Detectadas Mais Ondas Gravitacionais Geradas Por Colisão de Estrelas de Nêutrons
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (07/01) no site “Canaltech” destacando que
foram detectadas mais Ondas
Gravitacionais geradas por Colisão de Estrelas de Nêutrons.
Duda Falcão
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Detectadas Mais Ondas Gravitacionais Geradas Por Colisão
de Estrelas de Nêutrons
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: Space.com
07 de Janeiro de 2020 às 13h15
Cientistas já sabiam que Einstein
estava certo quando teorizou a respeito da existência de ondas gravitacionais, algo que foi comprovado por meio de observações reais há alguns anos. Em
setembro de 2019, os cientistas conseguiram “ouvir” o eco de um buraco
negro e confirmaram de novo a teoria de Einstein. Agora, astrônomos
divulgaram que detectaram, mais uma vez, o evento de ondas gravitacionais.
De acordo com uma apresentação na reunião da Sociedade
Astronômica Americana (AAS) nesta segunda-feira (6), o Observatório de Ondas
Gravitacionais com Interferômetro a Laser (LIGO) detectou novas ondas
gravitacionais causadas pela colisão de dois corpos extremamente massivos a 520
milhões de anos-luz de distância.
O problema é que ainda não se sabe exatamente que corpos
são esses. É possível que tenham sido duas estrelas de nêutrons, só que a massa
desses objetos detectados é tão grande que desafia os modelos de estrelas de
nêutrons que os astrônomos utilizam em seus estudos. Também pode ter sido a
fusão de uma estrela de nêutrons com um buraco negro - nesse caso, seria a
primeira vez que esse tipo de evento é registrado.
Por Que a Incerteza?
Simulação artística de uma colisão de estrelas de
nêutrons.
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Sempre que o LIGO detecta uma possível descoberta, o
observatório envia um alerta para a comunidade astronômica. Os pesquisadores
podem então ajustar imediatamente os seus telescópios para apontar em direção à
localização fornecida, na esperança de capturar um flash eletromagnético do
evento.
Quando o LIGO conseguiu detectar uma fusão estelar de
nêutrons pela primeira vez, uma explosão de luz de raios gama indicou o local
exato aos cientistas - uma galáxia antiga a cerca de 130 milhões de anos-luz da
Terra. Mas o novo evento parece ter ocorrido sem uma explosão visível para
indicar o que estava acontecendo. Nenhuma equipe encontrou flashs de luz
brilhando ao mesmo tempo em que a possível fusão das estrelas de nêutrons foi
detectada.
Para complicar ainda mais, apenas um dos três detectores
de ondas gravitacionais do mundo conseguiu identificar o evento. Dois deles
(pertencentes ao LIGO) estão nos EUA, em Hanford e Livingston, e o terceiro (do
Virgo) está em Cascina, na Itália. O sinal de ondas gravitacionais foi captado
no dia 25 de abril de 2019, no observatório de Livingston, mas nesse momento o
detector de Hanford estava temporariamente desligado. Já o Virgo não era
sensível o suficiente para captar as ondas fracas, de acordo com os
pesquisadores.
Felizmente, as três instalações e seus respectivos
pesquisadores já têm experiência o suficiente para distinguir com precisão
entre um sinal falso e um sinal real, mesmo apenas com um detector. Assim, a
equipe do LIGO está "confiante de que este é um sinal real de origem
astrofísica".
Os astrônomos continuarão a estudar o evento. Um dos
objetivos é descobrir porque os telescópios anteriores falharam em detectar
colisões de estrelas de nêutrons tão maciças e porque esses eventos aparecem
apenas em detectores de ondas gravitacionais. Em poucas semanas, um novo
detector deverá entrar em operação no Japão, ajudando os cientistas a detectar
e identificar ainda mais ondas gravitacionais.
Fonte: Site Canaltech - https://canaltech.com.br
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