Lançada Recentemente, a 'Sonda Solar Aditya-L1' da Índia, Registrou Pela Primeira Vez Uma Erupção Solar de Alta Energia

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Vocês estão lembrados da Sonda Solar Aditya-L1 lançada recentemente pela Índia? Pois então a ‘Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO)’ anunciou que, pela primeira vez, o instrumento High Energy L1 Orbiting X-ray Spectrometer (HEL1OS) desta sonda solar, detectou a fase impulsiva de uma erupção de alta energia no Sol. Entenda melhor essa história pela matéria abaixo.
 
Pois é amigos e amigas do BS, mais um gol da ISRO em 2023.
 
Brazilian Space
 
CIÊNCIA E ESPAÇO
 
Sonda Indiana Registra Primeira Erupção Solar de Alta Energia
 
Lançada em setembro, a espaçonave Aditya-L1 é o primeiro observatório solar da Índia, que acaba de detectar sua primeira explosão
 
Por Flavia Correia
09/11/2023 - 07h35
Atualizada em 09/11/2023 - 21h07
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
 

Na terça-feira (7), a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO) anunciou que o instrumento High Energy L1 Orbiting X-ray Spectrometer (HEL1OS), da sonda solar Aditya-L1, detectou a fase impulsiva de uma erupção de alta energia no Sol pela primeira vez. 
 

Sobre a Sonda Solar Aditya-L1:
 
* Trata-se do primeiro observatório solar da Índia;
 
* A espaçonave foi lançada em setembro;
 
* “Aditya” é o nome do Sol em sânscrito, e “L1” é a sigla de “1º Ponto de Lagrange”, em referência à área no céu onde o equipamento vai orbitar entre a Terra e o Sol;
 
* Essa região fica a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, de onde o observatório terá uma visão ininterrupta do astro;
 
* É neste mesmo lugar que orbita o Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), um satélite da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA) que estuda a atividade solar desde 1996.
 
Os Pontos de Lagrange são localizações no espaço onde os campos gravitacionais de dois corpos maciços estão em equilíbrio com a força centrífuga de um terceiro objeto, cuja massa é desprezível em relação a eles (por exemplo, um telescópio espacial em relação à Terra e ao Sol). Estar em equilíbrio significa que as forças se cancelam. Uma espaçonave em um desses pontos pode permanecer na posição quase sem gastar combustível.
 

Qual é o objetivo da sonda Aditya-L1 
 
Embora o Sol seja estudado há muito tempo, os astrônomos ainda não compreendem totalmente como sua camada atmosférica mais externa, conhecida como coroa, fica tão quente – sendo um milhão de graus Celsius mais quente do que a superfície da estrela.
 
Pouco se sabe sobre o que acontece antes das explosões solares e da liberação de enormes nuvens de plasma chamadas ejeções de massa coronal (CMEs) para o espaço – às vezes, em direção à Terra. Também se desconhece como as CMEs aceleram a tão altas velocidades perto do disco solar.
 
Segundo a ISRO, espera-se que o observatório Aditya-L1 forneça algumas pistas sobre esses mistérios de décadas. E isso já pode estar começando a acontecer, afinal, a sonda acaba de captar sua primeira ignição de erupção solar. De acordo com a agência, a explosão ocorreu em 29 de outubro, entre 9h e 19h (pelo horário de Brasília), menos de dois meses depois que a espaçonave foi lançada.
 
Dados obtidos pelo Satélite Ambiental Operacional Geoestacionário 18 (GOES-18), da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA, também apontaram um aumento nos raios-X na mesma região, ao mesmo tempo.
 
(UTC – Horário Universal)

Registro de erupções solares ocorridas em 29 de outubro entre 0h e 23h59.
 
Aditya-L1 carrega sete instrumentos científicos, que lhe permitem estudar tudo, desde o campo magnético interplanetário até a coroa solar. Um deles é o HEL1OS, que se concentra nas emissões de raios-X de explosões solares – o responsável pela observação inaugural. 
 
Com os dados obtidos por esse instrumento, os cientistas esperam entender como as emissões de alta energia de uma erupção solar estão ligadas aos elétrons e outras partículas liberadas durante esses eventos.
 
Embora tenha feito seu primeiro grande trabalho, o HEL1OS ainda não está totalmente operacional. Os cientistas continuam a ajustar e calibrar o instrumento, nesta fase de comissionamento.

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