[RECORDAR É VIVER] Um desvario que virou realidade: a captura revolucionária do Superheavy
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Hoje (08/01/2025) fui lembrado pelas redes sociais que há exatos quatro anos, Elon Musk, CEO da SpaceX, revelava ao mundo uma ideia audaciosa (quase tresloucada!) para o futuro da exploração espacial: capturar o foguete Superheavy (e posteriormente a nave Starship) diretamente no ar, utilizando o braço de uma torre de lançamento. A proposta causou grande repercussão nas redes sociais e foi detalhada em uma resposta do bilionário a um usuário do Twitter.
O conceito era substituir os pousos como os realizados Falcon 9, técnica já conhecida e de amplo domínio da emrpesa, por um sistema de captura — uma espécie de guindaste integrado à própria torre de lançamento.
Na época, Musk explicou que o objetivo era simplificar as operações, reduzindo custos e tempo de preparação para novos lançamentos, conforme divulgou o site parceiro do BS Mostarda Nerd na sua publicação (aqui). O Super Heavy, foguete projetado para impulsionar a espaçonave Starship, é o maior propulsor já construído, com impressionantes 70 metros de altura, nove metros de diâmetro e capacidade para operar (na época) entre 24 e 37 motores Raptor (que hoje estão em 33).
O sistema Superheavy-Starship foi concebido para missões ambiciosas, incluindo viagens à Lua, a Marte e até mesmo transportes hipersônicos na Terra. No entanto, a ideia de uma torre “abraçar” o foguete em pleno retorno era algo revolucionário (senão louco!) — e altamente desafiador.
Pouco menos de quatro anos após a revelação da ideia, em em 13 de outubro de 2024, o conceito se tornou realidade no quinto voo de testes do sistema Starship/Superheavy. Nesse teste histórico, a torre de lançamento equipada com o sistema “Mechazilla”, como foi apelidada, realizou com sucesso a captura do booster, quando do seu retorno.
Após o lançamento, o propulsor Super Heavy separou-se do estágio superior a uma altitude de 70 km e realizou uma queima de retorno para a base de lançamento. Ao se aproximar da plataforma, o propulsor foi desacelerado e alinhado com os braços mecânicos da torre, que o capturaram antes do desligamento dos motores. Enquanto isso, o estágio superior da Starship seguiu uma trajetória suborbital, reentrou na atmosfera e realizou um pouso controlado no Oceano Índico (veja o vídeo do BS abaixo).
Este teste bem-sucedido demonstrou a viabilidade do sistema de captura do propulsor, aproximando a SpaceX de seu objetivo de desenvolver um veículo de lançamento totalmente reutilizável para missões à Lua, Marte e além. O sucesso do teste também destaca a capacidade da SpaceX em traduzir conceitos visionários em tecnologias funcionais. A torre de captura não apenas reduz o desgaste do propulsor — comparado a pousos verticais convencionais — como também permite economias substanciais em manutenção e operações logísticas.
Apesar da SpaceX ainda estar muito longe de um sistema minimamente operacional, a conquista da empresa é uma prova do potencial da engenharia e do pensamento inovador. Não necessariamente um padrão a ser adotado, o sistema de captura pode se tornar uma opção para foguetes reutilizáveis, beneficiando não apenas missões interplanetárias, mas também o desenvolvimento de espaçonaves comerciais e científicas.
Enquanto isso, mesmo sem novas capturaas, o Superheavy segue aguardando o seu sétimo voo (no próximo dia 10 de janeiro de 2025), sendo uma peça-chave na estratégia (ou sonho "tresloucado") da SpaceX e do seu fundador para colonização de Marte e avanço na exploração espacial, tal como a versão lunar do veículo para o sistema de pouso lunar de astronautas (Human Landing System - HLS) do programa Artemis da NASA.
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Editor do BS
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