CENSIPAM Busca Parceria Para Uso de Satélite Japonês
Olá leitor!
Segue abaixo a nota postada ontem (24/01) no site do
Ministério da Defesa (MD) destacando que o Centro Gestor e Operacional do
Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) busca parceria para uso de satélite japonês.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
CENSIPAM Busca Parceria Para
Uso de Satélite Japonês
Por Willian Cavalcanti
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
61 3312-4071
Quinta, 24 de Janeiro de 2019, 17h05
Brasília, 24/01/2019 – Para estudar uma possível
parceria para operação de satélites de imageamento territorial, uma comitiva da
Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) esteve na terça-feira (22)
no Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM),
em Brasília.
A JICA tem apoiado países em desenvolvimento em
iniciativas de manejo florestal sustentável em associação a Agência de
Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA). Uma das atividades é o desenvolvimento
do Sistema de Alerta Precoce Florestal nos Trópicos (JJ-FAST), que usa o
Satélite Avançado de Observação de Terra-2 (ALOS-2).
Fotos: Willian Cavalcanti/CENSIPAM
Lançado em 2014, o satélite Alos-2 está equipado com
radar de abertura sintética (SAR), que enxerga através das nuvens e observa as
mudanças na floresta, o que permite monitorar o desmatamento durante todo o
ano. O sistema é utilizado em 77 países e produz relatórios que apontam como as
florestas podem impactar o planeta. A intenção japonesa é ampliar ainda mais
essa iniciativa.
Os representantes da Agência de Cooperação Internacional
do Japão, Hiroaki Okonogi, Takahiro Endo e Yutaro Tanaka, conheceram o sistema
SipamSAR, que produz alertas de desmatamento para órgãos ambientais de
fiscalização, de forma semelhante ao JJ-FAST. O coronel Miguel Archanjo
explicou o funcionamento do sistema, desenvolvido pelo CENSIPAM por meio do
projeto Amazônia SAR. Ele mostrou como é o fluxo de trabalho na obtenção,
processamento e divulgação de dados recebidos da constelação de satélites
italiana Cosmo-SkyMed. O processo demora cerca de dois dias até o envio para os
órgãos de fiscalização.
No ciclo 2017-2018, foi imageada uma área de cerca de 300
mil km2. No atual ciclo 2018-2019, já foram quase 250 mil km2. O próximo passo
do projeto Amazônia SAR é a implantação das antenas de recepção em solo. Duas
antenas foram adquiridas e serão instaladas este ano em Manaus (AM) e Formosa
(GO). Elas abrangem todo o território nacional, o mar territorial e o bioma
amazônico. O diretor técnico do CENSIPAM, Cristiano Cunha, afirmou que as
antenas são multisatelitais e podem receber imagens tanto de satélites ópticos
quanto de satélites com radar de abertura sintética (SAR).
A perspectiva das instituições é que o CENSIPAM possa
utilizar imagens da nova versão do satélite japonês, o Alos-4, para
monitoramento da Amazônia. Em contrapartida, os japoneses poderiam utilizar as
antenas brasileiras para descarregar imagens. Existe também a intenção de
cooperação para monitorar outras áreas temáticas e realizar treinamento de
recursos humanos para uso e disseminação de imagens do Alos-2.
“Vamos levar as demandas do CENSIPAM ao Japão e verificar
qual caminho podemos seguir para firmar a parceria entre os dois países.
Queremos promover melhorias para que o produto oferecido pelo JJ-FAST se adapte
às necessidades do Brasil. Se conseguirmos combinar o SipamSAR e JJ-FAST,
podemos ter um resultado para análise mais eficaz nas atividades contra o
desmatamento”, disse o professor Hiroaki Okonogi.
Atualmente, o JJ-FAST produz alertas com resolução de 50
metros. Com o lançamento do Alos-4, o Japão pretende alcançar a resolução de 3
metros.
A Agência de Cooperação Internacional do Japão busca
acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (IBAMA). O chefe do Centro de Sensoriamento Remoto do Ibama, Edson
Eyji Sano, afirmou que a intenção é utilizar inteligência artificial para
ranquear os alertas de desmatamento, dando nível de prioridade às ações de
fiscalização. “Queremos saber se o polígono está crescendo ou se está próximo a
áreas de conversação. Esses parâmetros podem ser utilizados de forma que
tenhamos diferentes níveis de prioridade. E queremos fazer isso de forma
automatizada”, disse o representante do IBAMA.
“Tendo em vista que o acordo com o Ibama está mais
avançado, acredito que o CENSIPAM poderá contribuir na cooperação como
copartícipe, de forma a atender os interesses das três entidades. Nossa
intenção é colaborar para aprofundarmos ainda mais essa parceria”, afirmou o
general Luiz Felipe Linhares, diretor de Administração e Finanças do CENSIPAM.
Fonte:
Site Ministério da Defesa - http://www.defesa.gov.br/
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