Startup Instala-se no Cabo Canaveral e Vai Construir Foguetes Impressos a 3D
Olá leitor!
Mas o que distingue a Relativity Space de outras empresas é o processo de fabrico dos foguetões. É referido que nos últimos 60 anos não houve progresso no sistema de construção, que continuam complicados e caros de fabricar. O segredo da startup é utilizar uma gigantesca impressora 3D para literalmente imprimir todas as partes necessárias, num processo praticamente automático, sejam o motor, os tanques ou a estrutura geral do veículo espacial.
Uma notícia foi postada ontem (17/01) no website português
“Tek.Sapo” destacando que uma Startup se instalou em Cabo Canaveral (EUA) e vai
construir foguetes impressos a 3D.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Startup Instala-se no Cabo Canaveral e
Vai Construir Foguetões Impressos a 3D
Empresa aeronáutica quer revolucionar a forma como os
foguetões
são construídos, através de processos de impressão 3D.
Por Rui Parreira
Tek. Sapo
17 jan 2019 - 17:14
A startup aeroespacial Relativity Space conseguiu um
ambicioso lugar no porto espacial do Cabo Canaveral, localizado na Flórida, nos
Estados Unidos, e vai em breve começar a construir, ou melhor, a imprimir
foguetões para lançar ao espaço. Conforme refere o The Verge, a empresa fechou negócio com a Força Aérea dos
Estados Unidos, depois de um competitivo leilão entre os vários interessados no
local. “A infraestrutura era a peça que precisávamos para finalizarmos o
caminho até ao lançamento”, refere o CEO da empresa, Tim Ellis.
Graças a um fundo de 45 milhões obtidos, durante o ano
passado, a empresa fundada em 2016 tornou-se mais um “player” na exploração da
indústria comercial espacial. Estará mesmo a utilizar um centro da NASA para
testar o seu motor Aeon, que a empresa tem estado a trabalhar, tendo sido feito
124 testes de disparo, num esforço de lançar o primeiro foguetão, o Terrain 1,
em 2020.
O foguetão é descrito como sendo de tamanho
médio/pequeno, com cerca de 10 andares, sendo capaz de transportar 1.250 quilos
até à órbita inferior da Terra. Pequeno, quando comparado com o Falcon 9 da
SpaceX, capaz de carregar 22.800 quilos.
Foto: Relativity Space
Impressora 3D na sede da empresa Relativity Space em Los
Angeles.
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Mas o que distingue a Relativity Space de outras empresas é o processo de fabrico dos foguetões. É referido que nos últimos 60 anos não houve progresso no sistema de construção, que continuam complicados e caros de fabricar. O segredo da startup é utilizar uma gigantesca impressora 3D para literalmente imprimir todas as partes necessárias, num processo praticamente automático, sejam o motor, os tanques ou a estrutura geral do veículo espacial.
Como refere a publicação de tecnologia, na sede da
startup em Los Angeles encontra-se a maior impressora 3d de metal, uma máquina
descrita como capaz de criar peças com seis metros de altura e três de largura.
Esta será capaz de imprimir quase 95% do foguetão. O restante requer a
intervenção de trabalhadores humanos, sobretudo nas fases de testes, envios e
pequenos ajustes manuais.
A sua solução reduz custos, ao diminuir a quantidade
necessária de componentes, muitos deles podem ser impressos em blocos únicos,
mesmo as mais complicadas. Para se ter uma ideia, o injetor do motor requer
normalmente 3.000 componentes para ser construído, mas através da impressão, o
mesmo é composto por apenas três elementos.
O segredo foi transpor a complexidade dos
componentes físicos para o software, para o design da arquitetura em programas
como o Autocad. E segundo é referido, a impressora “não quer saber” se é
complexo, basta passar-lhe o plano do modelo para fazer o trabalho. E tal como qualquer outra indústria com bases na impressão 3D, é
possível ajustar rapidamente o design, caso seja necessário, através do
software, e a impressora é automaticamente configurada com as mudanças. O
derradeiro objetivo é reduzir a 60 dias, o tempo necessário para a construção
de um foguetão.
Mas que não se pense que os planos da startup passam por
construir um foguetão e enviá-lo ao espaço. O objetivo é levar o processo de
fabrico para Marte, e a partir de lá utilizar a impressora 3D para construir
uma fábrica “marciana”. Para já, necessitam provar que foguetões impressos a 3D
podem voar…
Fonte: Website português Tek.Sapo - https://tek.sapo.pt
Comentário: Olha aí leitor, esse é mais um exemplo da importância
que as Startups espaciais vêm alcançando muito afora. Por isso volto a insistir
com o nosso Ministro-Astronauta Marcos Pontes. Ministro, reúna-se o mais breve
possível ao lado do novo presidente AEB com os CEOs das startups espaciais
brasileiras para não só discutir como eles podem ajudar no desenvolvimento
espacial do país, bem como para desafia-los a fazerem (conjuntamente ou
individualmente como neste caso norte-americano), pois o desafio, ao lado da
curiosidade, do dinamismo e visão, são as motivações que impulsionam a criação de
um verdadeiro ambiente de inovação. Portanto ministro será necessário que a partir
de agora o Governo venha dar prioridade a quem realmente pode fazer a diferença e na velocidade que o país precisa,
pois não há mais tempo para erramos ministro (já erramos tudo que podíamos errar
e mais um pouco), afinal a próxima década será a década do grande avanço da
humanidade no espaço, e sequer ainda conseguimos atingir a nossa autossuficiência
espacial, apesar do nosso programa ser o quarto mais antigo do mundo. Que a ‘Força’
esteja sempre com o senhor Ministro Marcos Pontes, e como diz o Presidente
Bolsonaro: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. Saravá meu pai.
Uma empreitada desse nível cairia muito bem em Alcântara. Assim, teríamos uma demanda por profissionais tecnologicamente mais qualificados aquela região.
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