Olimp. Intern. de Astron. Termina com Medalhas para o Brasil
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada hoje (14/08) no site do
“Jornal da Ciência” da SPBC destacando que a “Olimpíada Internacional de Astronomia” terminou com Medalhas de Prata e
Bronze para o Brasil.
Duda Falcão
Notícias
Olimpíada Internacional
de Astronomia Termina
com Medalhas de
Prata e Bronze para o Brasil
Cerca de 160 estudantes
de 27 países passaram uma semana
no Rio de Janeiro
e em Vassouras disputando as provas.
Clarissa
Vasconcellos
Jornal da Ciência
14/08/2012
Mais de 30
menções honrosas, outras 30 medalhas de bronze, quase 30 de prata e cerca de 20
de ouro, além de prêmios especiais individuais e de equipe. Esse foi o saldo
geral da 6ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA, sigla em
inglês), que aconteceu no Rio de Janeiro e na cidade fluminense de Vassouras de
4 a 13 de agosto. Foi a primeira vez que a América Latina recebeu o evento e a
primeira vez que o Brasil hospedou uma olimpíada científica internacional.
O Brasil recebeu
duas medalhas de prata, para Pedro Rangel Caetano e Ivan Antunes Filho; e uma
de bronze, para Breno Levi Corrêa, além de menções honrosas para Juliane Fraga,
Murilo Coelho, Mateus Rosado, Onias Silveira, Fabio Arai, Karoline Bürguer. Os
estudantes que representaram o País foram selecionados a partir da Olimpíada
Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), que é realizada desde 1998.
Sobre sua
experiência no IOAA, Ivan destaca a importância do intercâmbio cultural.
"No ano passado, ganhei um bronze; agora conquistei uma prata. Termino a
IOAA com a sensação de dever cumprido. Mas quero ressaltar uma coisa: aos olhos
das outras pessoas, parece que o mais importante da competição é ganhar
medalha. Mas, na prática, o que é mais valioso é a troca de cultura, o quanto
aprendemos com os amigos que fizemos e os contatos que vamos manter daqui para
frente, essenciais para o nosso futuro profissional", explica Ivan.
O mineiro Breno
Leví Corrêa, por sua vez, estreou na competição, ganhando uma medalha de
bronze. Único representante de Minas Gerais, Breno destacou a possibilidade de
servir de exemplo em seu estado: "Eu não imaginava que ganharia uma
medalha porque não achei que fiz tudo o que poderia nas provas. Foi uma
surpresa e tanto, fiquei realmente muito feliz. Quem sabe eu possa ajudar a
disseminar a IOAA em Minas e incentivar outros jovens", questiona.
Entre as duas
dezenas de vencedores de medalhas de ouro, destacaram-se três estudantes que
obtiveram as melhores notas: os tchecos Jakub Vosmera (3º lugar) e Stanislav
Fort (2º lugar) e o lituano Montiejus Valiunas, que, além do primeiro lugar
entre as medalhas de ouro, venceu na categoria melhor análise de dados e na de
Campeão Absoluto. A China ganhou o prêmio de melhor equipe e também se destacou
ao levar três medalhas de ouro e duas de prata, quase empatando em resultados
com a Índia, que teve três de ouro, uma de prata e uma de bronze.
"Hoje nosso
trabalho atinge seu ponto mais alto, o auge. E o resultado é um sucesso. Vocês
se divertiram, alguns ficaram com saudades de casa, outros ficaram doentes com
o frio, mas todos levarão lindas lembranças", relembra Chatief Kunjaya,
presidente da IOAA, direcionando seu discurso aos estudantes.
Modalidades
- 160 jovens alunos do
ensino médio de 27 países competiram em três modalidades de prova:
observacional, na qual demonstram seus conhecimentos sobre o céu; teórica, na
qual resolvem problemas de astronomia e astrofísica; e prova prática, em que
utilizam e interpretam dados como um astrônomo profissional.
A abertura e o
encerramento aconteceram no Rio de Janeiro, mas as provas foram disputadas na
cidade fluminense de Vassouras, interior do estado. O encerramento se deu ontem
(13) à noite, no Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast). "O Brasil
está orgulhoso de receber a IOAA. É o primeiro evento global dessa natureza
realizado aqui e acontece quando estamos vivendo um momento frutífero na
Ciência e Tecnologia", ressalta Glaucius Oliva, presidente do Conselho
Nacional de Ciência e Tecnologia (CNPq), representando o ministro de C,T&I,
Marco Antonio Raupp na solenidade.
Thais
Mothé-Diniz, chefe do Comitê Organizador local, fez um agradecimento especial
aos guias que "tomaram conta" dos estudantes, "trabalhando como mães
e pais deles", além dos líderes de equipe e colaboradores. A diretora do
Mast, Maria Margaret Lopes, parabenizou os estudantes "pelo trabalho
maravilhoso" e lembrou que o evento deixará um "legado para
Vassouras", já que os equipamentos utilizados serão doados para escolas
públicas da região.
Futuro
- "Não podemos
perder a oportunidade de investir nos estudantes, que são nosso futuro na área.
A IOAA foi uma grande realização para nós", recorda Oliva, lembrando
também que o Rio de Janeiro receberá os Jogos Olímpicos de 2016 e que o governo
pretende organizar uma Olimpíada do Conhecimento para o mesmo ano.
O presidente do
CNPq foi uma das autoridades a entregar as medalhas e menções aos vencedores,
junto a Luiz Edmundo da Costa Leite, secretário de C&T do estado do Rio de
Janeiro; Ildeu de Castro Moreira, diretor do Departamento de Popularização e
Difusão de C&T do MCTI; Sérgio Fontes, diretor do Observatório Nacional;
Luiz Davidovich, diretor da Academia Brasileira de Ciências; e Diógenes de Almeida
Campos, diretor do Museu de Ciências da Terra, entre outros.
"É o fim
desta olimpíada, mas também é o começo de uma nova etapa, a de preparação para
a de Olimpíada de Volos, na Grécia", lembra Kunjaya, anunciando a 7ª
edição da IOAA em 2013. Durante a cerimônia de encerramento, foi realizada a
passagem de bandeira à Grécia, que levou uma medalha de prata, duas de bronze e
duas menções honrosas.
Participaram da
Olimpíada no Brasil: Bangladesh, Bielorrússia, Bolívia, Brasil, Bulgária,
China, Colômbia, Croácia, República Tcheca, Emirados Árabes, Grécia, Hungria,
Índia, Indonésia, Irã, Coreia, Cazaquistão, Lituânia, Polônia, Portugal,
Romênia, Sérvia, Singapura, Eslováquia, Sri Lanka, Tailândia, Ucrânia.
Fonte: Site do Jornal da Ciência de 14/08/2012
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