Astrônomos Anunciam a Descoberta de Sistema Planetário Perfeito
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, no dia de ontem (13/11) foi postada uma notícia
no site Inovação Tecnológica destacando
que Astrônomos descobriram o que
eles estão chamando de um "Sistema Solar Perfeito", composto
por Seis Planetas orbitando a sua estrela central numa batida rítmica
nunca antes vista. Entendam melhor essa história pela matéria abaixo.
Brazilian Space
ESPAÇO
Astrônomos Descobrem Sistema Planetário dos Sonhos
Redação do Site
Inovação Tecnológica
29/11/2023
[Imagem: Roger
Thibaut/NCCR PlanetS]
A estrela e seus seis planetas formam o quadro ideal para estudar como os planetas se formaram e como evoluem. |
Sistema Planetário em Sincronia Perfeita
Astrônomos descobriram o que eles estão chamando de um
"sistema solar perfeito": Seis planetas orbitando a sua estrela
central numa batida rítmica nunca antes vista.
Os planetas se movem em uma espécie valsa orbital que se
repete com tanta precisão que pode ser facilmente musicada.
É um caso raro de um bloqueio gravitacional sincronizado,
o que torna o sistema planetário um laboratório perfeito para estudar a
formação e a evolução dos planetas.
"Esta descoberta vai se tornar um sistema de
referência para estudar como os sub-Netunos, o tipo mais comum de planetas fora
do sistema solar, se formam, evoluem, de que são feitos e se possuem as
condições certas para sustentar a existência de água líquida em suas
superfícies," disse Rafael Luque, da Universidade de Chicago.
Os seis planetas orbitam uma estrela chamada HD110067, que
fica a cerca de 100 anos-luz de distância, na constelação Cabeleira de
Berenice, visível no hemisfério celestial norte.
O telescópio
TESS, conhecido como "caçador de exoplanetas", inicialmente
detectou quedas no brilho da estrela que indicavam que os planetas estavam
passando à frente da superfície da estrela. Combinando esses dados com o telescópio
Cheops, que também está no espaço estudando exoplanetas, os astrônomos
finalmente conseguiram traçar a configuração desse sistema planetário tão
peculiar, algo que nunca havia sido visto antes.
Uma Rara Ressonância
Embora sistemas multiplanetários sejam comuns, aqueles em
uma formação gravitacional compacta conhecida como "ressonância" são
muito menos frequentes.
[Imagem: ESA]
Os planetas foram encontrados com o apoio dos telescópios espaciais TESS e CHEOPS, este último visto nesta ilustração. |
Neste caso, o planeta mais próximo da estrela faz três
órbitas para cada duas do planeta seguinte, um padrão chamado ressonância 3/2,
um padrão que se repete entre os quatro planetas mais próximos. Entre os
planetas mais externos, um padrão de quatro órbitas para cada três do próximo
planeta (uma ressonância de 4/3) é repetido duas vezes.
Sistemas planetários orbitalmente ressonantes são
extremamente importantes porque trazem informações sobre a formação e a
subsequente evolução do sistema planetário. No entanto, sistemas
multiplanetários que preservam a sua ressonância são raros.
Os planetas tendem a se formar em ressonância, mas essa
precisão quase matemática pode ser facilmente perturbada. Por exemplo, um
planeta muito massivo, um encontro próximo com uma estrela passageira ou um
evento de impacto gigante podem perturbar o delicado equilíbrio do sistema.
Como resultado, muitos dos sistemas multiplanetários conhecidos até hoje não
estão em ressonância, mas parecem próximos o suficiente para que possam ter
entrado em ressonância no passado.
"Acreditamos que apenas cerca de um por cento de
todos os sistemas permanecem em ressonância, e menos ainda mostram uma cadeia
de planetas nesta configuração," disse Luque. "Ele nos mostra a
configuração original de um sistema planetário que sobreviveu intocado."
É por isso que o sistema HD110067 é especial, merecendo
estudos mais aprofundados: Medições mais precisas das massas e das órbitas
destes planetas vão ajudar a melhorar ainda mais a imagem de como o sistema se formou.
Bibliografia:
Artigo: A
resonant sextuplet of sub-Neptunes transiting the bright star HD 110067
Autores: Rafael Luque et al.
Revista: Nature
Vol.: 623, pages 932-937
DOI: 10.1038/s41586-023-06692-3
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