A Startup Rosotics dos EUA Mudou o Seu Foco Para Veículos de Transporte Orbital

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Crédito: Rosotics
O CEO Christian LaRosa com uma das máquinas de fabricação aditiva de metal baseadas em indução da Rosotics.
 
No dia de ontem (14/01), o portal SpaceNews noticiou que a startup estadunidense de fabricação aditiva Rosotics havia anunciado, em 14 de janeiro, planos para interromper as vendas de sua impressora 3D de metal Halo e focar na construção de uma frota de veículos de transferência orbital.
 
“Nós pretendemos produzir infraestrutura pesada para ficar em órbita a longo prazo: um depósito de propelente, uma planta de energia, um estaleiro”, disse o CEO da Rosotics, Christian LaRosa, à SpaceNews. “O caminho para fazer isso está começando a ser desbloqueado por plataformas como o Starship e a plataforma que operaremos.”
 
Halo, a máquina da Rosotics para imprimir grandes estruturas, combinada com a experiência da empresa em soldagem a frio, que junta metais sem o uso de calor, são essenciais para estabelecer a infraestrutura, disse LaRosa. A soldagem a frio “é a única forma de montar e fabricar grandes quantidades de material no vácuo do espaço”, acrescentou.
 
A Rosotics planeja trabalhar com múltiplos fornecedores de lançamentos para enviar uma frota de veículos ao ponto de Lagrange Terra-lua 5, uma localização citada no livro de Gerard K. O’Neill de 1976, “The High Frontier: Human Colonies in Space.”
 
O ponto L5 é considerado um local ideal para reabastecimento de missões que seguem para Marte ou o cinturão de asteroides, disse LaRosa. Além disso, o programa Artemis da NASA está impulsionando a atividade ao redor da lua.
 
“Nos beneficiaremos de missões indo e vindo da órbita lunar”, disse LaRosa. “O Artemis também se beneficiará do que faremos neste programa.”
 
Rumo à Flórida
 
A Rosotics está transferindo sua sede de Mesa, Arizona, para o Cabo Canaveral, Flórida, onde a empresa contratará pessoas para construção e operações de espaçonaves. Em conjunto com a mudança, Austin Thurman, cofundador e diretor de operações da Rosotics, está deixando a empresa.
 
Enquanto isso, a Rosotics não fornecerá mais serviços de fabricação aditiva para os mercados naval e marítimo.
 
“Nós equiparemos nossos parceiros e aqueles adjacentes a nós com nossas plataformas de pesquisa e desenvolvimento”, disse LaRosa. “Ajudaremos eles a implementar esses sistemas sob seu próprio nome para atender esses mercados.”
 
Embora a Rosotics não aceite mais pedidos para o Halo, “honraremos todos os pedidos feitos até o momento”, disse LaRosa.
 
Com as futuras máquinas Halo, a Rosotics pretende produzir em massa veículos de transferência orbital.
 
Massa para a Órbita
 
Novos veículos de lançamento que estão entrando em operação, incluindo o Starship e o New Glenn da Blue Origin, motivaram o movimento mais recente da Rosotics. Além de aumentar a quantidade de massa enviada para a órbita terrestre, os novos veículos podem oferecer transporte para novos destinos.
 
Alcançar o ponto L5 exige uma série de manobras complexas com um veículo que “é fortemente otimizado em termos de massa”, disse LaRosa. “Nós pretendemos privatizar o Halo para construir uma frota de mais de uma dúzia de espaçonaves fabricadas aditivamente na forma de um casco não pressurizado.”
 
Financiamento Necessário
 
Os planos ambiciosos da Rosotics exigirão financiamento significativo.
 
Desde que foi fundada em 2019, a startup gastou US$ 2,6 milhões, de acordo com o comunicado de imprensa. A rodada de pré-seed da empresa em 2022, liderada pela Draper Associates, arrecadou US$ 750.000.
 
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