Com Novas Imagens da Sonda Espacial Lucy, a NASA Faz Descoberta 'Intrigante' Sobre Rocha Que Orbita o Asteroide Dinkinesh
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (10/11) no site “CNN Brasil”, destacando que novas
fotos da ‘Sonda Espacial Lucy’ da NASA, revelam que na verdade o Asteroide Dinkinesh tem um companheiro binário de contato, ou seja,
duas rochas espaciais que estão se tocando. Entendam melhor essa história pela
matéria abaixo.
Brazilian Space
ASTRONOMIA - ESPAÇO
- NASA
Descoberta “Intrigante” em Novas Imagens de Asteroide
da Missão da NASA
Missão Lucy compartilhou imagens adicionais de seu
sobrevoo pelo asteroide Dinkinesh, revelando que a surpreendente rocha espacial
que orbita ao seu redor não é o que parecia inicialmente
Por Ashley Strickland da
CNN
10/11/2023 às 04:00
Fonte: Site CNN Brasil - https://www.cnnbrasil.com.br
Imagem: NASA/Goddard/SwRI/Johns Hopkins APL
A missão Lucy capturou imagens adicionais revelando que o asteroide Dinkinesh (à esquerda) tem um companheiro binário de contato, ou seja, duas rochas espaciais que estão se tocando. |
Dinkinesh, um pequeno asteroide
que a missão Lucy, da NASA, visitou na semana passada, continua surpreendendo.
Lucy passou pela rocha espacial, localizada no principal
cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, em 1º de novembro, como parte de
um teste do equipamento da espaçonave
antes de abordar o objetivo principal da missão: pesquisar os enxames de
asteroides troianos ao redor de Júpiter. O sobrevoo de Dinkinesh, que significa
“maravilhoso” na língua amárica da Etiópia, só foi adicionado ao itinerário de
Lucy em janeiro.
Mas as primeiras imagens captadas pelos instrumentos de Lucy mostraram
que havia mais no asteroide sombrio do que o esperado. A princípio, as
imagens sugeriram que a rocha espacial fazia parte de um par binário, com um
asteroide menor orbitando Dinkinesh.
No entanto, imagens adicionais obtidas pela sonda logo
após a maior aproximação do sobrevoo revelaram agora que o asteroide menor é na
verdade um binário de contato – duas rochas espaciais menores que se tocam.
Lucy chegou a cerca de 425 quilômetros da superfície do
asteroide durante a sua maior aproximação, que foi quando as primeiras imagens
foram tiradas. O segundo lote de imagens que revelam o binário de contato,
compartilhado pela Nasa na terça-feira (7), foi obtido seis minutos depois, a
cerca de 1.630 quilômetros de distância.
“Os binários de contato parecem ser bastante comuns no
sistema solar”, disse John Spencer, cientista adjunto do projeto Lucy no
Southwest Research Institute, em nota.
“Não vimos muitos de perto e nunca vimos nenhum orbitando
outro asteroide. Estávamos intrigados com variações estranhas no brilho de
Dinkinesh que vimos ao nos aproximar, o que nos deu uma dica de que Dinkinesh
poderia ter algum tipo de lua, mas nunca suspeitamos de algo tão bizarro!”.
Imagem: NASA/Goddard/SwRI/Johns Hopkins APL/NOIRLab
A primeira imagem obtida pela sonda durante a sua maior aproximação revelou a rocha companheira, mas não o fato de se tratar de um binário de contato. |
Resolvendo Um Enigma de Asteroide
A aproximação foi projetada principalmente para ajudar a
espaçonave Lucy a testar seu sistema de rastreamento terminal, que permite à
espaçonave localizar a rocha espacial de forma autônoma e mantê-la à vista
enquanto voa a 4,5 quilômetros por segundo. O sistema superou as expectativas,
o que permitiu aos astrônomos fazer a descoberta da inesperada rocha
companheira de Dinkinesh.
“É no mínimo intrigante”, disse Hal Levison, pesquisador
principal do Lucy no Southwest Research Institute, em nota. “Eu nunca teria
esperado um sistema assim. Em particular, não entendo porque é que os dois
componentes do satélite têm tamanhos semelhantes. Isso vai ser divertido para a
comunidade científica descobrir”.
Os dados do sobrevoo ainda estão sendo transmitidos da
espaçonave para a equipe da missão.
“É realmente maravilhoso quando a natureza nos surpreende
com um novo quebra-cabeça”, disse Tom Statler, cientista do programa Lucy da
Nasa. “Grande ciência nos leva a fazer perguntas que nunca sabíamos que
precisávamos fazer”.
Imagem: NASA/Goddard/SwRI
Este gráfico mostra a trajetória da espaçonave Lucy ao passar por Dinkinesh e quando capturou as imagens que revelam o surpreendente companheiro do asteroide. |
Definindo Um Curso Para os Troianos
O próximo encontro de Lucy será com outro asteroide do
cinturão principal chamado Donaldjohanson em 2025. E então, a espaçonave
partirá para ver os troianos, ou trojans.
Os asteroides troianos, cujo nome vem da mitologia grega,
orbitam o sol em dois enxames – um que está à frente de Júpiter, o maior
planeta do nosso sistema solar, e um segundo que fica atrás dele. Muito
distantes para serem vistos em detalhes com telescópios, os asteroides ficarão
mais próximos quando Lucy chegar aos troianos em 2027.
A missão empresta o nome do fóssil Lucy, os restos
mortais de um antigo ancestral humano descoberto na Etiópia em 1974. O
esqueleto ajudou os pesquisadores a reunir aspectos da evolução humana, e os
membros da equipe Lucy da Nasa esperam que sua missão alcance um feito
semelhante em relação a história do nosso sistema solar.
Os asteroides são como fósseis, representando o material
que sobrou após a formação de planetas gigantes em nosso sistema solar,
incluindo Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
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