Missão Trará Dados Sobre Fenômeno Que Afeta Satélites
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (23/08) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que missão trará
dados sobre fenômeno que afeta satélites.
Duda Falcão
Missão Trará Dados Sobre Fenômeno
Que Afeta Satélites
Quinta-feira, 23 de Agosto de 2012
Os dados obtidos por sondas que serão lançadas nesta
sexta-feira (24/8) pela NASA devem aperfeiçoar os estudos sobre a Anomalia
Magnética do Atlântico Sul (AMAS), fenômeno da ionosfera localizado acima da
região Sudeste capaz de provocar danos a satélites.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mantém
parceria com a agência espacial americana em estudos de clima espacial e, a
partir de novembro, será responsável pela aquisição de dados da missão Radiation Belt Storm Probes
(RBSP), composta pelas duas sondas que irão monitorar o Cinturão de Van Allen,
assim chamado em homenagem ao cientista que descobriu na década de 1950 esse
campo magnético ao redor do planeta.
Para estudar as ondas eletromagnéticas e o cinturão de
radiação, composto por duas faixas – uma localizada entre 2200 e 5000
quilômetros e outra, entre 13000 e 55000 quilômetros da superfície da Terra –
as duas sondas da missão RBSP serão posicionadas em órbita equatorial em faixa
entre 500 quilômetros a até quase 40 mil quilômetros de altura. Após o período
de calibração dos sensores, os dados começarão a ser transmitidos regularmente
às estações terrestres, entre elas a do INPE, situada em Alcântara (MA).
Durante pelo menos dois anos, cientistas do mundo inteiro
terão acesso às informações que permitirão, pela primeira vez, um monitoramento
mais completo da AMAS e do fenômeno de precipitação de partículas elétricas que
atinge a região.
“Estas sondas possuem sensores e instrumentos muito
avançados. A missão permitirá a aquisição de informações mais precisas para
monitorar o efeito das partículas elétricas do Cinturão de Van Allen na região
da anomalia. Para ter ideia das consequências do fenômeno, o satélite que passa
nessa região precisa ter alguns equipamentos desligados para evitar problemas
no seu funcionamento”, explica Walter D. González, pesquisador da Divisão de
Geofísica Espacial do INPE.
Em setembro, o INPE receberá o líder da missão RBSP,
David Sibeck, para discutir resultados de estudos sobre clima espacial e os
impactos da AMAS e sua relação com as tempestades geomagnéticas, causadas pela
emissão de partículas muito energéticas e campos magnéticos muito intensos
emitidos pelo Sol que atravessam o meio interplanetário e interagem com o campo
geomagnético da Terra.
Informações sobre a missão Radiation
Belt Storm Probes no site www.nasa.gov/rbsp
Clima Espacial
O INPE mantém o Programa de Estudo e Monitoramento
Brasileiro do Clima Espacial (EMBRACE) para avaliar fenômenos que afetam o meio
entre o Sol e a Terra, bem como o espaço em torno da Terra.
Fenômenos solares são capazes de causar interferências em
sistemas como o GPS, além da possibilidade de induzir correntes elétricas em
transformadores de linhas de transmissão de energia e afetar a proteção de
dutos para transporte de óleo e gás. Esses fenômenos são particularmente mais
intensos no ambiente espacial brasileiro, devido à grande extensão territorial
do país, distribuída ao norte e ao sul do equador geomagnético, à declinação
geomagnética máxima e à presença da Anomalia Magnética do Atlântico Sul.
O Instituto oferece informação em tempo real, na
internet, e realiza previsões sobre o sistema Sol-Terra para diagnósticos de
seus efeitos sobre diferentes sistemas tecnológicos, em áreas como navegação e
posicionamento por satélite (aeronaves, embarcações, plataformas petrolíferas,
agricultura de precisão), comunicação (satélites geoestacionários, aeronaves),
distribuição de energia (linhas de transmissão, dutos de distribuição de gás
natural e petróleo), além dos sistemas de defesa nacional.
Por meio de estudos sobre os processos eletrodinâmicos da
ionosfera equatorial e de baixas latitudes, os pesquisadores do INPE monitoram
parâmetros físicos como características do Sol, do espaço interplanetário, da
magnetosfera, ionosfera e da mesosfera. As informações estão disponíveis na
página www.inpe.br/climaespacial
Fonte:
Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Olá Duda,
ResponderExcluirVeja só como são as coisas: o Brasil seria sem sombra de dúvidas o país que mais teria interesse em enviar missões para estudar a SAA. Porém, até hoje, essas missões nunca saíram do papel!
Enquanto isso, temos que depender das missões da NASA e de outros países para poder pelo menos estudar mais a fundo este fenômeno tão importante que afeta quase que exclusivamente o território brasileiro!
Bom, enquanto os americanos estiverem afim de liberar os dados, tudo bem. O problema é se resolverem cortar as fontes de dados a qualquer momento. Daí sim voltaríamos a ficar chupando o dedo.
Pois é Caro Anônimo!
ResponderExcluirMas esse infelizmente é o jeito brasileiro de fazer programa espacial, com poucos recursos e quase nenhum resultado. Pelo que parece teremos de aceitar essa situação até o dia que a sociedade brasileira como um todo acorde para a necessidade imperiosa de investir no PEB. Nesse dia, esses energúmenos de Brasília terão de se mexer, nem que seja na base do chicote. No entanto, por enquanto isso é pura utopia.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
tem outro fenômeno que impede satélites : '' dilma e energúmenos ''
ResponderExcluirOlá João Paulo!
ResponderExcluirRsrsrsrs, muito boa essa amigo.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)