Foguete de Carga da NASA Explode Segundos Após Lançamento

Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada dia (28/10) no site “G1” do globo.com destacando que foguete de Carga da NASA explode segundos após lançamento.

Duda Falcão

CIÊNCIA E SAÚDE

Foguete de Carga da NASA Explode
Segundos Após Lançamento

Foguete Antares foi lançado da Instalação de Voo Wallops, na Virgínia.
Veículo levaria suprimentos para a Estação Espacial Internacional

Do G1, em São Paulo
28/10/2014 - 20h32
Atualizado em 29/10/2014 - 01h38

(Foto: AP Photo/NASA TV)
Imagem tirada de vídeo da TV NASA mostra foguete Antares
explodindo logo após lançamento na Instalação de Voo Wallops,
em Virgínia, nesta terça-feira

O foguete Antares, da empresa Orbital Sciences, contratada pela NASA para levar suprimentos para a Estação Espacial Internacional (ISS), explodiu nesta terça-feira (28), segundos após seu lançamento. O veículo não era tripulado. De acordo com a NASA, não houve feridos.

O lançamento ocorreu a partir da Instalação de Voo Wallops, da NASA, que fica no estado da Virgínia. O foguete Antares estava levando a nave de carga Cygnus, que entregaria suprimentos para a Estação Espacial Internacional (ISS).

A causa do acidente ainda não é conhecida até o momento, de acordo com Dan Huot, da NASA. Ele confirmou que não há registros de funcionários na área da explosão.

(Foto: AP Photo/NASA/Joel Kowsky)
Fotografia mostra foguete Antares, dias antes de seu lançamento.

O foguete, que tinha a altura de um prédio de 14 andares, foi construído e lançado pela empresa Orbital Sciences e estava previsto para ser lançado às 20h22 (horário de Brasília). Ele explodiu segundos após o lançamento. "Houve muito trabalho duro até chegarmos a esse ponto", disse o vice-presidente da Orbital Sciences, Frank Cullbertson, antes do lançamento.

A Orbital Sciences afirmou que houve uma "anomalia" no veículo e que está avaliando a situação.  A empresa é uma das duas companhias contratadas pela NASA para enviar carga para a ISS depois que os ônibus espaciais da agência foram desativados. O voo planejado para esta terça-feira seria o terceiro de um total de oito voos que a companhia faria para a NASA, por um contrato de US$ 1,9 bilhão.


Equipado com um motor mais potente, o foguete Antares lançado nesta terça-feira levava a nave Cygnus, carregada com 2.293 quilos de suprimentos, experimentos científicos e equipamentos, um aumento de 15% sobre a carga levada em missões anteriores.

O lançamento tinha sido adiado por um dia, depois de um navio cruzar uma zona restrita de segurança sob a trajetória do foguete.

A segunda empresa contratada pela NASA é a Space Exploration Technologies, ou SpaceX, que se prepara atualmente para seu quarto voo de um contrato de US$ 1,6 bilhão com a agência espacial americana.

(Foto: Reprodução/ TV NASA)
Imagem da TV NASA mostra chamas em local da explosão
do foguete Antares nesta terça-feira (28).


Fonte: Site “G1” do globo.com – 28/10/2014

Comentário: Pois é leitor, veja você que mesmo em países onde o programa espacial é conduzido com seriedade e comprometimento acidentes ocorrem, e servem de alerta para o Brasil. Depois não adiante chorar o leite derramado e nem essa Ogra aparecer na mídia com lágrimas de crocodilo dizendo que não sabia ou coisa parecida. A comunidade espacial há anos vem avisando do risco desse trambolho tóxico ucraniano e de existirem soluções mais ecologicamente corretas, mas enfim... vamos para frente. Vale dizer que recebi uma informação que deve ser checada a sua veracidade, apesar de acreditamos em nossa fonte. Segundo esta fonte o motores suspeitos por este acidente são derivados de motores fabricados pela mesma empresa ucraniana responsável pela produção do motores do Cyclone-4. Enfim, se alguém tiver alguma informação complementar sobre isto que poste um comentário. Aproveitamos para agradecer aos leitores Oswaldo e Rodolfo pelo envio desta notícia.

Comentários

  1. " Na oportunidade, queria perguntar ao mestre DUDA: Na NASA, exite algum procedimento de emergência , no intuito de suprir este objetivo que foi eventualmente trágico? tipo um outro lançamento imediato com a SPACE X"."

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Cássio!

      Não tenho esta informação, mas creio que a NASA tenha alguma alternativa em vista, sendo talvez a SpaceX uma possibilidade. Outra coisa amigo, não sou mestre de nada, nem mesmo na a´rea que entendo um pouco melhor.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

      Excluir
    2. Olá Carlos

      Pelo que eu li sobre este acidente, a carga do Antares não era tão essencial para funcionamento da ISS, tirando um tanque de nitrogênio liquido que seria usado em um equipamento da estação, mas tinha muitos equipamentos que seriam usados para pesquisas, segunda as informações, a NASA já tem planejado protocolos para caso aconteça este tipo de acidente, a ISS consegue ficar de 4-6 meses sem receber suplementos.
      A SpaceX tem contrato para suprir a ISS com a capsula Dragon, tem lançamento marcado para próximo 9 de dezembro.

      Lembrando que a capsula Dragon consegue voltar par terra e trazer equipamentos e outro itens e já estão desenvolvendo uma versão tripulada dela.
      Já Cygnus lançada pelo Antares se desintegra quando entra na atmosfera.

      Abraços

      Excluir
    3. Caro amigo André C. Castro, agradeço a atenção disponibilizada para o grupo CEFAB, fornecendo uma resposta ao pé da letra. No mais um bom fim de semana, para seus familiares! "

      Excluir
  2. Em pesquisa na internet podemos ver que as mesmas empresas contratadas para o desenvolvimento do Cyclone 4 estão produzindo equipamentos para o primeiro estágio desse foguete.

    ResponderExcluir
  3. Segundo a Enciclopédia Astronautica a empresa fornecedora dos motores NK-33, que deram origem aos AJ26-62 do foguete Antares, é a Kuznetsov Design Bureau, da Russia.

    E a empresa forncedora dos motores RD-261 e RD-262 que equiparão o Cyclone 4, é a Glushko Design Bureau, também da Rússia.

    Portanto, trata-se de empresas diferentes e motores totalmente diferentes.

    ResponderExcluir
  4. Rodrigo, reportagem que vi tempos atrás, não era assim como você fala, mas que duas empresas ucranianas seriam contratadas para construir o primeiro estágio do Antares, logo o estágio que falhou, poderia pesquisar mais e nós informar?

    ResponderExcluir
  5. Bom, sobre os motores, sem dúvida eles são completamente diferentes: o que hoje equipa o foguete Antares, é uma versão modificada do NK-33 (que equipava o lançador N1 - vários deles), portanto, esse AJ26-62, é um conjunto com duas câmaras de combustão. É um motor projetado para a combinação de combustível tradicional dos projetos de Sergei Korolev, LOX / RP-1.

    Já o do foguete Cyclone, foi projetado pelo escritório do Valentin Glushko, com finalidade especificamente militar, e portanto usando a combinação de combustível mais fácil de lidar à temperatura ambiente, porém extremamente tóxica, N2O4 / UDMH.

    Agora, quanto à questão de onde e quando eles foram produzidos, temos que lembrar um pouco da história...

    Originalmente, era tudo União Soviética. e assim como motores de avião e outros itens, esses motores foram produzidos em massa e armazenados.

    De acordo com o que saiu na imprensa durante a recente guerra civil na Ucrânia patrocinada pelo ditador populista Putin, parece que algumas fábricas de itens importantes, incluindo aí motores à jato para os caças russos eram produzidos na parte da Ucrânia que o Putin "patrocinou" a "independência". Pode ser que a produção desse motores também tivesse sido transferida para a Ucrânia, ainda durante o período da União Soviética.

    Mas o fato é que não há necessidade de uma linha de produção ativa desses motores. Eles podem ter sido todos produzidos na década de 60 e estando armazenados adequadamente, passam por um processo de revisão e estão prontos para uso. Imagina: se você tem em estoque 100 de cada um desses motores, quantos lançamentos podem ser feitos sem que seja produzido nenhum motor novo.

    Ilude-se quem pensa que existe um linha de produção ativa para todos esses motores. As únicas exceções, prováveis são o RD-117, o RD-118 e o RD-0124, que equipam o atual foguete Soyuz, e vem sofrendo evoluções desde a sua estreia quando foi usado no foguete que lançou o Sputnik, quando eram conhecidos como RD-107 e RD-108.

    Abs.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. " Mais uma vez tiro meu chapéu ao colaborador do blog, amigo inusitado Sro. Marcos Ricardo , pelos inúmeros conhecimentos postados. Realmente tirou as minhas dúvidas quanto as procedências destes motores".

      Excluir
  6. Uma outra questão fundamental no contexto, foi a consequente situação para a SpaceX.

    Para azar da Orbital, além da perda do foguete e da carga, perdeu o mais importante: a base de lançamento e arredores também foi destruída. Isso significa que no momento, e por um bom tempo, a SpaceX tem o monopólio (que é o que a NASA quis evitar) dos lançamento em direção à ISS efetuados por empresa americanas.

    O Elon Musk deve estar sorrindo de orelha à orelha...

    ResponderExcluir
  7. Eu pensei que tivesse sido pior, mas segundo as fotos da NASA, a destruição em Wallops não foi tão grande assim...

    ResponderExcluir
  8. Se a SpaceX é uma empresa privada, por que não fazemos contratos com eles?

    ResponderExcluir
  9. Como estão questionando, aqui vai...

    A SpaceX, é uma empresa privada que atua no mercado de lançamento de cargas espaciais. O seu principal cliente hoje é a NASA, mas não é exclusivo.

    Como o foguete Falcon 9 tem "folga" de carga útil, nesses lançamentos para abastecer a ISS, sempre tem espaço para cargas adicionais, e até onde eu sei, esse espaço tem sido usado regularmente.

    Quanto ao motivo de não utilizarem esse fornecedor, é questão de quem conduz o projeto aqui. Eu suponho que quando um dos nossos CubeSats por exemplo é planejado, o pessoal que gerencia o projeto, vai ao mercado de lançadores e procura as condições mais favoráveis. Se não optaram pela SpaceX até aqui, deve ser porque encontraram melhores condições com outros fornecedores.

    Quanto ao CBERS, mesmo que não tivéssemos o acordo com a China, provavelmente, para essa categoria de satélite os lançadores chineses continuariam sendo a opção mais barata entre os que estão no mercado.

    Mercado esse que hoje é bem restrito: as opções são os Americanos, os Europeus ocidentais, os Russos, os Indianos e os Chineses.

    Claro que a essa altura, ao menos para lançar esses pequenos satélites, já deveríamos estar fazendo isso com nossos próprios lançadores. Mas como todos já sabem, isso nunca foi prioridade dos nossos "governos" civis.

    Mas só para dar o tom da importância e do efeito da entrada da SpaceX nesse mercado, vejam essa notícia do final do ano passado:

    SpaceX Competition Has Arianespace Looking at New Pricing.

    Até a Arianespace teve que rever seus preços, isso significa dizer em tese que os preços da SpaceX eram melhores que os da Arianespace naquela época. Mas como dizem, "a fila anda". Esse é um mercado muito dinâmico. A cada lançamento pretendido, o melhor é fazer um novo levantamento de preços e condições gerais, lembrando que em certas áreas, nem sempre o menor preço é a melhor opção, mas lembrando também, que tudo que for feito via instituições públicas por aqui, vai estar sujeito ao regime de licitações, o que implica dizer que vai ser pelo menor preço mesmo.

    ResponderExcluir

Postar um comentário