UE Fica Para Atrás no Espaço, Passando Agora a Depender de Serviços da SpaceX
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então amigos, segue agora uma notícia publicada no
dia de ontem
(07/11) no site ‘Meio Bit’, destacando que agora é oficial, a União Europeia (UE) perdeu o bonde para o Espaço. Entendam melhor do que se trata lendo a matéria abaixo.
Chamo a atenção de nossos entusiastas para o quadro abaixo que apresenta o orçamento de 2022 das principais agencias espaciais do mundo. Notem que, as agências espaciais de países como a China, Índia e Rússia (todos integrantes do Bloco BRICS) tiveram orçamentos acima de 1.9 bilhões de dolares, já o Brasil....
Entretanto, vale aqui salientar amigos e amigas do BS que, para o próprio bem da Sociedade Brasileira, enquanto esses gestores incompetentes estiverem dando as cartas, melhor mesmo para o Brasil que eles não venham a ter acesso a recursos semelhantes as suas contrapartes do Bloco BRICS.
Brazilian Space
MEIO BIT -
ENGENHARIA
UE Fica Para Atrás no Espaço, e Vai Depender da SpaceX
Atrasos do Ariane
6 e orçamento restrito levam ESA e UE a depender da rival SpaceX, de Elon Musk,
para lançamentos críticos
Por Ronaldo Gogoni
07/11/2023 às 11:10
Fonte: Ars
Technica, The
Next Web
Via: Site Meio Bit - https://meiobit.com
Agora é oficial, a Agência Espacial Europeia (ESA)
e a União Europeia (UE) perderam o bonde para o Espaço. Nesta segunda-feira
(6), os governos da França, Alemanha e Itália anunciaram a liberação de um
fundo adicional para garantir o lançamento do foguete Ariane 6 quanto
antes, de 340 € milhões por ano (~R$ 1,77 bilhão, cotação de 07/11/2023).
Assim, o orçamento do problemático foguete passará a ser
de 880 € milhões/ano (~R$ 4,57 bilhões), se as estimativas anteriores estiverem
corretas, visto que a ESA não informa aos contribuintes quanto o foguete custa;
ainda assim, a UE não tem nada imediatamente pronto para lançamentos críticos,
e assim, se viu forçada a fechar contratos com sua mais odiada rival: a SpaceX
de Elon Musk.
(Crédito: Divulgação/European Space Agency)
Ariane 6, Custos e Problemas
A ESA e a UE acabaram se enrolando com as dimensões de
sua ambição de garantir a hegemonia do Velho Mundo na exploração espacial, mas
sem o compromisso de injetar a verba necessária para tal. Basicamente, os
legisladores do bloco esqueceram da máxima "quem quer rir, tem que fazer
rir", e deixaram a agência espacial para correr atrás do prejuízo com
trocados.
Não obstante, o Ariane 6 foi o resultado de uma decisão
na contramão da mudança de desenvolvimento aeroespacial, forçada pela SpaceX e
seus módulos reutilizáveis, que se mostraram perfeitamente seguros e capazes de
cumprir o que se propõem a fazer. Mesmo a NASA, que não acreditava nos projetos
da companhia de Elon Musk sobre foguetes tradicionais, como o
SLS, teve
que aceitar os Falcon após o sucesso inegável da missão Crew Dragon.
É importante lembrar que mesmo em casa, Elon Musk é
persona non grata entre políticos; ninguém no Congresso vai com a cara do CEO
da SpaceX (um dos poucos assuntos em que há consenso bipartidário) o suficiente
para dar à Spaceship as rédeas do Programa Artemis, e assim, ela será usada
como um mero backup do SLS, em um
procedimento para lá de complexo.
A Boeing, assim como Lockheed Martin, Northop Grumman e
outras, ainda
gozam de muito prestígio junto ao governo, e Musk não é dado a fazer lobby,
diferente de Jeff Bezos, que vem garantindo contratos
para sua Blue Origin, mesmo sem nunca ter mandado nem um parafuso para o
Espaço.
Enquanto SpaceX e Blue Origin investiram em foguetes
reutilizáveis, a ESA acreditou que, assim como a NASA com o SLS, o Ariane 6
deveria suceder o Ariane 5 mantendo o mesmo design não recuperável, uma decisão
tomada para conter gastos, e para evitar cortes de pessoal não habituado a um
design reutilizável. Só que isso teve um custo.
Originalmente, a UE queria que o Ariane 6 custasse a
metade do 5, e tivesse um tíquete final próximo do Falcon 9, que custa 63 €
milhões/lançamento (~R$ 327,35 milhões), mas não só os custos começaram a aumentar,
como o projeto enfrentou um atraso atrás do outro.
Com o orçamento adicional, somado à estimativa do budget
atual de 140 € milhões/ano (~R$ 728,1 milhões), e se considerarmos a média
anual de lançamento da ESA com o Ariane 5 de 5 lançamentos por ano, e
aumentarmos a cadência em apenas um adicional, teremos cada lançamento custando
146,7 € milhões (~R$ 762,8 milhões).
Ainda que cada Ariane 6 saia mais em conta que o Ariane 5
(178 € milhões por missão, ~R$ 925,46 milhões), estamos falando de um custo mais
que o dobro que a SpaceX gasta com o Falcon 9. E mesmo assim, a UE injeta uma
mera fração do que o governo dos Estados Unidos com a NASA, e mesmo nações do
bloco desembolsam mais de forma independente, como França e Alemanha.
Até mesmo a Rússia, bancando simultaneamente a invasão à
Ucrânia, botou mais grana na Roscosmos em 2022 (US$ 3,42 bilhões), ainda que
boa parte dela tenha sido deslocada
para recrutamento e treinamento de milícias.
(Crédito: Euroconsult/EC/Statista)
Orçamento da ESA em 2022 foi 23,8 vezes menor do que o injetado pelos EUA na NASA, no mesmo período. |
O aumento do orçamento para o Ariane 6 resolve o problema
de financiamento, ainda que o alívio para os cofres público, como era a
promessa original, tenha ido definitivamente para a cucuia, mas com o Ariane 5
devidamente aposentado, a ESA e a UE não têm absolutamente nada pronto para
lançamentos críticos a curto prazo.
A solução, por mais que os legisladores europeus não
quisessem admitir, tinha nome e sobrenome: Elon Musk.
SpaceX, o "Remédio Amargo" Para a EU
Quando a SpaceX apresentou planos sólidos para
lançamentos aeroespaciais com seus foguetes Falcon, cobrando bem menos por
missão graças à economia com seus designs recuperáveis, as agências europeias
locais subiram nos tamancos, com o que classificaram como "concorrência
desleal", como de praxe.
Só que a companhia de Musk, comandada pela eficiente CEO COO Gwynne Shotwell, cumpre todas as
determinações e exigências governamentais, e não passa na frente de forma
ilegal; para desespero dos políticos, todos os procedimentos para a competição
justa são seguidos à risca, a SpaceX se destaca unicamente por ser a que
oferece os melhores produtos, pelos menores preços.
Claro, os europeus continuam não gostando de um
estrangeiro dominando o mercado europeu aeroespacial. França e Itália
pressionaram a UE para investir mais pesadamente no Ariane 6 e no Vega-C, de
suas respectivas companhias e agências internas, mas o tempo mostrou que isso
não deu em nada.
O tempo continuava passando, e o cronograma para
lançamentos de satélites para expansão do sistema de geoposicionamento Galileo,
e da missão Euclid para estudo da matéria escura, estavam se aproximando, e
assim, a ESA se viu forçada
a fechar contratos
com a SpaceX, por não ter mais a quem recorrer.
A ESA jura que o voo inaugural do Ariane 6 será realizado
no dia de Natal, para replicar o lançamento
do Telescópio Espacial James Webb em 2021, que subiu em um Ariane 5, mas mesmo
isso não está 100% garantido. Em contrapartida, o acordo para as missões do
Galileo é o primeiro fechado entre ESA e SpaceX que envolve informações
confidenciais, tal qual os garantidos
com a Força Espacial dos EUA.
(Crédito: Reuters)
A ESA tentou evitar, mas no fim, agendou lançamentos para o sistema Galileo com a SpaceX de Elon Musk. |
Graças às trapalhadas com o Ariane 6 e o investimento
raquítico na exploração espacial, quando comparado aos EUA e à China, a UE não
tem hoje chances de se tornar autossuficiente, muito menos dominante no cenário
global, e periga acabar como uma mera espectadora e cliente dos grandes players
externos ao bloco, como a SpaceX, para a diversão de Musk, após este receber
outrora o habitual desdém dos legisladores locais.
Claro que a Europa deve, e irá ao menos tentar, correr
atrás do prejuízo, mas isso envolve agora dedicação total e muita grana, por
não terem nada perto dos Falcon 9, e há poucas chances de ganharem mais espaço
insistindo no design descartável, a menos que mirem no SLS e olhe lá, se
lembrarmos da Starship.
Podem criticar o Musk , mas revolucionou a era espacial com a entrada da iniciativa privada, já a terra das falácias colhe o que não plantou.Bem feito
ResponderExcluirEssa é a eficiência "estatal"?! A União Européia e seus derivados são um fracasso no longo prazo. Se não fosse a guerra do agressor de pessoas pacíficas Putin.ha, a UE já estaria em um processo de desintegração mais avançado. Os Britânicos sabem cuidar de si mesmo ein...
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