Satélite Militar dos EUA se Fragmenta e Deixa Mais de 50 Detritos na Órbita Terrestre
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Em um recente evento identificado no final de 2024, e monitorado posteriormente por entidades enpecializadas no tema, o satélite militar DMSP-5D2 F14, parte do Programa de Satélites Meteorológicos de Defesa dos Estados Unidos, se fragmentou na órbita terrestre, criando mais de 50 pedaços de lixo espacial. O incidente, detectado no dia 19 de dezembro de 2024 pela empresa LeoLabs, ocorreu a uma altitude de 840 km. Este é o mais recente de uma série de eventos envolvendo satélites da mesma linha.
Lançado em 1997, o satélite pesava 750 quilos e operava em uma órbita heliossíncrona, projetada para fornecer dados meteorológicos consistentes. Após sua aposentadoria em 2020, ele permaneceu em órbita, mas passou por procedimentos de desativação, incluindo a drenagem de baterias e descarte de combustível, para mitigar riscos futuros. Apesar disso, o "evento de fragmentação em baixa velocidade" ainda ocorreu, evidenciando os desafios contínuos relacionados ao gerenciamento de satélites desativados.
Empresas especializadas como LeoLabs e Slingshot Aerospace estão monitorando os detritos criados. Segundo a LeoLabs, radares confirmaram a existência de mais de 50 fragmentos originados do satélite. Esses resíduos representam uma ameaça potencial para outros objetos em órbita, aumentando o risco de colisões no já congestionado espaço ao redor da Terra.
A série de satélites DMSP já registrou outros episódios de fragmentação. Os satélites F11, F13 e F15 se desintegraram em 2004, 2015 e 2016, respectivamente. Apesar dos esforços para prevenir esses incidentes por meio de protocolos de desativação, a longevidade das estruturas e a complexidade das condições espaciais podem levar a falhas imprevistas.
O aumento do lixo espacial é uma preocupação crescente para a comunidade científica e os operadores de satélites. Eventos como este reforçam a necessidade de estratégias mais eficazes para o descarte seguro de satélites aposentados. Além disso, destacam a importância de tecnologias inovadoras para a mitigação e remoção de detritos espaciais, fundamentais para preservar a sustentabilidade das operações orbitais.
Com mais de 36.000 detritos espaciais rastreados atualmente, a fragmentação de satélites aposentados agrava a situação. Além de representar um risco direto para missões em andamento, o aumento da densidade de resíduos na órbita baixa dificulta lançamentos e operações futuras, exigindo manobras preventivas frequentes.
Enquanto iniciativas como o monitoramento constante e novos projetos de satélites mais sustentáveis avançam, incidentes como o da fragmentação do DMSP-5D2 F14 lembram os desafios que ainda precisam ser superados para garantir a segurança e funcionalidade do espaço ao redor do nosso planeta.
Quer saber mais um pouco sobre os detritos espaciais, assista a live "Detritos Espaciais - Riscos, Aspectos Técnicos e Jurídicos e Soluções" realizada pelo BS, com a participação do Dr. Marcelo Lopes Souza, da Dra. Tatiana Riveiro Viana e do prof. Rui Botelho:
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