A NASA Poderá Recorrer a SpaceX e a Blue Origin Para Reduzir os Custos da Missão de Recuperação de Rochas de Marte

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Imagem: Space Daily
 
No dia de ontem (07/01), o portal SpaceNews noticiou que a NASA havia anunciado, na terça-feira (07), que poderá recorrer à SpaceX de Elon Musk ou à Blue Origin de Jeff Bezos para ajudar a reduzir os custos crescentes de trazer de volta as rochas marcianas coletadas pelo Rover Perseverance para a Terra.
 
De acordo com a nota do portal, originalmente planejada para entregar 30 tubos de amostra à Terra até a década de 2030, a missão Mars Sample Return (MSR) enfrentou aumento de despesas e atrasos, o que levou a agência espacial dos EUA a explorar soluções mais eficientes.
 
A mudança de direção ocorre enquanto a China avança em direção a uma missão de retorno de amostras mais simples para o Planeta Vermelho "por volta de 2028", de acordo com a mídia estatal, tornando-se potencialmente o primeiro país a alcançar esse feito.
 
O administrador da NASA, Bill Nelson, que está deixando o cargo, revelou na terça-feira que a agência está avaliando duas arquiteturas potenciais para o pouso de uma plataforma robótica em Marte, com uma decisão final prevista para meados de 2026.
 
A primeira opção utiliza o sistema Sky Crane da NASA, um jetpack robótico que famosamente baixou os rovers Curiosity e Perseverance na superfície marciana em 2012 e 2021, respectivamente.
 
A segunda envolve um "lander de grande capacidade" desenvolvido por um parceiro comercial para colocar o hardware necessário na superfície.
 
"Todos vocês sabem que a SpaceX e a Blue Origin já expressaram interesse, mas pode haver outros também", disse Nelson.
 
Em ambos os cenários, o lander carregaria um Mars Ascent Vehicle reduzido — um foguete leve projetado para lançar amostras para a órbita de Marte.
 
Lá, o Earth Return Orbiter, sendo desenvolvido pela Agência Espacial Europeia (ESA), interceptaria a carga útil para a jornada de volta à Terra.
 
A NASA também está revisando sua estratégia de energia para o lander. Em vez de painéis solares, que são vulneráveis às tempestades de poeira de Marte, a agência planeja usar uma bateria nuclear para aquecimento e energia.
 
Com a opção Sky Crane, a NASA estima que os custos podem variar de US$ 6,6 bilhões a US$ 7,7 bilhões — muito menos do que os US$ 11 bilhões projetados no plano original, conforme relatado em uma auditoria independente.
 
A parceria com fornecedores comerciais pode reduzir ainda mais os custos, para uma faixa entre US$ 5,8 bilhões e US$ 7,1 bilhões, com o retorno previsto entre 2035-2039, em comparação com 2040 no plano original.
 
O cronograma da missão depende de variáveis como o financiamento anual do Congresso e se a NASA e a ESA optarão por um voo direto de Marte para a Terra ou um desvio para uma "órbita cislunar" ao redor da Lua, onde as amostras precisariam ser recuperadas.
 
Enquanto isso, a missão mais simples da China pode entregar as amostras anos à frente da NASA, marcando uma vitória simbólica significativa.
 
Nelson minimizou as comparações entre os programas, enfatizando a complexidade e o alcance do esforço da NASA. "Não se pode comparar os dois — o nosso... é uma missão extremamente bem pensada criada pela comunidade científica mundial", disse ele.
 
O Perseverance pousou em Marte em 2021 para procurar evidências de vida microbiana antiga de bilhões de anos, quando o planeta era mais quente e úmido.
 
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