Parceria Unb-Ucrânia Formará Quadros para o PEB
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (12/09) no site da “Universidade de Brasília (UnB)” destacando que a parceria entre a UnB e a Universidade Dnipropetrovsk da Ucrânia formará quadros para o futuro do "Programa Espacial Brasileiro".
Duda Falcão
ENGENHARIA AEROESPACIAL
Parceria Unb-Ucrânia Formará Quadros
para o Futuro do Programa Espacial
Alunos do mestrado da Engenharia Aeroespacial da UnB passarão
seis meses na Ucrânia para conhecer o projeto do foguete Cyclone-4
Henrique Bolgue
Da Secretaria de Comunicação da UnB
12/09/2011
Alexandra Martins/UnB Agência
Um novo rumo para o programa espacial brasileiro está sendo projetado em parceria com a Ucrânia, país com larga experiência nessa indústria. A UnB faz parte da proposta com o mestrado em Engenharia Aeroespacial que formará quadros para a empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), com sede em Brasília. Professores, mestrandos, representantes da empresa e do governo ucraniano discutiram o futuro do projeto no seminário Brasil-Ucrânia: Oportunidades para a Cooperação Técnico-Científica no Espaço, realizado nesta segunda-feira 12, no Auditório da Reitoria. O objetivo da parceria é a troca de tecnologias e culminará com o lançamento do foguete Cyclone-4, programado para 2013.
No final deste ano, os dez alunos do mestrado em Engenharia Aeroespacial da UnB passarão seis meses na Ucrânia, onde terão contato com o Cyclone-4, desenvolvido inteiramente pelos ucranianos, e serão treinados para trabalhar na ACS. Os alunos serão recebidos na universidade Dnipropetrovsk e voltarão ao Brasil para completar o mestrado. O projeto custa US$ 487 milhões e é custeado pelos dois países, meio a meio. A ACS coordenará a preparação e o lançamento do foguete em 2013 a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, e terá técnicos dos dois países.
Ao falar no seminário, o reitor José Geraldo de Sousa Júnior lembrou que a UnB está consolidando novas áreas de pesquisa. “Essa será a base para uma futura graduação de engenharia aeroespacial”, lembrou. A idéia é montar um Centro Aeroespacial em Brasília para abrigar cerca de 100 cientistas, no campus da UnB Gama, iniciativa com respaldo de duas entidades da área com sede na cidade, a ACS e a Agência Espacial Brasileira (AEB).
A convergência entre os dois países vem desde 2006, quando a ACS foi criada. No começo de 2009, a Ucrânia procurou a UnB para tratar da criação do mestrado. Depois de conhecer os projetos do país europeu, Carlos Alberto Gurgel Veras, chefe do Departamento de Engenharia Mecânica da UnB, impressionou-se com o estado tecnológico da Ucrânia. “É uma oportunidade única iniciar essa parceria”, disse. Segundo Gurgel, depois de formar os primeiros dez engenheiros, o curso de Engenharia Aeroespacial habilitará os futuros integrantes do programa espacial brasileiro.
COOPERAÇÃO – Dmitriy Pozdnyakov, secretário de relações internacionais comerciais da Yuzhnoye, estatal ucraniana que montará o foguete, apresentou diversos projetos da empresa, que desde 1954 lançou mais de 400 naves espaciais. Para o futuro, ela planeja o desenvolvimento de projetos inovadores, como lançamento de naves para proteger a Terra de asteróides.
O designer geral e diretor geral da Yuzhnoye, Alexandr Degtyarev, explicou que o fim da União Soviética tornou a empresa grande demais para os interesses nacionais. “Por isso, as parcerias com mercados externos não são impulsivas, mas estratégicas”. Ele considera o projeto do Cyclone-4 o passo inicial de uma grande parceria. “O objetivo é que o Brasil rume para o acesso independente ao espaço.”
Alexandra Martins/UnB Agência
Para Alexandr projeto do Cyclone-4 é o passo inicial do
que pode ser uma grande parceria
Paulo Moraes Júnior, do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial do Ministério da Defesa (DCTA), apresentou um histórico dos 50 anos do projeto brasileiro, que fez três tentativas frustradas de lançamento. O último foi em 2003, quando uma falha no combustível provocou explosão que matou 21 técnicos civis.
Ele também falou do futuro programa “Cruzeiro do Sul”. Serão cinco veículos projetados em alusão às cinco estrelas da conhecida constelação. O primeiro foguete deve ser lançado em 2015 e o segundo está previsto para 2020. Diferente dos foguetes anteriores, de propulsão sólida, o projeto contará com também com propulsão líquida. Esse projeto espacial pode contribuir para o desenvolvimento da sociedade, esclarece: “Estamos todos dependentes de satélites e conseqüentemente de foguetes”, diz.
Fonte: Site da Universidade de Brasília (UnB)
Comentário: O leitor conhece nossa posição quanto a esse projeto, mas mesmo em situações como essa, há males que vem para o bem. Nesse caso é a parceria entre a UnB e universidade Dnipropetrovsk que espero possa continuar, mesmo depois da morte anunciada dessa mal engenhada empresa. Entretanto, em nossa visão os nossos jovens que irão à Ucrânia têm que ter em mente de que o que for aprendido nesse país (principalmente na área de propulsão líquida) deverá se aplicado no “Programa Espacial Brasileiro” sempre buscando adaptar a tecnologia tóxica ucraniana a nossa realidade, muito mais ecologicamente correta. Veja você leitor que agora convenientemente o representante ucraniano fala em uma possível cooperação espacial que envolva desenvolvimento conjunto e note a coragem do nosso presidente (AAB), Paulo Moares Jr. (não sei se deliberada) em apresentar o seu projeto “Cruzeiro do Sul” nesse evento da ACS, que é endossado pelo DCTA/IAE/COMAER e que envolve a cooperação com os russos, povo este que não tem nenhuma simpatia por esse desastroso acordo brasileiro com a Ucrânia. Vale lembrar que os veículos lançadores citados pelo presidente da AAB, são o VLS-Alfa e o VLS-Beta e torcemos para que o mesmo possa cumprir o cronograma de lançamento apresentado.
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