Brasil Propõe ao Japão Cooperar na Área de D. Naturais

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada ontem (01/02) no site da “Agência Espacial Brasileira (AEB)”, destacando que o Brasil propôs ao Japão a cooperação espacial na área de Desastres Naturais.

Duda Falcão

Notícias

Brasil Propõe ao Japão Cooperar
na Área de Desastres Naturais

AEB
01/02/2012

O Diretor Executivo da Agência Espacial Japonesa (JAXA), Dr. Hideshi Kozawa, proferiu a principal conferência do Seminário Brasil-Japão sobre Cooperação Espacial, que reuniu cerca de 50 pessoas no auditório da Agência Espacial Brasileira (AEB), nesta quarta-feira. A palestra envolveu as principais áreas do Programa Espacial do Japão, em plena execução.

O encontro foi aberto oficialmente pelo Diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da AEB, Himilcon de Castro Carvalho. A condução do evento coube ao Chefe da Assessoria de Cooperação Internacional da AEB, José Monserrat Filho.

Presente ao encontro, o Embaixador do Japão no Brasil, Akira Miwa, notou: “As relações entre o Japão e o Brasil evoluíram de uma relação bilateral para uma parceria mais ampla, no âmbito internacional”. E lembrou dois programas de sucesso de ambos os países: a ampla difusão conquistada pelo sistema Nipo-Brasileiro de TV digital e a cooperação triangular com a África no campo da segurança alimentar. Enfatizando a inovação realizada pelo setor industrial, ele frisou: “As descobertas e conhecimentos da indústria espacial irão adicionar valor a toda a cadeia de suprimentos.”

Tanto Himilcon quanto Monserrat reforçaram a proposta concreta feita pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, quando, na tarde desta terça-feira, recebeu no MCTI a comitiva japonesa, liderada pelo Dr. Kozawa: o Brasil está pronto para iniciar entendimentos visando examinar a viabilidade de um ambicioso projeto de cooperação para a construção conjunta de um satélite destinado a compor a constelação GPM (Global Precipitation Measurement – Medição da Precipitação Global), dentro de um horizonte maior de ampliação do sistema nacional de alerta, prevenção e mitigação de desastres naturais.

Em princípio, segundo a sugestão brasileira a ser estudada pelas partes, o projeto cobriria toda uma cadeia de atividades colaborativas essenciais, desde a formação (capacity building) de recursos humanos especializados, a pesquisa e desenvolvimento, as soluções tecnológicas mais apropriadas à situação brasileira, até a criação de produtos e serviços industriais. Presume-se que um projeto desta relevância, certamente, estaria à altura das maiores conquistas da cooperação Brasil-Japão.

Integraram também a comitiva japonesa os funcionários da JAXA: Mr. Toru Fukuda, Diretor de Pesquisa em Observação da Terra, do Diretório de Missões de Aplicações Espaciais; Ms. Akiko Sukuki, Gerente do Grupo de Colaboração Industrial Espacial; e Ms. Mariko Harada, do Departamento de Assuntos Gerais.

Nesta quinta-feira, no Inpe, em São José dos Campos, a partir das 14h, a AEB e o Consulado Geral do Japão, de São Paulo, promovem outro Seminário Brasil-Japão de Cooperação Espacial, especialmente dedicado às instituições e às empresas espaciais da região. Mais de 20 empresas foram convidadas para o encontro.


Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)

Comentário: Em nossa opinião o estabelecimento de negociações para o desenvolvimento conjunto do satélite GPM-BR com os japoneses é louvável, mas não pode se restringir unicamente a este projeto. Existe uma janela de grandes oportunidades que está sendo aberta pelos próprios japoneses e a visão de focar exclusivamente o projeto do GPM é estreita e o exemplo do Programa CBERS demonstra claramente isso. Desde que o Programa CBERS foi criado na segunda metade da década de 80 e apesar de haver boas relações com os chineses, a cooperação espacial não avançou ficando restrita a um programa que hoje interessa mais ao Brasil do que a China. Espero e torço que os homens que comandam o PEB hoje tenham uma visão muito mais ampla e aproveitem essa oportunidade que está caindo em nossas mãos para estabelecer um programa de cooperação espacial amplo que não fique restrito ao desenvolvimento de um único satélite, e acreditamos que para isso a participação do astronauta Marcos Pontes e de técnicos do INPE/DCTA/IAE nas negociações seria fundamental visando identificar onde essas parcerias seriam interessantes para o Brasil. Não joguem fora mais essa oportunidade surgida por incompetência ou por falta de uma visão mais apurada. Já basta a m..da que vocês fizeram com o acordo da Ucrânia e o abandono quase que total de um acordo promissor que tínhamos com os russos.

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