Centro de Lançamento de Alcântara e o Setor Espacial Foram Temas de Estudo do IPEA
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (15/01) no site da
Agência Espacial Brasileira (AEB), destacando que o Centro de Lançamento de
Alcântara (CLA) e o Setor Espacial foram temas de estudo do “Instituto de
Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA)”.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Centro de Lançamento de Alcântara e o
Setor Espacial São
Temas de Estudo
Coordenação de Comunicação Social – CCS
Publicado em: 15/01/2019 18h44
Última modificação: 15/01/2019 18h47
O Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA),
entendendo a importância do setor espacial para o Brasil, publicou recentemente
um Texto para Discussão TD nº 2.423 – O Centro de Lançamento de Alcântara (MA):
abertura para o mercado internacional de satélites e salvaguardas para a
soberania nacional, que tem como autores, Israel Oliveira, coordenador de
estudos do IPEA; Rogério Luiz Veríssimo Cruz, da Agência Espacial Brasileira;
Giovanni Roriz Lyra Hilldebrand e Matheus Augusto Soares, pesquisadores do
IPEA.
O texto traz discussões relevantes referentes à
utilização do Centro de Lançamento de Alcântara, atualmente tão presente na
mídia, e que pode colocar o Brasil entre os poucos países que possuem centros
de lançamento comerciais.
Além de abordar os aspectos históricos do Programa
Espacial Brasileiro (PEB), com suas principais conquistas nos segmentos de
satélites e de veículos lançadores, o estudo também discute os condicionantes e
as oportunidades que a utilização do Centro de Lançamento de Alcântara pode
proporcionar.
Como condicionante, o TD discute e explica o que são os
acordos de salvaguardas tecnológicas (AST), que vêm sendo discutidos no Brasil
desde 2003. O AST com os Estados Unidos é essencial para garantir a operação
comercial do Centro, uma vez que esse acordo serve para garantir a proteção das
tecnologias estrangeiras que venham a ser utilizadas por satélites ou veículos
lançadores em Alcântara (MA).
Também são apresentados, oportunamente, os modelos de
negócio com relação a centros de lançamentos adotados por outros países, tais
como Estados Unidos, Índia, Reino Unido, Rússia, França e China. Esses exemplos
são fundamentais para se pensar na estratégia que o Brasil deverá adotar para
explorar o seu centro de lançamento. Embora se tenha em mente que o Brasil
deverá construir uma solução específica, respeitando seu regramento jurídico, a
experiência de outros países pode ajudar na construção de uma solução mais
eficaz.
A pesquisa também aborda a questão fundiária, ainda a ser
resolvida para a plena consolidação da área do Centro. Cabe destacar que já é
possível que o Centro realize atividades comerciais de lançamento com a área
hoje destinada a ele. A área adicional pleiteada serviria para a criação de
novos sítios e para atrair empresas, que ali implantariam estruturas dedicadas
a cada veículo lançador de seu interesse.
O setor espacial é um segmento completamente transversal,
que gera impactos e spinoffs em praticamente toda a cadeia de valor econômica.
Transformar o Centro de Lançamento de Alcântara em um centro operacional
comercial trará benefícios na forma de geração de renda, emprego e
desenvolvimento regional, não somente para a cidade de Alcântara, mas também
para o seu entorno e para o Brasil. Nesse sentido, cabe destacar a iniciativa da
Agência Espacial Brasileira de negociar com a Secretaria de Aviação Civil, o
zoneamento civil-militar do aeródromo localizado em Alcântara. O zoneamento,
cujas obras se iniciam ainda em 2019, permitirá a modernização do aeroporto,
item de infraestrutura essencial para garantir acesso eficiente e de baixo
custo ao Centro de Lançamento de Alcântara.
O Texto para Discussão pode ser acessado na integra pelo link: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_2423.pdf
Para saber mais sobre o Centro de Lançamento de
Alcântara, o mercado de satélites e as perspectivas para o uso comercial do
Centro, conheça aqui o
Relatório Técnico divulgado pela Agência Espacial.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
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