Novo Estudo Destaca o Potencial de Missões de Retorno de Amostras de Marte Para Esclarecer os Segredos Evolutivos do Planeta

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Imagem: Página MARS Daily do Portal Space Daily
Ilustrativo.

No dia de ontem (13/01), a página MARS Daily do portal Space Daily noticiou que um estudo recente publicado nos Proceedings of the National Academy of Sciences destaca o potencial de missões de retorno de amostras do Planeta Marte para esclarecer os segredos evolutivos do Planeta Vermelho. Pesquisadores do Lawrence Livermore National Laboratory (LLNL) enfatizam a importância de analisar amostras coletadas diretamente de locais conhecidos em Marte.
 
De acordo com a nota do portal, Marte exibe uma combinação única de características geológicas que lembram tanto a Lua quanto a Terra, tornando-o um objeto fascinante de estudo para os cientistas.
 
As percepções atuais sobre a evolução do Planeta Vermelho vêm principalmente das observações de espaçonaves e da análise de meteoritos. Esses meteoritos, encontrados principalmente em desertos e na Antártica, foram parte de Marte antes de serem ejetados para o espaço e, eventualmente, cair na Terra. Eles se dividem em duas categorias distintas: shergottites e nakhlites, cada uma oferecendo visões contrastantes do passado geológico de Marte.
 
"Atualmente, estamos usando amostras que são frequentemente menores do que a ponta do seu polegar para extrapolar toda a história evolutiva de um planeta. Você não preveria a existência dos Himalaias a partir de uma amostra coletada na bacia oceânica", disse o pesquisador do LLNL, Lars Borg. "Precisamos ser capazes de determinar se as características que vemos fazem parte de uma característica em grande escala ou são apenas uma pequena anomalia local."
 
Shergottites, com idades entre 200 e 600 milhões de anos, são rochas basálticas com propriedades geoquímicas e isotópicas semelhantes às da Lua. Essas amostras sugerem que Marte formou um núcleo, manto e crosta no início de sua história, permanecendo geologicamente inativo desde então. Por outro lado, nakhlites, com 1,3 bilhões de anos, indicam que Marte desenvolveu essas camadas ainda mais cedo e experimentou atividade geológica contínua semelhante à da Terra. Essa dualidade torna Marte um planeta particularmente enigmático.
 
No LLNL, o grupo de Assinaturas Cosmoquímicas e Isotópicas realizou uma análise e datação extensivas dos meteoritos marcianos. A equipe agora está aprimorando suas instalações em preparação para a Mars Sample Return Campaign da NASA, que trará amostras coletadas pelo rover Perseverance de volta à Terra.
 
"Isso faz parte de uma agenda muito mais ampla para o LLNL contribuir com nossas capacidades analíticas únicas para missões de retorno de amostras futuras, que incluem, de forma importante, o retorno dos humanos à Lua por meio do programa Artemis", explicou o pesquisador do LLNL, Thomas Kruijer.
 
Ao estudar essas amostras marcianas e seus locais específicos, Borg e sua equipe buscam desenvolver um modelo abrangente da formação e evolução do planeta. Tal entendimento pode fornecer valiosas percepções sobre a própria história da Terra e os processos mais amplos que moldam os planetas terrestres.
 
"Obter amostras do único lugar no sistema solar que remotamente se parece com a Terra poderia iluminar como nosso mundo surgiu, explicar como a civilização se formou e examinar se estamos sozinhos no universo", disse Borg.
 
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