Grupo de Trabalho do Projeto Carponis-1 Realiza 1ª Reunião de 2019
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (04/02) no site da Força Aérea Brasileira
(FAB) destacando que o Grupo de Trabalho do Projeto Carponis-1 se reúne de hoje até o dia 07/02 em Brasília.
Duda Falcão
ESPAÇO
ESPAÇO
Grupo de Trabalho do Projeto
Carponis-1 Realiza 1ª Reunião
de 2019
Objetivo é definir requisitos que devem constar da
solicitação de propostas enviada
às empresas interessadas em participar do
processo de aquisição do satélite brasileiro
Por Tenente Carlos Balbino
Revisão: Capitão Landenberger
Edição: Agência Força Aérea
Fonte: Agência Força Aérea
Publicado: 04/02/2019 16:30
Fotos: Sargento Bruno Batista/CECOMSAER
De hoje (4) até quinta-feira (7), integrantes do Grupo de
Trabalho do Projeto Carponis-1 se reúnem, em Brasília (DF), para analisar os
requisitos e definir os principais pontos da solicitação de propostas que será
enviada às empresas interessadas em participar do processo de aquisição do
primeiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto de alta resolução
espacial. A reunião, realizada na Comissão de Coordenação de Implantação de
Sistemas Espaciais (CCISE), na sede do Comando da Aeronáutica, conta com a
participação de vinte especialistas da Marinha do Brasil, do Exército
Brasileiro, da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Estado-Maior Conjunto das
Forças Armadas (EMCFA).
Na abertura da reunião, o presidente da CCISE, Brigadeiro
do Ar José Vagner Vital, apresentou um panorama do projeto. O oficial-general
compartilhou o portfólio atual de capacidades de sensoriamento remoto óptico do
Brasil, falou sobre os requisitos preliminares do sistema em relação aos
segmentos espacial e terrestre, além das possibilidades de participação
nacional.
Ao reforçar a importância do trabalho dos integrantes do
grupo envolvido na definição dos requisitos técnico-logístico-industriais
(RTLI), o oficial-general utilizou imagens obtidas por satélite - antes e
depois da tragédia ambiental de Brumadinho (MG) – para mostrar como o uso delas
pode favorecer a ação rápida e influenciar o tempo de resposta em casos de
emergências e gestão de crises e desastres.
O Brigadeiro Vital aproveitou a ocasião, ainda, para
comentar sobre a capacidade brasileira de sensoriamento óptico de alta
resolução em relação a outros países da América do Sul, como Peru, Chile e
Venezuela. Após comparar os cenários, ele apontou o impacto econômico direto
mostrando como é hoje, com a compra de imagens providas por outros países, e
como seria futuramente, com a aquisição de um satélite nacional.
“Essa é uma fase muito importante para o projeto. Depois de
definirmos os detalhes do que nós queremos para a solicitação de propostas,
tanto tecnicamente, industrialmente, e em relação à logística, treinamento e
conteúdo nacional, ficamos aguardando apenas a luz verde do governo em termos
de orçamento, e de plano plurianual, para, em um curto espaço de tempo,
selecionar a melhor proposta que atenda aos anseios do Brasil”, afirmou o
presidente da CCISE depois de apresentar o planejamento orçamentário e o
cronograma financeiro estimado.
Ainda de acordo com o oficial-general, a previsão é de
que a contratação do projeto, que está na fase de viabilidade (análise das
alternativas tecnológicas, benefícios e magnitude dos riscos), ocorra ainda no
primeiro semestre deste ano. Antes disso, todos os requisitos definidos pelo
Grupo de Trabalho ainda precisam ser aprovados pelo Estado-Maior da Aeronáutica
(EMAER).
Carponis-1
O Carponis-1 é o primeiro satélite brasileiro de
sensoriamento remoto de alta resolução espacial e faz parte das constelações do
Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), que integra o Programa
Espacial Brasileiro. Ele tem capacidade de gerar imagens coloridas com
resolução igual a um metro ou menos, ou seja, com mais qualidade, nitidez e
precisão, em comparação com as imagens providas pelo satélite sino-brasileiro,
o CBERS-4, que pode somente prover imagens em preto e branco com resolução
máxima de cinco metros. A previsão é que o satélite seja colocado em órbita até
2022.
No âmbito da Defesa e Segurança, o satélite proverá o
apoio de inteligência nas operações militares em território nacional e
internacional, sobretudo, com a identificação e monitoramento constante das
áreas utilizadas para práticas ilícitas, como as áreas de fronteira e de alta
criminalidade nos grandes centros urbanos. Já como exemplos de utilização por
outros órgãos governamentais, destacam-se o monitoramento e a fiscalização mais
precisa de áreas de desmatamento, o suporte à produção agrícola e o apoio à
fiscalização fundiária.
Fonte:
Site da Força Aérea Brasileira (FAB) - http://www.fab.mil.br
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