James Webb Detecta 'Metano' na Atmosfera do 'Exoplaneta WASP-80 b'
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, foi postado no dia (23/11) no site Olhar Digital a notícia de
que o ‘Telescópio Espacial James Webb’ detectou metano na atmosfera
de um exoplaneta. Entenda melhor essa história pela matéria a baixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E
ESPAÇO
Inédito: James Webb Detectou Metano na Atmosfera de Um Exoplaneta
O metano, comum em Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, é difícil de
se detectar nas atmosferas de exoplanetas, mas James Webb conseguiu
Por Flavia Correia
23/11/2023 - 17h25
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
Crédito: NASA
Um artigo
publicado esta semana na revista Nature
descreve uma descoberta inédita do Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA. Graças ao ultramoderno observatório, pela primeira
vez, foi identificada a presença de metano em um exoplaneta.
O equipamento
capturou imagens do exoplaneta WASP-80 b durante seu trânsito pela frente e por
trás de sua estrela-hospedeira. Essas observações revelaram sinais indicativos
de uma atmosfera que contém gás metano e vapor d’água.
Até pouco tempo
atrás, embora o vapor d’água já tivesse sido identificado em mais de dez
planetas, o metano, uma molécula comum em Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, permanecia difícil de detectar nas
atmosferas de mundos alienígenas em trânsito através de técnicas de
espectroscopia espacial.
Líderes de
estudo, os astrônomos Taylor Bell, do Instituto de Pesquisa Ambiental de Bay
Area (BAERI), e Luis Welbanks, da Universidade Estadual do Arizona, estão
entusiasmados com a relevância desta descoberta e ressaltam que as observações
do JWST foram cruciais para identificar essa molécula procurada há tanto tempo.
Exoplaneta Júpiter Quente
WASP-80 b é um
exoplaneta categorizado como Júpiter quente, com características semelhantes em
tamanho e massa ao maior planeta do nosso sistema solar. No entanto, com cerca
de 550ºC de temperatura média, o que é cinco vezes mais quente que Júpiter.
Localizado a 163
anos-luz de distância da Terra, na constelação de Aquila, WASP-80 b orbita uma estrela
anã vermelha a cada três dias. Devido à proximidade do planeta e sua estrela,
impossibilitando a visualização direta mesmo com telescópios avançados como o
Webb, os cientistas estudam a luz combinada dos corpos usando os métodos de
trânsito e do eclipse.
Crédito: Dima Zel
– Shutterstock
No método de
trânsito, a diminuição da luz estelar é observada quando o planeta passa à
frente da estrela, iluminando uma fina faixa de sua atmosfera. Essa técnica
permite aos cientistas compreender a composição dessa camada protetora,
identificando cores de luz bloqueadas pelas moléculas atmosféricas.
No método do
eclipse, a queda na luz total é medida quando o planeta passa atrás de sua
estrela. Nesse momento, os cientistas conseguem captar a luz infravermelha
emitida pelo planeta, revelando absorções específicas que indicam a presença de
certas moléculas na atmosfera.
As observações
iniciais foram transformadas em espectros, mostrando o bloqueio ou emissão de
brilho pela atmosfera do planeta em diferentes cores de luz. Dois modelos foram
utilizados para interpretar esses espectros, e ambos confirmaram a presença de
metano de forma taxativa.
James Webb Vai Continuar Examinando WASP-80 b
Para validar os resultados,
foram empregados métodos estatísticos robustos, garantindo confiabilidade
excepcional na detecção de metano. Isso não só representa a identificação de
uma molécula difícil de observar, mas também abre portas para explorar a
composição química do planeta, revelando pistas sobre seu nascimento e
evolução.
Esta descoberta
também oferece a oportunidade de comparar planetas dentro e fora do nosso
sistema solar. Ao estudar o metano tanto em exoplanetas quanto nos gigantes
gasosos próximos, a NASA poderá estabelecer parâmetros e compreender melhor as
semelhanças e diferenças entre eles.
Além disso,
olhando para o futuro, novas observações do planeta WASP-80 b com o Webb
possibilitarão investigar outras moléculas na atmosfera, proporcionando uma
visão mais completa das condições atmosféricas daquele mundo e expandindo nosso
conhecimento sobre a química e a física em diferentes ambientes
planetários.
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