ESA Mostra Mais Provas de Que Marte Um Dia Já Teve Rios em Sua Superfície
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (22/02) no site do
“Canaltech” destacando que a Agência Espacial Europeia (ESA) mostrou mais
provas de que o Planeta Marte um dia já teve rios em sua superfície.
Duda Falcão
CIÊNCIA – ESPAÇO
ESA Mostra Mais Provas de Que Marte Um
Dia Já Teve Rios
em Sua Superfície
Por Patrícia
Gnipper
Canaltech
Fonte: ESA
22 de Fevereiro de 2019 às 13h56
A agência espacial europeia (ESA) divulgou nesta semana
imagens tiradas pelo satélite Mars Express que mostram locais onde, em um
passado longínquo, existiam rios de água líquida em Marte, com mais de 1,6 km
de largura e 198 metros de profundidade.
Acredita-se que há cerca de 3,4 bilhões de anos o Planeta
Vermelho tinha bastante azul em sua paisagem, contendo um grande oceano em seu
hemisfério norte, além de lagos e rios em diversos pontos de sua superfície
que, hoje, é um enorme deserto. Ainda há alguma água por lá, na verdade,
concentrada abaixo da calota polar sul, e cientistas acreditam que isso pode
ser justificado com a presença
de atividade vulcânica subterrânea em Marte, que teria gerado um fluxo de
magma abaixo da superfície, emitindo calor de dentro para fora e, assim,
possibilitando a existência de água líquida mesmo nos dias de hoje.
Em seu passado, Marte tinha uma atmosfera mais espessa e
quente, o que permitia a existência de água corrente na superfície, e as
evidências de que isso aconteceu de verdade são mostradas por meio de imagens e
dados de satélites que orbitam o planeta, como é o caso do Mars Express da ESA.
A fotos da vez revelam um sistema de vales em regiões montanhosas no sul do
planeta, ao leste de uma cratera chamada Huygens.
As fotos mostram a região repleta de crateras de impacto
e sinais de que um dia existiu fluxo de água ali. A água criava rios largos e
profundos e, hoje, este vale é liso e fragmentado, ainda que mantenha bem
visível as marcas do antigo leito de rio.
(Foto: ESA/DLR/Universidade Livre de Berlim)
Foto tirada pelo Mars Express mostrando o vale que, hoje,
é completamente seco, mas um dia já abrigou água líquida.
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De acordo com a agência espacial, "em geral, o
sistema de vales parece se ramificar significativamente, formando um padrão um
pouco parecido com os galhos de árvores oriundos de um tronco central — esse
tipo de morfologia é conhecido como ‘dendrítico’". O termo deriva de dendron (palavra
grega para árvore), e foi aplicado corretamente, pois é possível ver vários
canais que se separam do vale central.
"Esses canais ramificados provavelmente foram
formados pelo escoamento de água superficial em um fluxo anteriormente forte do
rio, combinado com chuvas extensas, e acreditamos que esse fluxo tenha cortado
o terreno existente em Marte, forjando novos caminhos e esculpindo a
paisagem", continua a ESA em comunicado.
(Foto: ESA/DLR/Universidade Livre de Berlim)
A mesma imagem com visão topográfica. As áreas em azul
e
roxo são as de menor altitude, com as regiões brancas,
amarelas e vermelhas mostrando
áreas de maior altitude.
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Bom, que um dia Marte teve água líquida abundante em sua
superfície, isso já está comprovado. Agora, resta descobrir coisas como qual
seria a fonte dessa água (possibilidades seriam o derretimento de geleiras, ou
chuvas intensas), quanto tempo levou para que a água do planeta secasse, e se a
existência de água líquida ali é sinônimo de que um dia Marte foi habitável, de
repente até mesmo tendo formas de vida que se iniciaram ali como aconteceu com
a Terra.
E talvez estejamos próximos de descobrir a resposta a
essa última questão, pois a ESA enviará ao Planeta Vermelho a missão ExoMars
com um rover que foi recentemente
rebatizado de Franklin, em homenagem à "mãe do DNA" Rosalind
Franklin, com previsão de lançamento para agosto de 2020 e chegada em 2021. A
missão procurará por bioassinaturas em regiões marcianas em que um dia existiu
água no estado líquido. Ainda, a NASA também
vem procurando pelos mesmos sinais de vida, com o rover Curiosity ainda na
ativa, a sonda InSight estudando o interior do planeta e, em breve, com o rover
Mars 2020, que continuará o legado do Opportunity, cuja
"morte" foi declarada recentemente.
Fonte: Site do Canaltech - https://canaltech.com.br
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