Brasil Poderá Lançar Foguetes em Centro Espacial
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (02/06) no
site “CenárioMT” destacando que a agora após a assinatura de um Portaria
da AEB (veja aqui), o Brasil poderá lançar foguetes do Centro Espacial de Alcântara
(CEA).
Duda Falcão
CENÁRIO POLÍTICO
Brasil Poderá Lançar Foguetes em Centro Espacial
Agência Espacial Brasileira está com chamamento público
para empresas interessadas em realizar lançamentos a partir de Alcântara
Por CenárioMT
2 de junho de 2020 às 21:34
Foto: Angelina Gomes/PR
Durante entrevista no Palácio do Planalto, ministro
Pontes informou que o Brasil poderá lançar foguetes em centro espacial, no
Maranhão.
|
Governo brasileiro quer tornar o Centro Espacial de
Alcântara, no Maranhão, competitivo mundialmente e um grande atrativo de
recursos para o Brasil no setor espacial.
Uma portaria da Agência Espacial Brasileira autorizou
empresas privadas, nacionais ou estrangeiras, a lançarem foguetes, satélites ou
outras cargas a partir da base de Alcântara, no Maranhão. Os interessados
em fazer lançamentos do Brasil devem enviar documentos para análise.
No último fim de semana nos Estados Unidos, uma empresa
privada, a Space X, fez uma parceria com a NASA e lançou um foguete tripulado.
Em suas redes sociais, o presidente da República, Jair
Bolsonaro, comentou sobre essa nova etapa na política espacial. “O Brasil acaba
de entrar no seleto grupo de nações que abrigam lançamentos de foguetes
privados, como os da SpaceX. Após décadas, inicia-se nova fase de
desenvolvimento, garantindo bilhões de reais ao país e região de Alcântara
/MA”.
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações, Marcos Pontes, comentou a importância do trabalho
brasileiro. “O presidente Jair Bolsonaro congrega com essa ideia de que nós
precisamos ter essas tecnologias estratégicas, ou seja, parte espacial, nuclear
e segurança cibernética, como um todo, incentivadas. Isso é importante para soberania
do País, importante para desenvolvimento econômico e social”.
Marcos Pontes disse que o trabalho desenvolvido em
Alcantara atrairá investimentos para o Brasil. “Isso atrai investimentos,
investimentos grandes que vão ser coordenados entre a Agência Espacial
Brasileira e o Comando da Aeronáutica. Posso dizer o seguinte, temos condições
excelentes de ter aqui no Brasil um centro de lançamento extremamente
competitivo no mercado mundial”, disse Pontes.
Segundo o ministro, a atuação do Governo Federal ocorre
em três fases. A primeira fase dos esforços para impulsionar a base de
Alcântara foi a aprovação, no ano passado, do acordo de salvaguardas
tecnológicas com os Estados Unidos. O acordo permite que o Brasil
lance, comercialmente, objetos espaciais de qualquer país que tenham componente
americano.
“Oitenta por cento dos foguetes e satélites do planeta
tem algum componente americanos. Sem esse acordo, comercialmente, seria muito
difícil decolar o projeto comercial de Alcântara”, explicou o ministro.
Neste ano, ocorre a segunda fase, é a
preparação de planos locais para discutir com a comunidade do entorno da base e
empresas um plano de negócios para a região. Em 2021, ocorre a fase final. “A
partir do ano que vem, entra em ação a execução desse plano e o centro começa
literalmente a decolar”, afirmou Marcos Pontes.
O ministro destacou que o Centro Espacial de Alcântara
será um impulsionador de desenvolvimento para a região onde está instalado, com
a participação da comunidade e empresas locais. “O centro não é sozinho,
isolado, tem hotéis, tanta coisa no entorno. Tudo isso vai modificar aquela
região”, avaliou.
Neste ano, ocorre a segunda fase, é a
preparação de planos locais para discutir com a comunidade do entorno da base e
empresas um plano de negócios para a região. Em 2021, ocorre a fase final. “A
partir do ano que vem, entra em ação a execução desse plano e o centro começa
literalmente a decolar”, afirmou Marcos Pontes.
O ministro destacou que o Centro Espacial de Alcântara
será um impulsionador de desenvolvimento para a região onde está instalado, com
a participação da comunidade e empresas locais. “O centro não é sozinho,
isolado, tem hotéis, tanta coisa no entorno. Tudo isso vai modificar aquela
região”, avaliou.
Fonte: Site CenárioMT - https://www.cenariomt.com.br
Comentário: Pois é leitor, apesar dessa portaria, essa notícia até que o Governo
prove o contrário (tenha uma carta muito bem escondida na manga, o que eu e
ninguém acredita), parece ser puramente utópica. Afinal pelo que se comenta nos
bastidores do setor espacial, até o momento não existe nenhuma empresa internacional
interessada em fazer seus lançamentos comerciais de Alcântara, e no âmbito nacional,
muita coisa precisaria ser mudada para atrair investidores que apostasse
recursos nas empresas ‘New Space’ (já que o governo só faz torrar dinheiro naquelas
do ‘Old Space’, vide Avibrás e outras, algumas até que sequer são brasileiras) que
realmente podem dotar o país (em médio prazo) de veículos lançadores que
pudessem prestar esse serviço. Mas infelizmente para o país não parece ser o
caminho que o governo irá adotar, e cá pra nós leitor, começo a questionar se
realmente o governo está imbuído em desenvolver veículos lançadores no Brasil? É
um questionamento que já venho fazendo há algum tempo e o que me causa grande preocupação,
afinal como eu disse ao assessor do Deputado Daniel Freitas da (FPMPEB), não existe
Programa Espacial significativo no mundo sem veículos lançadores de satélites,
é estratégico em todos os sentidos, não temos como fugir disso, e que a FPMPEB teria de ter esse projeto como pauta principal, ou não obteria o
apoio da Comunidade Espacial. Leitor, o PEB completará ano que vem 60 anos, há décadas
já deveríamos ter o nosso lançador, afinal um país gigantesco como o nosso, com
recursos de todas as ordens como temos, de necessidades diversas que poderiam
está sendo atendidas pelo PEB, enfim... mas o que vemos leitor na realidade é a entrada e saída de
governos, muita ‘conversa fiada’ e uma tremenda má vontade com o PEB e com a nossa autossuficiência de acesso ao espaço, bem como de
se construir um país de verdade. Quanto ao futuro CEA leitor (apesar do que diz o Ministro Marcos Pontes), até agora só fantasia, o
que também é algo muito preocupante para o país devido ao avanço que esse setor
dinâmico de lançamentos comerciais sofre a cada dia em todo o mundo, ainda
mais agora, acelerado principalmente pelas atividades ligadas a futura Missão lunar Artemis
da NASA. Triste.
Alguém sabe dizer se é permitido, caso existisse interessado, a uma empresa privada construir seu próprio centro de lançamento, desenvolver foguetes e lançá-los, a partir do território nacional?
ResponderExcluirAcredite, eu tenho fé que o Brasil vai mudar para melhor. Eu creio quando ocorrer um lançamento de grande porte na base de Alcântara vai ser um dia histórico para nossa nação.
ResponderExcluir