A Partir de 2015, Imagens de Radar Orbital Reforçará Combate ao Desmatamento na Região Amazônica
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (13/10) no site do
Ministério da Defesa (MD) destacando que a partir de 2015, imagens de Radar Orbital reforçará
combate ao desmatamento na Região Amazônica.
Duda Falcão
A Partir de 2015, Imagens de Radar
Orbital Reforçará Combate ao
Desmatamento na Região Amazônica
Assessoria de
Comunicação
Ministério da
Defesa
61 3312-4071
Brasília,
13/10/2014 - A
partir do ano que vem, o trabalho de detecção de desmatamento na região
Amazônica contará com um importante reforço: o uso de imagens feitas pelo radar
de abertura sintética orbital. O sensor radar, acoplado a um satélite, é capaz
de realizar um monitoramento mais rápido e preciso porque funciona com
tecnologia ativa de micro-ondas, consegue enviar as informações de forma
precisa durante o dia, a noite e também em condições climáticas adversas.
Foto: Jorge
Cardoso
As
imagens do radar orbital serão utilizadas principalmente no período de alta
densidade de nuvens na Amazônia, entre os meses de outubro e março - quando a
observação por imagens ópticas fica prejudicada.
“Essa
tecnologia independe do estado do clima. Mesmo com fortes chuvas e alta
densidade de nuvens, o radar orbital consegue enxergar qualquer fenômeno que
ocorra no território”, explicou o diretor de produtos do Centro Gestor e
Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), Péricles Cardim,
durante debate promovido pela Chefia de Operações Conjuntas (CHOC) do
Ministério da Defesa na semana passada.
O
projeto que viabilizará o uso de radar orbital é uma parceria entre o CENSIPAM,
o Ibama(Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) e o INPE (Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais), no âmbito do Gabinete Permanente de Gestão Integrada para
Proteção do Meio Ambiente(GGI). Para isso, será contratada a telemetria de
radar orbital a fornecedores internacionais, o que incluirá a instalação uma
antena de recepção multisatelital para recebimento direto das imagens. O
projeto terá um investimento inicial de aproximadamente R$ 71 milhões, que será
feito no período de 2015 e 2018. Deste valor, 70% será financiado pelo BNDES,
com recursos da conta do Fundo da Amazônia, gerenciada pelo Ministério do Meio
Ambiente (MMA).
Antes
de o equipamento começar a ser utilizado, o CENSIPAM complementará as
informações geradas pelo INPE realizando sobrevoos, feitos com a aeronave R-99
da FAB, em áreas criticas durante o período de chuvas e alta cobertura de
nuvens deste ano.
“Em
complementação ao trabalho já realizado pela Detecção do Desmatamento em Tempo
Real (DETER) do INPE, vamos produzir informações desse período de alta densidade
de nuvens”, explica o diretor-geral do CENSIPAM, Rogério Guedes.
As
imagens geradas com o uso dessas aeronaves (plataforma embarcada) serão
processadas e analisadas de forma integrada. Depois, na segunda etapa do
projeto, em 2015, começa o monitoramento por satélite comercial, com o radar de
abertura sistemática.
“Isso
é a evolução natural de uma discussão integrada de combate ao desmatamento. A
gente faz um diagnostico conjunto, vai apontando aonde precisa melhorar, e essa
é uma solução de melhoria a um trabalho que já vem sendo feito de forma muito
bem sucedida que é o combate ao desmatamento no Brasil”, conclui o diretor do CENSIPAM.
Fonte: Site do Ministério da Defesa (MD)
Comentário: Quanto à necessidade do Brasil ter a sua disposição um satélite radar com este, ela é tão inquestionável quanto conhecida há quase duas décadas. Entretanto a inércia e a falta de compromisso de diversos governos populistas para com o Programa Espacial do país, desde Fernando Collor de Mello, nos obriga hoje estarmos dependente de uma solução estrangeira para atendermos as nossas necessidades nesta área. Outra coisa que eu chamo atenção de nosso leitor nesta iniciativa é que a mesma envolve o CENSIPAM (órgão ligado ao Ministério da Defesa através do COMAER), o IBAMA (órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente) e o INPE (órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), mas não envolve o órgão que em tese deveria coordenar as atividades espaciais do país, ou seja, a nossa Agência Espacial de Brinquedo (AEB), órgão este que curiosamente é também ligado ao MCTI e que continua tão insignificante quanto a gestão do seu atual gestor. Não obstante a tudo isto, apesar de atrasada a iniciativa dos órgãos envolvidos é bastante louvável e esperamos que durante a execução deste projeto o mesmo não fique restrito a compra de tecnologia estrangeira e envolva também a busca da capacitação tecnológica do país nesta área.
Comentário: Quanto à necessidade do Brasil ter a sua disposição um satélite radar com este, ela é tão inquestionável quanto conhecida há quase duas décadas. Entretanto a inércia e a falta de compromisso de diversos governos populistas para com o Programa Espacial do país, desde Fernando Collor de Mello, nos obriga hoje estarmos dependente de uma solução estrangeira para atendermos as nossas necessidades nesta área. Outra coisa que eu chamo atenção de nosso leitor nesta iniciativa é que a mesma envolve o CENSIPAM (órgão ligado ao Ministério da Defesa através do COMAER), o IBAMA (órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente) e o INPE (órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), mas não envolve o órgão que em tese deveria coordenar as atividades espaciais do país, ou seja, a nossa Agência Espacial de Brinquedo (AEB), órgão este que curiosamente é também ligado ao MCTI e que continua tão insignificante quanto a gestão do seu atual gestor. Não obstante a tudo isto, apesar de atrasada a iniciativa dos órgãos envolvidos é bastante louvável e esperamos que durante a execução deste projeto o mesmo não fique restrito a compra de tecnologia estrangeira e envolva também a busca da capacitação tecnológica do país nesta área.
Então, é como eu vivo dizendo. Esse é um problema do Ministério do meio ambiente, que em princípio não atua diretamente na esfera espacial, então precisa mesmo delegar a missão a um outro ministério.
ResponderExcluirPelo que foi divulgado, trata-se de um "satélite radar". Até onde eu sei, quem trata de satélites no Brasil é o INPE, então por dedução lógica, o pessoal do Ministério do Meio Ambiente deveria especificar o que precisa para o MCTI e passar a bola pra ele.
É claro que num país sério que tivesse um programa espacial que não fosse de brinquedo, quem deveria orquestrar todo o projeto, seria a sua agência espacial, se esta também não fosse de brinquedo. Mas como não é esse o caso, vamos deixar a AEB fora disso. Acho até melhor...
De qualquer forma, deveria ser algo bem simples, ou seja, o MCTI, através do INPE deveria ser incumbido de colocar pra funcionar o tal satélite, e fim de papo.
Mas não, claro que não. Assim seria muito fácil, afinal estamos no Brasil. Melhor fazer um monte de parcerias para que todos os egos sejam massageados, para que um monte de funcionários viagem pra lá e pra cá, e que um dia quem sabe por pura sorte e acaso, o Brasil venha a ter um serviço desse tipo, quem sabe até lá o Irã ou a Argentina já estejam aptos a nos fornecer tal produto não só fabricado por eles, como também lançado e colocado em órbita por seus próprios lançadores.
A realidade fica cada vez mais insuportável.
Mas pra quem está dentro, está tudo ótimo...
Eu entendo muito bem quando dizem que não existe programa espacial sem a presença do estado.
ResponderExcluirNo entanto, o problema é que existem estados e ESTADOS. E é possível SIM conduzir um programa espacial estatal com todas as necessárias características de segurança e confidencialidade baseado fortemente em empresas privadas incluindo aí projetos militares secretos, como os Estados Unidos fazem praticamente desde o início do seu programa espacial, e só melhorou depois da criação da NASA, isso apesar de por lá eles também criticarem a agência espacial deles por adotar sempre as soluções mais complexas e custosas.
Exemplo recente foi a contratação de soluções completas do tipo fornecido pela SpaceX, muito mais barato e eficiente que a proposta original da NASA.
Segue um artigo comparando a medicina fornecida pelo estado com a fornecida por empresas privadas. Serve bem ao propósito de demonstrar como a solução puramente estatal NUNCA, JAMAIS vai resolver o problema.
Uma análise ética, sócio-política e econômica da saúde socializada
Isso tudo só prova que enquanto não for feita uma reforma profunda na condução do nosso programa espacial, ele vai continuar sendo o que é hoje: um "Vice-Treco do Sub-Troço".