Obra de R$ 300 Milhões Vai Dobrar Vagas no ITA

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria publicada hoje (01/06) no site do jornal “O VALE” destacando que obra de R$ 300 milhões vai dobrar vagas no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

Duda Falcão

NOSSA REGIÃO

Obra de R$ 300 Milhões Vai Dobrar Vagas no ITA

Instituto ainda negocia acordo com o BNDES para
montar centro de inovação no Parque Tecnológico

Chico Pereira
São José dos Campos
June 1, 2013 - 06:42

Foto: Aaron Kawai
Fachada do ITA em S. José.

O ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), de São José dos Campos, planeja iniciar este ano a ampliação física da escola, uma das etapas do ambicioso projeto de expansão da instituição, que prevê também a criação de um Centro de Inovação.

O projeto de ampliação física da escola está orçado em R$ 300 milhões, que serão aplicados em cinco anos, segundo informou o reitor, Carlos Américo Pacheco. Com a ampliação, o ITA vai dobrar o número de vagas de 120 para 240.

“O projeto da obra já está pronto e devemos começar ainda este ano”, disse Pacheco a O VALE.
Na primeira fase, serão construídos uma vila residencial, que permitirá ampliar o alojamento dos alunos, ampliação de uma unidade da escola que terá mais salas de aula e laboratórios e uma nova biblioteca.

Professores - A instituição também recebeu autorização do governo federal para ampliar o quadro de professores em mais 150 vagas. Pacheco afirmou que o plano é preencher as vagas gradualmente.

“A nossa intenção é contratar novos docentes a partir de uma escolha criteriosa. Queremos selecionar os melhores do mercado e não temos pressa”, disse.

Considerado uma das principais instituições de ensino do Brasil, o ITA se prepara para ampliar suas fronteiras e competir com as melhores escolas internacionais.

“A nossa meta é ser uma das melhores escolas do mundo. Vamos trabalhar para isso”, frisou o reitor.

Iniciativas - Outra proposta do instituto é desenvolver projetos e parcerias com a iniciativa privada.

Este mês, a instituição deve firmar uma parceria com a ABIMAQ (Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos).

Dessa parceria vai surgir projetos na área de manufatura e cursos de pós-graduação profissionalizantes para atender as empresas associadas da entidade.

A criação de um Centro de Inovação é outra meta que o ITA planeja tirar do papel a partir de 2014.

O Centro de Inovação ficará sediado no campus da escola, mas terá uma unidade no Parque Tecnológico de São José.

“A unidade que será na escola vai estimular ações de empreendedorismo nos alunos. A do Parque Tecnológico será voltada para interação com empresas”, disse Pacheco.

O ITA negocia com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) parceria para a implantação do centro. Por enquanto, o reitor evita falar em valores.

“Como ainda estamos formatando o projeto, não divulgamos valores”, afirmou. O investimento não deve ser inferior a R$ 100 milhões.

SAIBA MAIS

Ampliação

ITA vai iniciar este ano a expansão física da escola

Investimento

O investimento é de R$ 300 milhões, que serão aplicados em cinco anos

Plano

Nessa etapa, serão construídos uma vila residencial, para alojamentos de alunos, salas de aula, laboratórios e uma nova biblioteca

Expansão

A meta é dobrar a oferta de vagas. A ampliação integra o projeto de expansão da instituição, que terá um Centro de Inovação


Fonte: Site do jornal “O VALE” - 01/06/2013

Comentários

  1. Ótima notícia.

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  2. Tenho minhas duvidas sobre até que ponto é interessante aumentar as vagas nos cursos de engenharia (não apenas no ITA) no Brasil.

    Como professor engenheiro e professor universitário, vivemos a triste realidade de que falta material humano qualificado para preencher vagas no ensino superior, seja ele de excelência como o ITA, seja ele de baixa qualidade como em centenas de UNISQUINAS espalhadas pelo Brasil.

    Nossos níveis de ensino fundamental e médio via de regra são um fiasco. A rede publica sucateada e as politicas de progressão continuada e de desestimulo à meritocracia formam alunos sem preparo ou disciplina alguma.

    Na rede privada também existe um auto engano que poucos percebem.

    A classe média paga para seus filhos ficarem longe da rede pública, mas não estão pagando por boa educação.

    Pagam por câmeras de vídeo, seguranças em volta da escola, ausência de gente vendendo drogas nas imediações, ausência de alunos problemas com suas facas e soco inglês (coisa que no inconsciente coletivo da classe A e B é a caricatura de uma escola pública).

    Se o aluno da rede pública é mal formado, o da rede privada é igualmente mau formado, mas tem o verniz de que fez aula de robótica com uns kits LEGO, que fez "inglês, francês e espanhol" e outros penduricalhos mais.

    Eu tenho a opinião (e sou minoria) de que escolas de excelência não devem aumentar o número de vagas, se o ITA tem 300 milhões para gastar, ótimo, que o faça para ter laboratórios ao nível do MIT.

    Se o individuo quiser estudar no ITA, que se rale mais ainda para passar no vestibular. Parte do sucesso de escolas como o ITA ou a Unicamp é o material humano que por meio de enorme esforço ingressou em seus quadros por processos meritocráticos, o dia que for mais fácil entrar, a qualidade abaixa.

    Engenheiro mal formado não tem valor. A Coréia do Sul, Índia, China, Japão estão a décadas aumentando a altura do sarrafo para engenheiros, porque só profissionais de primeiríssima linha conseguem atuar em áreas complexas como microeletrônica, espaço, aeronáutica, nuclear.

    A gente vai no caminho contrário, querendo só quantidade sem qualidade. E isto em engenharia é regresso.

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    Respostas
    1. "Nossos níveis de ensino fundamental e médio via de regra são um fiasco."

      Concordo. Graças ao Ministério da Educação, famigerado MEC, que tão irônico tem: "Educação" no nome. Educação está inerentemente atrelado para com princípios e moralidades, coisa que o MEC não é capaz de oferecer, seja voluntariamente ou não.

      "A rede publica sucateada e as politicas de progressão continuada e de desestimulo à meritocracia formam alunos sem preparo ou disciplina alguma."

      Isso constata que o estado (não vou grafar letra inicial com letra maiúscula) fracassa em fornecer Ensino público e, barganhar subvertendo no componente privado (também sob tutela do "MEC"). Se é uma lástima no Ensino, imagina em Educação, aonde é escapista da racionalidade, que surfando em ondas gramscianas e buscando aventuras românticas em Paulo Freire distorce o conhecimento que é corolário de Ensino.

      "A classe média paga para seus filhos ficarem longe da rede pública, mas não estão pagando por boa educação."

      Escola alguma, independente se for pública ou privada, deve delegar educação aos filhos de alheios. A não ser, claro, que haja consenso destes. Neste caso, eu cobraria mais, bem mais, se fosse professor ou dono da instituição. Pois, não estou somente fornecendo o ensino (infelizmente estes sob barganha legal do "MEC", referindo-me a ensino fundamental e médio), estou prestando o serviço de dar princípios e valores que entrarão consonantemente com intelectualidade e moralidade para o indivíduo atuar em legítima defesa na sociedade.

      "Eu tenho a opinião (e sou minoria) de que escolas de excelência não devem aumentar o número de vagas, se o ITA tem 300 milhões para gastar, ótimo, que o faça para ter laboratórios ao nível do MIT."

      Concordo intransigentemente.

      "A gente vai no caminho contrário, querendo só quantidade sem qualidade. E isto em engenharia é regresso."

      E mais, há uma frase de efeito muito em evidência na boca de uns, não de poucos, que soa "Educação de Qualidade". Bem, sobre Educação não vejo como "MEC" fornecer. Logo, já invalida o fetiche "de Qualidade". Assim, esse aforismo não só em conotações fonéticas oculta uma tremenda falácia que muitos continuam a distribuir em ritmos e toques de "Ctrl C" mais "Ctrl V".

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  3. Vi uma entrevistas sobre o ITA, e um militar falou que dos mais de 7000 inscritos cerca de 500 têm os requisitos para entrar. Se aumentar o número de vagas para 240 somente, 1 em cada 30 poderiam entrar (segundo os números de hoje)... eu acho que ainda continuará a ser selecionada a nata dos vestibulandos e não creio que mudará tanto a qualidade dos selecionados. E relativamente aos 300 milhões creio que não se devem destinar somente na ampliação do espaço, mas também na melhoria do instituto.

    Sobre as outras universidades, aí o problema já é outro visto que é um problema mais abrangente e muito poucas chegam aos calcanhares do ITA.

    Existem problemas sérios na educação académica brasileira, e o pior não é só o nível de qualidade das universidade mas também não conseguirem acolher todos os alunos saídos do ensino médio (e daí sobra estudantes para as universidades privadas, e mesmo assim com tudo somado estes só representam 15% dos que acabam o ensino médio). Raramente encontro no Brasil universidades municipais (em São Paulo me lembro de duas: a USP e a Unicamp - ou seja, que guardam o nome do municipio), visto que a maioria são Estaduais ou Federais, ou seja, não conseguem acolher eficientemente todos alunos dos vários municípios. E eu sei que colocar uma universidade até numa vila esquecida faz esse local se dinamizar economicamente (existem estudos comprovando isso). Logo a universidade é uma das molas impulsionadoras do desenvolvimento e da economia de um local.

    Mas não é só aí que está o problema, a estrutura dos cursos é péssima, as disciplinas pouco flexíveis, e nem se fala das condições de estudo. Em outros países é normal pessoas darem doações para universidades (boa parte das vezes se trata de ex-estudantes que acabaram o curso e se deram bem anos mais tarde - os Alumni). Por outro lado não creio que o sistema público, sendo totalmente grátis, seja sustentável. Deveriam privatizar as universidades públicas (claro que os cursos teriam uma taxa menos cara que as universidades privadas), e distribuir bolsas de estudo governamentais para deixar que as universidades gerissem a si mesmas, ao invés de dependerem constantemente do apoio Estadual ou Federal (o apoio Municipal é mais realista, mas mesmo assim limitado).

    Só que nem podem pensar em melhorar os resultados das academias quando ainda cerca de 38% dos que ingressam são analfabetos funcionais. Isso mostra que nem a seleção pelo ENEM tem sido um método eficaz de eliminar os "toscos" (visto que não mede o desempenho de todo o percurso e historial do ensino médio... passa quem pagou cursinho), e nem a educação por si mesma é satisfatória. Mas o problema é tão grave que só mesmo uma comissão de especialista que dedicaram a vida para melhorar o ensino é que poderão endireitar a educação, e não os políticos.

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