Tecnologia de Satélites é Prioridade Estratégica
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada hoje (20/03) no site do jornal “O Estado de São Paulo” destacando que a tecnologia de satélites é prioridade estratégica do governo Dilma.
Duda Falcão
Tecnologia de Satélites é
Prioridade Estratégica
Dilma quer produzir no Brasil modelos
para vigilância e antecipação climática
Roberto Godoy
O Estado de São Paulo
20 de março de 2011 - 00h00
A compra dos novos caças para a aviação militar está fora da agenda formal das discussões dos presidentes do Brasil e dos Estados Unidos. Nessa área, que margeia os limites entre a pauta estratégica e a da Defesa, virou prioridade o acordo de cooperação para o desenvolvimento conjunto de satélites.
O Brasil vai precisar de quatro veículos ao longo dos próximos 15 anos. Embora haja capacidade no País para a construção de determinados modelos, as pretensões agora são de grande abrangência - tipos de alta tecnologia e múltiplo emprego; componentes fundamentais para a consolidação dos programas de controle do mar, da fronteira terrestre e da expansão das facilidades de proteção aérea.
O tema é tão relevante que, há dois dias, era cotado para entrar na declaração conjunta de Dilma Rousseff e Barack Obama. A presidente brasileira considera prioritário adquirir capacidade na análise do clima e acompanhamento ambiental por meio de satélites. Washington e Brasília negociam a produção integrada, mais o lançamento de uma plataforma na órbita equatorial, destinada a coletar informações que permitam antecipar a ocorrência de desastres naturais.
Assuntos Delicados - A pretensão brasileira de ter assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas será debatida, concordam o chanceler Antonio Patriota e o subsecretário de Estado Arturo Valenzuela - mas o apoio que Obama pode eventualmente oferecer à tese é apenas o mesmo que já apresentou à Índia, há três meses: a abertura do conselho a novos países é boa, mas depende de uma ONU reformada.
Analistas do Centro Nacional de Estudos da Defesa, em Washington, sustentam que a reforma prevista pela diplomacia americana espera um aumento significativo do conselho, talvez para até 35 vagas, das quais ao menos 15 fixas - todavia, preservando o núcleo duro e com direito a veto nas deliberações, formado pelos Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia.
O assunto estratégico que interessa aos Estados Unidos é o fornecimento futuro - mas não distante - de petróleo e gás. Na semana passada, em Washington, Obama afirmou que, "está tomando medidas" para "reunir os dados sobre os recursos de energia fóssil no Atlântico Sul". Embora a essa declaração esteja implícito um considerável trabalho de inteligência, o presidente anunciou em seguida que discutiria a questão na visita ao Brasil, definido, então, como "fornecedor potencial de petróleo aos Estados Unidos".
No viés específico da Defesa, o governo americano está desconfortável com a posição assumida pela administração brasileira na proposta de expansão da área de atuação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Em setembro de 2010, o ministro Nelson Jobim disse, em Lisboa, que vê "com reservas quaisquer iniciativas que procurem, de alguma forma, associar o Norte do Atlântico ao Atlântico Sul - sendo o sul área geoestratégica de interesse vital para o Brasil". Segundo ele, "as questões de segurança das duas metades desse oceano são distintas".
Para Jobim, depois da guerra fria, a OTAN "passou a servir de instrumento de seu membro exponencial, os Estados Unidos, e dos aliados europeus". Por meio do novo conceito da aliança, a força pode intervir em qualquer parte do mundo a pretexto de ações antiterror ou humanitárias, nas ameaças à democracia, agressões ambientais ou proteção às populações civis.
A contrapartida pode ser o estímulo à cooperação militar bilateral, com o envolvimento direto das Forças Armadas do País em missões conjuntas, regionais ou globais, como analisa o cientista social Salvador Raza (leia entrevista ao lado).
No tópico da transferência de alta tecnologia de sistemas militares, o professor Gunther Rudzit, especialista em relações internacionais, não vê razões para que se espere grandes mudanças na postura em relação a um setor que "não depende do Executivo, mas sim do Congresso americano, pouco flexível nesse campo".
Fonte: Site do Jornal O Estado de São Paulo - 20/03/2011
Comentário: Humm, teremos de esperar para vê se será mesmo. Outra coisa, o blog está com o professor Gunther Rudzit (especialista em relações internacionais) que não vê razões para que se espere grandes mudanças na postura americana em relação a um setor que não depende do Executivo, mas sim do Congresso americano, pouco flexível nesse campo, ai também valendo para transferência de tecnologia para o setor espacial. Teremos de aguardar para ver como essa história irá terminar.
Qual seria a vantagem para os EUA de transferir tecnologia espacial para o Brasil, se ele estaria colocando mais um player nesse mercado disputadissimo de satelites?
ResponderExcluirTalvez com o poder do pré-sal o brasil consiga barganhar alguma coisa mas se depender das vontades políticas creio que seja dificil o Brasil sair ganhando algo nessa negociação!
Olá Mensageiro!
ResponderExcluirAs vantagens seriam enormes, motivadas pelo toma lá da cá dos interesses políticos e econômicos dessa nova conjuntura internacional onde o Brasil é um dos principais playes. Entretanto, como não depende do poder executivo americano e sim do Congresso, a garantia de sua realização é incerta. Porém os ganhos para o Brasil poderão ser enormes, desde que negociados com inteligência e competência.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilia Space)
Discurso velho, não é discurso prático. Queremos ver algo realmente acontecer e não ficar nos discursos. Como o ex-presidente mesmo falou, tem gente ai inaugurando até maquete de um projeto que nem se sabe se irá sair algum dia.
ResponderExcluirAÇÃO JÁ !
Olá Ricardo!
ResponderExcluirConcordo contigo em gênero, número e grau. Chega de blá-blá-blá político é hora de AÇÃO.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)