (ACS), que marca simbolicamente o início das obras de construção do complexo espacial. O evento, previsto para as 11h, terá a participação do ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, e dos diretores-gerais da ACS, Roberto Amaral e Oleksandr Serdyuk, representantes da parte brasileira e ucraniana, respectivamente, da empresa.


Na ocasião, além de ser anunciado o cronograma de atividades referentes às obras dos sítios de lançamento, será assinado o convênio que permitirá o repasse de recursos do Ministério de Ciência e Tecnologia para a infraestrutura do Centro Sociocultural Santos Dumont, instituição que será administrada pela empresa e que oferecerá para a comunidade alcantarense cursos profissionalizantes e espaço para a divulgação da cultura local. Segundo o diretor da parte brasileira da empresa, Roberto Amaral, o lançamento da pedra fundamental é um marco histórico para o Brasil. “Estamos vivendo um momento novo e promissor para a era espacial. Pode ser considerado um momento de mudanças para o Brasil e para o Maranhão”, afirmou Amaral, em entrevista exclusiva a O Estado.


As obras do sítio de lançamento, de onde será lançado o foguete de tecnologia ucraniana Cyclone 4, deverão ser iniciadas em um prazo médio de 30 dias. Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) concedeu licença ambiental definitiva que permite a instalação do sítio. “Com a licença ambiental, já estamos plenamente autorizados para iniciar as obras. Em agosto passado, tivemos a permissão para começar o processo de supressão vegetal”, destacou Roberto Amaral.


Desenvolvimento - O complexo espacial da empresa Alcântara Cyclone Space ocupará uma área de quase 500 hectares do município de Alcântara. A estrutura administrativa e os sítios de lançamentos serão construídos dentro de uma área que já pertence ao Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), cedida pelo Ministério da Defesa, em 2008, com o intuito de solucionar o impasse com comunidades quilombolas. Pelo projeto original, os sítios da ACS estariam localizados em uma área hoje povoada pelas comunidades Mamuna, Baracatatiua e Brito. Com o impasse para remanejamento de antigos moradores que reivindicaram na Justiça o direito de permanecer na área, a empresa recuou e reformulou o projeto original.


Por causa das divergências com algumas comunidades que, no início, apresentaram resistência à implantação do Programa Espacial Brasileiro, o projeto Alcântara Cyclone Space foi modificado e a empresa binacional buscou um diálogo maior com os moradores de Alcântara. No entanto, o entrave causou um atraso acentuado no cronograma do programa e impedindo que o foguete de tecnologia ucraniana Cyclone 4 fosse lançado neste ano. A missão foi transferida para 2012.


Apesar dos entraves que adiaram a primeira fase de implantação da empresa, a solenidade de consolidação da ACS em Alcântara, amanhã, representa um passo decisivo para colocar o Brasil em um patamar importante na exploração de sítios de lançamento com fins comerciais, atraindo parcerias com outros países. Estima-se que, com a infra- estrutura inicial, a binacional terá condições de executar seis lançamentos por ano, possibilitando que outros países tenham interesse em fazer operações espaciais em Alcântara por meio do aluguel do sítio de lançamento.


Outro ponto positivo previsto pelo projeto Alcântara Cyclone Space são os benefícios indiretos que deverão ser proporcionados aos moradores de Alcântara, não só ligados a geração de empregos, mas com as atividades que serão desenvolvidas pelo Centro Sócio Cultural Santos Dumont, que será implantado em um sobrado no centro de Alcântara. O local oferecerá cursos profissionalizantes em diversas áreas, como marcenaria, serralheria, entre outras.


MAIS


A empresa binacional brasileiro-ucraniana Alcântara Cyclone Space (ACS) foi oficialmente constituída em 31 de agosto de 2006, quando seu estatuto foi aprovado e publicado no Diário Oficial da União do Brasil por meio da portaria número 599 do Ministério de Ciência e Tecnologia. A primeira reunião do Conselho de Administração da ACS foi realizada em 30 de agosto de 2007. O investimento inicial de cada país era de US$ 4,5 milhões. O tratado estabelece ainda que os dois países devem integralizar o capital da empresa até um total de US$ 105 milhões. Em reunião realizada em Kiev, capital da Ucrânia, em junho de 2008, decidiu- se por aumentar o capital da empresa para US$ 375 milhões.



Fonte: Jornal O Estado do Maranhão - pág. 05 - 08/09/2010


Comentário: Mais uma matéria esclarecedora dessa competentíssima jornalista maranhense Bruna Castelo Branco que está de parabéns. Bom, deixando de lado a criação do Centro Sócio Cultural Santos Dumont, que não há como negar que será benéfico para a população da região de Alcântara (pelo menos enquanto durar), a expectativa de se realizar até 6 lançamentos por ano com o Cyclone-4 é tão real quanto a crença na existência de Papai Noel. O mais provável é que se chegue a fazer um vôo por ano para atender as necessidades ucranianas e brasileiras e eventualmente a de programas conjuntos entre os dois países ou com outras nações (Amazônia-1, MAPSAR, Sabia-Mar entre outros). A abertura de mercado por uma empresa no agressivo mercado de lançamentos de satélites internacional exige uma eficiência administrativa que essa mal engenhada empresa está longe de atingir devido a sua conotação política, o que certamente a tornará mais um cabide de emprego para o funcionalismo público federal. Uma vergonha, mas esperar o que de um país como o nosso? Uma vez mais agradecemos ao leitor maranhense Edvaldo Coqueiro pelo envio da matéria.

Comentários

  1. Obrigada pelo elogio e gostaria de destacar que estamos de volta para a cobertura.
    Valeu pelo carinho e colaboraçao
    beijos!

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  2. Olá Bruna!

    Não há o que agradecer querida, seu trabalho fala por si só e estávamos sentindo muito a sua falta.

    Beijos e sucesso sempre

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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