Micromotor Espacial Tem Tamanho de um Cubo de Açúcar
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante nota postada ontem (27/08)
no site “Inovação Tecnológica” destacando que Micromotor Espacial do tamanho de
um Cubo de Açúcar está sendo desenvolvido no Massachusetts
Institute of Technology (MIT).
Duda Falcão
Espaço
Micromotor Espacial Tem Tamanho
de um Cubo de Açúcar
Redação do Site Inovação Tecnológica
27/08/2012
Imagem: M. Scott Brauer/MIT
O micromotor iônico (no detalhe) e suas partes constituintes. |
Satélites em Miniatura
Há algum tempo os picossatélites - também conhecidos como
cubesats - deixaram de ser unicamente equipamentos para uso de estudantes.
A miniaturização dos equipamentos científicos está
permitindo que experimentos de ponta sejam acondicionados nesses minúsculos
satélites artificiais.
Com dimensões por volta dos 10 centímetros de
aresta, e daí para baixo, seu lançamento pode ser feito a um custo muito baixo.
E, agora, eles poderão ficar ainda menores e
mais versáteis, graças aos micromotores iônicos desenvolvidos por Paulo Lozano
e Dan Courtney, do MIT.
Micromotor
Iônico
Em vez dos
tanques de combustível, canos, válvulas e câmaras de combustão dos propulsores
tradicionais, o micromotor foguete se parece mais com um circuito integrado de
computador, com uma superfície permeada por 500 furos microscópicos.
No interior do
pequeno dispositivo fica o depósito de combustível, que os cientistas chamam de
"plasma líquido" - íons flutuando livremente.
Quando recebe
a energia de uma bateria, o pequeno motor dispara esses íons em minúsculos
feixes, que saem em alta velocidade em cada um dos seus "poros",
produzindo o empuxo.
Imagem: M. Scott Brauer/MIT
Picossatélite em levitação magnética, no interior de uma câmara de vácuo, para teste dos micromotores iônicos. |
Mesmo somando
os 500 furos, o jato de íons emitido é muito menos intenso do que, por exemplo,
aquele emitido pelo motor iônico que levou a sonda
Dawn até o asteroide Vesta, ou mesmo do que o motor suíço que irá à Lua com
0,1 litro de combustível.
Mas é mais do
que o suficiente para permitir a navegação dos picossatélites, e até dos
nanossatélites, que são ligeiramente maiores, mais ou menos do tamanho de uma
caixa de sapatos.
Picociência
Espacial
Cada
micromotor iônico produz 50 micronewtons de força.
"Eles são
tão pequenos que você pode colocar vários deles em um veículo," disse
Lozano, acrescentando que isto permitirá "não somente mudá-lo de órbita,
como fazer outras coisas interessantes, como virar e girar."
Atualmente já
existem mais de 20 cubesats em órbita, alguns do tamanho de um cubo mágico,
fazendo ciência de verdade.
Recentemente,
a NASA adotou o projeto de um picossatélite idealizado por um grupo de
estudantes, que agora será mandado ao espaço para tentar esclarecer o mistério dos raios
gama terrestres.
Uma
universidade britânica, por sua vez, pretende usar a tecnologia dos videogames
para fazer com que os cubesats possam se reunir no espaço:
Fonte: Site Inovação Tecnológica
Comentário: Temos que fazer duas observações com relação
a essa matéria. A primeira é clara demonstração de como a tecnologia desses
diminutos satélites vem se desenvolvendo a cada dia que passa mundo afora, e a
segunda é que com o surgimento desse novo mercado a existência de veículos
lançadores que atendam 'adequadamente' essa demanda se torna cada vez mais
necessária. Várias empresas privadas através do mundo, principalmente nos EUA,
já visualizam esse novo mercado que começa a se tornar uma realidade. No Brasil
temos a iniciativa do IAE em parceria com o DLR alemão que visa o desenvolvimento
do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1). No entanto, em nossa opinião,
esse veículo não seria exatamente a 'resposta adequada' para atender a demanda de femtos,
picos e nanossatélites que deverão surgir nos próximos anos, tanto no Brasil
quanto no mundo, já que esse veículo está mais direcionado para microssatélites
(20 a 100kg) e minissatélites de até 150kg. Entretanto, algumas empresas
privadas brasileiras já desenvolvem projetos que poderiam perfeitamente atender
adequadamente essa demanda crescente de novos satélites diminutos, mas que
precisam do apoio financeiro governamental para que esses projetos saiam do
papel. São elas a “Edge Of Space”, a “Acrux Aerospace Technologies” (projeto do
Veículo Montenegro) e outra surgida recentemente, mas que ainda não temos a
autorização para divulgar. Infelizmente a visão do atual governo se afasta cada
vez mais da possibilidade de um dia termos um programa espacial inovador e eficiente
que apresente resultados realmente significativos à sociedade brasileira sem os
tais suovenires indesejáveis prometidos pela mal engenhada empresa bi-nacional ACS.
O mundo avança a passos largos em diversas áreas no setor espacial (mesmo com o
problema econômico), e o governo brasileiro continua se recursando
sistematicamente a reconhecer definitivamente a grande importância desse setor
para o futuro do país e isso trará graves consequências no futuro. Lamentável!
Vale lembrar também que com relação ao projeto do micromotor citado acima,
talvez o Brasil possa colher alguns frutos indiretos, já que o ITA assinou recentemente
um amplo acordo com o MIT. Vamos aguardar.
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