Brasileiros Desenvolvem Projeto de Nutrição Para Pessoas em Marte
Olá leitor!
No inicio deste mês (veja aqui) postamos uma nota
informando que estudantes da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
estavam precisando de ajuda para participar de uma competição internacional
organizada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) tendo
como objetivo desenvolver "Micróbios Marcianos", tá lembrado? Pois então, no dia de hoje
(12/02) foi publicada no site da Revista Galileu uma matéria sobre essa
iniciativa.
Duda Falcão
GALILEU – CIÊNCIA
Brasileiros Desenvolvem Projeto de
Nutrição Para Pessoas
em Marte
Estudantes da UFSCar buscam apoio para tirar ideia do
papel
e participar de competição internacional
Por Giovanna Forcioni
Com supervisão de Isabela Moreira.
12/02/2019 - 06h56
Atualizado - 06h56
(Foto: Arquivo Pessoal)
Nunca estivemos tão perto de habitar Marte: o que antes parecia papo de ficção
científica, agora começa a se consolidar como uma possibilidade real. Há quem
diga que, em menos de dez anos, seremos capazes de levar pessoas para
colonizar o Planeta Vermelho. Mas, antes disso, será preciso
desenvolver tecnologias e fazer adaptações para garantir que a convivência de
humanos seja possível em solo marciano.
Um grupo de estudantes da Universidade Federal de São
Carlos (UFSCar) já começou a fazer sua parte para que essa possibilidade se
torne real. Pensando em como garantir comida suficiente para sobreviver em
Marte, nove alunos do curso de biotecnologia estão desenvolvendo leveduras
fermentadoras capazes de sobreviver às condições marcianas. Se tudo ocorrer
como planejado, esses microrganismos permitirão a produção de pão e outros
alimentos fermentados por lá. “Quando decidimos o tema do projeto, testamos a
hipótese e achamos que poderia funcionar, tanto pela relevância quanto pelo
apelo”, explica a estudante Isabelle Taira, uma das integrantes do grupo, em
entrevista à GALILEU.
Os jovens pretendem usar conceitos da biologia sintética
e fazer com que as leveduras se comportem de maneira artificial. Para chegar ao
resultado esperado, a ideia é fazer com que as leveduras apresentem uma maior
quantidade de melanina — molécula responsável por “bloquear” a radiação solar.
“Se conseguirmos revestir a levedura de melanina, ela pode ter uma resistência
maior à radiação e sobreviver mais”, conta Taira.
Segundo ela, o grupo atualmente trabalha com duas
hipóteses para atingir esse objetivo: na primeira, a intenção é modificar
geneticamente a levedura para que ela possa processar a melanina sozinha; na
segunda, o plano é fazer com que a levedura produza um receptor na membrana e,
como um adesivo, “agarre” a melanina do meio externo.
A estudante ainda conta que, mais do que ajudar os
astronautas na colonização de outros planetas, a ideia do projeto também é
abrir outras possibilidades de aplicação para as leveduras. “várias tecnologias
que temos hoje foram criadas graças ao desenvolvimento espacial. a levedura que
estamos desenvolvendo talvez também possa ser usada como um micromodelo para
usinas de fermentação, por exemplo”, diz.
(Foto: NASA JPL — Caltech)
Robô Curiosity em Marte.
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Tirando a Ideia do Papel
Ainda que alguns testes iniciais já tenham sido
realizados, o projeto ainda está em fase inicial. Para que ele saia do papel,
os alunos ainda precisarão testar a capacidade de sobrevivência e de
fermentação das leveduras. Isso será avaliado em laboratórios da universidade,
sob supervisão de professores orientadores. Balões estratosféricos e câmaras de
simulação do ambiente marciano também serão utilizados.
Além de dar vida a esses planos, o objetivo do grupo é
inscrever o projeto no IGEM
2019, a maior competição de biologia sintética do planeta, realizada
anualmente na cidade de Boston, nos Estados Unidos. Mas cobrir os custos da
taxa de inscrição custa caro: cerca de US$ 5 mil. Para tentar driblar essa
questão, os estudantes lançaram uma campanha de financiamento coletivo e, agora,
tentam arrecadar o dinheiro que precisam. O crowdfunding é flexível, ou seja,
quanto mais recursos captarem, maiores as chances de tirar a ideia do papel.
Quem quiser ajudar, tem até meados de março para fazer sua contribuição.
Fonte: site da Revista Galileu - 12/02/2019 - http://revistagalileu.globo.com
Comentário: Pois é leitor, vamos ajudar essa galerinha
que é o futuro do Brasil e estão precisando de ajuda para fazerem diferença, e
quem sabe também história registrando a participação brasileira no
desenvolvimento de nossa espécie. Saravá meu pai, sucesso garotada.
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