Israel Faz História ao Lançar Primeira Sonda Privada a Pousar na Lua
Olá leitor!
Uma notícia foi postada hoje (22/02) no site da Revista
Galileu destacando que Israel fez história ao lançar primeira sonda privada a
pousar na Lua.
Duda Falcão
GALILEU - CIÊNCIA
Israel Faz História ao Lançar Primeira
Sonda Privada a Pousar
na Lua
Missão Beresheet já está a caminho e deve chegar a seu
destino em abril, fazendo de
Israel a quarta nação e da startup SpaceIL a primeira
empresa a tocar o solo lunar
Por A. J. Oliveira
22/02/2019 - 08h12
Atualizado - 08h14
(Foto: Reprodução/Twitter/SpaceX)
Lançamento da Beresheet foi realizado em
Cabo Canaveral,
nos Estados Unidos.
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Era 3:45 da madrugada de sexta-feira (22) em Israel
quando, do outro lado do mundo, um foguete da SpaceX lançou ao espaço uma
missão histórica para o país. Uma pequena multidão estava reunida em Yehud, no
centro de controle da missão Beresheet, desenvolvida pela SpaceIL, para
acompanhar a transmissão ao vivo do lançamento do Falcon 9. Todos ficaram
extasiados e muito orgulhosos com a confirmação de que a primeira sonda privada
da história destinada a pousar na superfície lunar havia sido lançada em
segurança e com sucesso.
Apesar do horário, estavam presentes no evento o
primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, além do bilionário Morris Kahn,
presidente e maior financiador da startup. Partindo do complexo 40 da Base da
Força Aérea em Cabo Canaveral, na Flórida, a Beresheet se desprendeu do foguete
34 minutos após o lançamento. Pouco depois, foi a vez dos satélites S5 e
Nusantara Saru. Indicações preliminares dos sistemas e da abertura das pernas
de pouso mostram que a sonda sobreviveu ao lançamento e segue saudável rumo à
Lua.
Se tudo correr conforme o planejado, após percorrer 6,5
milhões de quilômetros em uma série de órbitas ao redor da Terra, a pousadora
será inserida na órbita lunar e, dez dias depois, deve fazer um pouso suave na
superfície, em 11 de abril. Caso os procedimentos sejam bem-sucedidos, a
Beresheet se tornará a primeira sonda desenvolvida inteiramente com recursos
privados a pousar na Lua, e Israel entrará para o seleto clube de nações a
terem conquistado o feito, que conta com países como Rússia (1966), EUA (1969)
e China (2013).
“Eu não poderia estar mais orgulhoso por dar esse
presente ao povo de Israel e torná-lo parte do ethos israelense de tecnologia,
ousadia e uma dose generosa de coragem”, disse em comunicado à imprensa Morris
Kahn, que doou US$ 40 milhões dos US$ 100 milhões que financiaram a empreitada. Pode parecer muito dinheiro, mas é só uma fração do
custo de missões semelhantes desenvolvidas por agências espaciais, que podem
chegar a centenas de milhões de dólares de dinheiro público.
(Foto: Divulgação)
Beresheet se separando do foguete.
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A startup foi criada em 2011 para competir no Lunar
XPRIZE, premiação patrocinada pelo Google que seria concedida à primeira
empresa que pousasse uma sonda em solo lunar. Depois de muitos atrasos, a
corrida terminou sem vencedores em março de 2018. Mas, ainda assim, várias das
participantes prosseguiram com seus projetos. “Ver uma delas indo para a Lua
mostra que aquele movimento consolidou empresas no que chamamos de economia
cislunar”, diz o engenheiro e empreendedor espacial Lucas Fonseca.
Fonseca é CEO da Airvantis e diretor da Missão Garatéa,
que desenvolve uma série de programas de educação científica e pretende lançar
uma sonda brasileira para orbitar a Lua nos próximos anos. “O que eu acho
especialmente interessante é o fato de Israel não ser historicamente uma
potência espacial, eles têm o próprio lançador, já lançaram alguns satélites,
mas até então nada muito expressivo”, afirma, destacando o compromisso do país
com o desenvolvimento tecnológico.
Mas a Beresheet também já virou um case para seus
próprios projetos. “Isso para mim é muito interessante principalmente porque
posso usar como analogia para o que quero fazer com a Garatéa no Brasil”, diz
Fonseca. A sonda foi desenvolvida em parceria com a IAI (Israel Aerospace Industries)
entre 2015 e 2018 e despachada via avião para os Estados Unidos em janeiro, num
contêiner especialmente adaptado para não danificar a estrutura. Com um metro e
meio de altura, dois de largura e pesando só 600 quilos, será a sonda mais leve
a pousar na Lua.
(Foto: Divulgação)
Beresheet sendo
preparada para o lançamento.
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Assim que alunissar na parte norte da região chamada de
Mare Serenitatis, a Beresheet vai tirar uma série de selfies ostentando a
bandeira de Israel e fotos da superfície, para provar que chegou mesmo lá. Além
da câmera, a sonda porta outros dois instrumentos científicos: um magnetômetro
para medir o campo magnético da Lua, para uma pesquisa do Instituto de Ciência
Weizmann; e espelhos retrorrefletores para orientar satélites na órbita lunar,
desenvolvidos pela NASA em uma ponte feita pela agência espacial israelense.
Independente do resultado da missão, ela já reservou seu
lugar nas páginas de história. O lançamento do primeiro pousador construído
inteiramente com recursos privados, em um foguete também de uma empresa (que
por sinal já havia voado e pousado duas vezes em 2018), é um divisor de águas
para a indústria e a exploração do espaço como um todo. Talvez, daqui a alguns
anos, seja considerado o marco inicial do momento em que a economia cislunar (e
espacial) efetivamente deslanchou.
Fonte: site da Revista Galileu - 22/02/2019 - http://revistagalileu.globo.com
Comentário: Pois é leitor, veja como uma empresa pequena do tipo startup como a SpaceIL pode dá uma resposta significativa se só tiver que se preocupar com o desenvolvimento tecnológico, mas para tanto é necessário ter um universo setorial que contribua para isso, como existe nos países que realmente tem os seus programas espacias como estratégico, como verdadeiros programas de estado, e note que esta missão não é uma iniciativa governamental, mas é fruto sim do apoio logístico e politico que o desenvolvimento da ciência e tecnologia recebe do Governo Israelense. Os Israelenses estão de parabéns, e vamos ficar na torcida para que a sonda Beresheet possa chegar ao solo lunar com segurança. Avante Beresheet. Enquanto isso no Brasil continuamos esperando que o nosso ministro-astronauta Marcos Pontes e seu escudeiro Carlos Moura (presidente da AEB) convide os CEOS das startup espacias brasileiras para uma conversa, pois quanto mais demorar esse primeiro contato, mas tempo perderemos, e tempo é algo que não temos mais a perder, temos sim que correr a trás e tirar o atraso que já é muito grande. Principalmente pois (como foi anunciado) o Presidente Bolsonaro deve visitar oficialmente Israel em breve, e seria muito bom que a comitiva presidencial fosse acompanhada por todos os CEOS das startups brasileiras, e neste caso, quanto mais rápido houver uma reunião com esses profissionais, facilitará o planejamento estratégico deles e do próprio governo.
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