DCTA e Avibras Assinam Contrato de Transferência de Tecnologia do VSB-30

Olá leitor!

Segue abaixo a nota oficial do DCTA/IAE postada hoje (28/01) no site “Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE)” dando destaque a assinatura histórica do acordo de transferência tecnológica para Avibras da tecnologia empregada no Foguete VSB-30.

Duda Falcão

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DCTA e Avibras Assinam Contrato de Transferência de Tecnologia do VSB-30

Por DCTA, por Sgt Anderson
Última atualização em 28 Janeiro 2020

Fotos: IAE, por Sgt Frutuoso

O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e a Avibras Indústria Aeroespacial S/A assinaram, no dia 27 de janeiro, o Contrato de Transferência de Tecnologia do Foguete Espacial VSB-30. A cerimônia foi realizada no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), e contou com a presença do Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Luiz Fernando de Aguiar e do Diretor Presidente da Avibras, João Brasil Carvalho Leite.

O Veículo Suborbital VSB-30 foi desenvolvido pelo IAE em cooperação com a Deutsches Zentrum für Luft- und Raumfahrt (DLR) – que é o Centro Aeroespacial Alemão, sendo destinado a atender as exigências do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). Desde 2009, o VSB-30 é detentor do Certificado de Produto Aeroespacial do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), o que ratifica a qualidade do equipamento perante a indústria nacional e internacional.

Trata-se de um lançador de pequeno porte, voltado para a realização de experimentos em ambientes microgravitacionais. Lançado por um sistema de trilhos e estabilizado por empenas, possui indutores de rolamento que são acionados ao deixar os trilhos e que contribuem para a estabilidade durante o voo. O veículo possui 2 estágios a propulsão sólida, permitindo o transporte de cargas úteis científicas e tecnológicas de até 400 quilogramas (400 Kg) em altitude de 270 quilômetros (270 Km). Seu primeiro protótipo foi lançado do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) em outubro de 2004. Até hoje, mais de 30 lançamentos foram realizados com sucesso.

O Acordo de Transferência de Tecnologia autoriza a Avibras a industrializar e comercializar o VSB-30. “A intenção da empresa é aperfeiçoá-lo para incrementar sua utilização, viabilizando a aceleração do desenvolvimento de veículos lançadores nacionais que sejam competitivos no mercado internacional de pequeno porte”, destaca o Vice-Presidente Comercial da Avibras, Leandro Villar.

“É muito caro esse momento devido ao fato de a Avibras ter feito o primeiro foguete de sondagem nacional no começo do programa espacial brasileiro, no fim da década de 1960. Hoje, retornamos a um foguete de sondagem muito mais completo, que já é um engenho de sucesso” destacou o Diretor-Presidente da Avibras, João Brasil.


“Nesse momento, estamos vendo o Governo, a Academia e a Indústria concluindo um sonho. Gostaria de agradecer a dedicação do pessoal do DCTA, especialmente do Núcleo de Gestão da Inovação (NGI), como gerente do Sistema de Inovação da Aeronáutica (SINAER), para que pudéssemos fazer essa transferência de tecnologia”, ressaltou o Diretor do IAE, Brigadeiro Engenheiro César Demétrio Santos.


“A assinatura do contrato é um evento muito importante por ser um marco fundamental de transferência de tecnologia para o Brasil. O Technology Readiness Level (TRL) – ou nível de maturidade tecnológica – chegou ao máximo dentro de uma Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT), que é o DCTA, e transfere-se para uma empresa do ramo de defesa um produto já testado e certificado de tecnologia nacional”, destacou o Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro Aguiar.

Fundada em 1961, a Avibras é uma empresa privada brasileira de tecnologia e inovação. É reconhecida como Empresa Estratégica de Defesa (EED) e está entre as 100 maiores exportadoras do Brasil. Faz parte do Programa Espacial Brasileiro desenvolvendo e fabricando o Motor Foguete para o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM). Destaca-se, ainda, no trabalho realizado com sistemas fixos ou móveis de C4ISTAR (Comando, Controle, Comunicação, Computação, Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvo e Reconhecimento) e na Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) – Falcão.

Além dos pontos citados, trabalha no desenvolvimento e na industrialização de diferentes motores foguetes para a Marinha do Brasil e no Programa ASTROS 2020, que tem por objetivo equipar a Força Terrestre com um Sistema de Artilharia de Mísseis e Foguetes com alta tecnologia agregada, capaz de atingir alvos entre 15 e 300 quilômetros a partir das plataformas das viaturas do Sistema ASTROS.


Fonte: Site do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) - http://www.iae.cta.br 

Comentário: Bom leitor, não é o ideal, o ideal é que essa tecnologia fosse repassada para um consorcio formado por startups espaciais, mais ágeis, eficientes e em condições de fabricá-lo conjuntamente de forma mais competitiva, além do que ajudaria e muito no desenvolvimento de todo setor espacial brasileiro. Entretanto leitor, ficar aqui chorando o leite derramado não adianta, vamos pra frente, e espero que a Avibras tenha realmente competência, seriedade e o firme propósito de utilizar essa tecnologia da forma mais benéfica possível para o país. Estaremos de olho, cobrando e atentos há qualquer desvio de conduta desta empresa relacionada com o repasse dessa tecnologia do povo brasileiro, andem na linha e faça jus ao uso do selo de Empresa Estratégica de Defesa (EED) que vocês detém.

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