Astrônomos Usando Dados Antigos do 'Telescópio Espacial Kepler' da NASA, Encontram 'Sete Planetas' Sendo “Fritos” Por Calor de Estrela da Via Lactéa
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia publicada dia (06/10) no site “CNN Brasil”, destacando que Astrônomos
usando dados obtidos pelo Telescópio Espacial Kepler, já aposentado pela NASA,
identificaram sete
planetas orbitando uma outra estrela
na Via Láctea, e cada um deles
sofrendo com a potência da sua estrela e recebendo energia radiante ainda mais
brutal do que a vista no Planeta
Mercúrio. Entendam melhor essa história pela matéria abaixo.
Brazilian Space
ASTRONOMIA - ESPAÇO
- NASA
Astrônomos Encontram 7 Planetas Sendo “Fritos” Por
Calor de Estrela
Astrônomos usaram dados do telescópio espacial Kepler
para identificar sete planetas que orbitam uma outra estrela na Via Láctea e
sofrem com a potência de uma energia radiante ainda mais brutal do que a vista
em Mercúrio
Por Will Dunham, da Reuters
06/11/2023 às 17:09
Atualizado 07/11/2023 às 10:23
Fonte: Site CNN Brasil - https://www.cnnbrasil.com.br
Imagem: NASA/Daniel Rutter
Em nosso Sistema Solar, Mercúrio é o planeta que orbita
mais próximo ao Sol, fritando perpetuamente pela radiação Solar sete vezes
maior do que na Terra.
Astrônomos que usaram dados obtidos pelo telescópio
espacial Kepler, já aposentado pela NASA, identificaram
sete planetas orbitando uma outra estrela na Via Láctea, cada um deles sofrendo
com a potência da sua estrela e recebendo energia radiante ainda mais brutal do
que a vista em Mercúrio.
Trata-se do segundo sistema com mais planetas
identificados ao redor de qualquer estrela depois do nosso
Sistema Solar.
Todos os sete planetas são maiores do que a Terra, maior
dos quatro planetas rochosos do nosso Sistema Solar, mas menores do que Netuno,
menor dos quatro planetas gasosos ao redor do Sol. Todos eles possuem órbitas
mais próximas à estrela deles — chamada de Kepler-385 — do que Mercúrio em
relação ao Sol.
“Todos os planetas são ‘fritos’ mais intensamente do que
qualquer outro planeta do nosso Sistema Solar”, afirmou o astrônomo Jack
Lissauer, do Centro de Pesquisa Ames, da NASA, na Califórnia. Ele é autor do
estudo que será publicado no Journal of Planetary Science e disponibilizado no
website de pesquisa arXiv.
Até hoje, cientistas identificaram mais de 5.500 exoplanetas —
como são chamados aqueles fora do nosso Sistema Solar — e encontraram centenas
de estrelas com múltiplos exoplanetas. Mas a coleção de sete deles da
Kepler-385 é superada apenas pelas oito em órbita de uma estrela chamada
Kepler-90. Outra estrela, a TRAPPIST-1, possui sete planetas. Nosso Sistema
Solar tem oito.
O telescópio espacial Kepler, membro da primeira missão
de caça aos planetas da Nasa, foi aposentado em 2018. Ele detectava os
exoplanetas por pequenos pontos passando em frente ao brilho das estrelas
quando um planeta cruzava entre o seu ponto e aquela estrela.
O estudo realça como existem diferentes tipos de sistemas
Solares, e muitos provavelmente não se parecem com o nosso. Há quase certeza de
que existem sistemas com mais de oito planetas, mas os telescópios ainda não
são potentes o suficiente para identificar pequenos exoplanetas.
A estrela Kepler-385 é cerca de 10% maior do que o
diâmetro e massa do nosso Sol, e também é um pouco mais luminosa e quente. Ela
está localizada a cerca de 5.000 anos luz da Terra. Um ano luz corresponde à
distância que a luz viaja em um ano, ou 9,5 trilhões de quilômetros.
O menor dos sete planetas — que ainda assim é 20% maior
do que a Terra — é o que orbita mais próximo à estrela, algo em torno de 4% da
nossa distância do Sol. O próximo planeta é cerca de 20% maior do que aquele
mais próximo à estrela.
“Ambos devem ser rochosos e ‘bloqueados’, mostrando a
mesma face para sua estrela o tempo todo, como a Lua faz com a Terra”, afirmou
Lissauer. “Isso faz com que sejam extremamente quentes no ponto mais próximo da
estrela. Como é provável que qualquer atmosfera já tenha evaporado há muito
tempo, os seus hemisférios virados para o lado oposto da estrela são
perpetuamente escuros e extremamente frios.”
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