UFABC Desenvolve ALR para Missão ASTER

Olá leitor!

A Universidade Federal do ABC (UFABC) está coordenando desde o ano passado o desenvolvimento de um altímetro a laser chamado "ALR" em parceria com outras instituições brasileiras para o projeto da "Missão ASTER", primeira missão brasileira de espaço profundo.

Vale lembrar leitor que até onde sabemos essa missão espacial inovadora infelizmente ainda não foi aprovada (pelo menos oficialmente) pela Agência Espacial Brasileira (AEB), apesar de a mesma constar na descrição do projeto que segue abaixo como a agência de fomento.

Duda Falcão

Projeto: Desenvolvimento do Altímetro Laser para a missão espacial russo-brasileira ao Asteróide 2001 SN263.

Resumo: O ALR - Altímetro Laser para a missão ao Asteróide 2001 SN263.

O PROJETO ASTER

Proposta: Construção de uma sonda espacial de pequeno porte cuja missão é explorar um asteróide triplo.

Objetivo Principal: Desenvolvimento e qualificação brasileira em tecnologias espaciais.

Oportunidade: Realização de pesquisas de excelência no campo científico.

O ALR contribuirá para a caracterização geodésica e geofísica do(s) asteróide(s) alvo e deverá também ser de crucial importância para a navegação da nave nas fases de aproximação (quando distância atingir aprox. 50 Km => ALR será inicializado) e de maior proximidade com o sistema asteroidal (decisão de ir para distância < 50Km), fornecendo informação precisa da distância da nave até o(s) asteróide(s).

OBJETIVOS CIENTÍFICOS DO ALR

• Um modelo da forma dos asteróides do sistema deverá ser obtido com precisão tão grande quanto possível (a definir) em termos de resolução espacial e em altura (topografia), com relação ao CM, nas regiões iluminadas e não iluminadas.
• A massa dos asteróides deverá ser determinada com a maior precisão possível (a definir).
• Os termos gravitacionais J1 e J2 deverão ser determinados com a maior precisão possível (a definir).

O que se espera como resultados da atividade do ALR (seus dados de saída serão utilizados para):

- Obtenção de perfis topográficos;
- Obtenção de um modelo global da forma dos asteróides;
- Auxílio no estudo dos parâmetros geodéticos dos asteróides (sistema de coordenadas, rotação, etc.)
- Auxílio na determinação da órbita e na modelagem dos dados gravitacionais;
- Auxílio nas manobras da nave;
- Medição da rugosidade da superfície e do albedo (na frequencia do laser).

Para atender aos objetivos tecnológicos da missão, o desenvolvimento deverá ser realizado no Brasil (todo ou partes) em parceira entre a academia, institutos de pesquisa e empresas do setor aeroespacial. A UFABC, por intermédio do CECS e do grupo de Engenharia Aeroespacial coordena o desenvolvimento do instrumento (prof. Dr. Antonio Gil V. de Brum).

CONCEITO

O instrumento medirá o tempo de ida e volta de um pulso laser que parte do instrumento, reflete na superfície do asteróide alvo e retorna ao instrumento. Um perfil topográfico do percurso percorrido pelo feixe sobre a superfície será produzido. Por interpolação, um modelo da forma global do asteróide será obtido. A partir de medidas da amplitude e da forma do pulso, a refletividade da superfície, bem como as suas inclinações e rugosidades (dentro da área iluminada pelo pulso laser = footprint) poderá ser modelada.

TIME ENVOLVIDO

Ciência:

Marcelo Assafin - Observatório do Valongo/UFRJ (coord de ciência/ALR);
Roberto Vieira Martins - Observatório Nacional;
Julio I B Camargo - Observatório Nacional;
Décio Mourão - FEG/UNESP;
Elysandra Figueiredo - IAG/USP;

Engenharia

(Aeroespacial/UFABC):

André Fenilli; Annibal Hetem Jr.;
Antonio Gil Brum (coord do desenvolvimento/engenharia/ALR);
Cayo Francisco;
Cicero Lima;
Fernando Madeira;
Israel Rego (estudo: lasers para o ALR);

(IFGW/UNICAMP):

Flávio C. Cruz (desenvolvimento do laser e detector)

ADICIONAL

INPE (eletrônica aeroespacial)
IEAv (qualificação para vôo)

Desenvolvimento do instrumento: 2010 (início) até 2015 (lançamento)

Agência de Fomento: Agência Espacial Brasileira (AEB)


Fonte: Site da Universidade Federal do ABC (UFABC)

Comentários

  1. De acordo com as palavras do prof. Dr. Antonio Gil Brum, o mais importante do que observar e ter dados deste asteróide triplo, é o Brasil desenvolver tecnologia espacial para tais finalidades. Mas aí o Brasil esbarra novamente num velho e conhecido problema: Um lançador !!
    possivelmente será um Russo, mas enquanto o PEB não for levado a sério nós teremos este problema. Mas mesmo assim parabéns a todos os pesquisadores da missão ASTER e que ela seja bem sucedida

    ResponderExcluir
  2. Olá Edgard!

    Considero a "Missão ARTER" atualmente o mais inovador projeto do PEB e tive a oportunidade de dizer isso pessoalmente ao pesquisador Othon Winter da UNESP (Coordenador-Geral do Projeto) ano passado em São José dos Campos, durante a realização do evento de entrega do documento "A Visão da AAB para o Programa Espacial Brasileiro". Como a missão lunar da equipe brasileira "SpaceMETA" no "Google Lunar X Prize", a Missão ASTER é de grande relevância para o Brasil devido as tecnologias que serão desenvolvidas no país para que ambas possam ser executadas. Entretanto a mesma precisa ser ainda aprovada oficialmente pela AEB para que possa sair do papel, enquanto a missão lunar da equipe “SpaceMETA” já é uma realidade. A falta de um foguete para atender nossas necessidades realmente é o grande desafio da comunidade científica que esbarra exclusivamente na falta de seriedade do governo brasileiro. Porém continuamos esperançosos que em breve esse grande problema possa ser resolvido pelo DCTA/IAE ou mesmo por alguma instituição privada, mesmo que seja ainda para área de nano e microsatélites.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

    ResponderExcluir
  3. O lançador russo custará "o olho da cara" ...

    ResponderExcluir
  4. Olá Anônimo!

    Não tenho essa informação.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

    ResponderExcluir

Postar um comentário