Pioneiro do PEB: Fernando de Mendonça Completou Ontem (02/12) 100 Anos de Idade
Prezados leitores e leitoras do BS!
Nesta segunda-feira, dia (02/12), as instituições governamentais de nosso “Patinho Feio” e toda a Comunidade Espacial do Brasil celebraram o centenário de Fernando de Mendonça, um dos pioneiros do sonho de transformar o Brasil em uma potência espacial — um objetivo que, embora ainda não concretizado, continua a inspirar gerações.
Nascido em Guaramiranga, no Ceará, em 1924, Fernando de Mendonça iniciou sua trajetória em 1943 ao ingressar na Força Aérea Brasileira (FAB), onde atuou como aviador, motivado pela busca incessante de novos horizontes e pela superação de limites.
Em 1954, iniciou seus estudos em Engenharia Eletrônica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), formando-se em 1958 com a mais alta distinção acadêmica, 𝘴𝘶𝘮𝘮𝘢 𝘤𝘶𝘮 𝘭𝘢𝘶𝘥𝘦, um feito inédito na história do instituto. No ano seguinte, recebeu uma bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para cursar doutorado em Radiociência na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, onde obteve o título de PhD.
Como representante do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) junto à NASA, Fernando de Mendonça foi fundamental na construção de parcerias estratégicas que impulsionaram o Programa Espacial Brasileiro e contribuíram para a fundação do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Ele também foi Diretor Científico do Grupo de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais (GOCNAE), considerado o embrião do INPE, onde desempenhou um papel crucial na atração de profissionais que ajudaram a dar forma ao nascente programa espacial nacional.
Em 1971, Fernando de Mendonça foi um dos principais responsáveis pela criação do INPE, assumindo a primeira Diretoria-Geral da instituição. Durante sua gestão, foi essencial para o treinamento de cientistas brasileiros em física espacial e para o avanço da tecnologia meteorológica e espacial no Brasil, deixando um legado que perdura até hoje.
Após deixar o INPE em 1977, assumiu o cargo de Diretor-Executivo da Comissão Nacional de Energia Nuclear, onde permaneceu até 1982. Em reconhecimento à sua contribuição, o auditório do Laboratório de Integração e Testes do INPE foi batizado com seu nome, perpetuando sua memória e legado.
Brazilian Space
Brazilian Space 15 anos
Espaço que inspira, informação que conecta!
Comentários
Postar um comentário