O Observatório Vera C. Rubin, Poderá a Partir de 2025, Mapear a Localização do Até Então Hipotético Planeta X
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Imagem: Getty Images
Na última terça-feira (08/12), o portal da Revista FORBES Brasil publicou uma interessante matéria destacando o Observatório Vera C. Rubin, localizado no Chile. O projeto, que conta com um telescópio avaliado em US$ 1,9 bilhão e será inaugurado em 2025, tem o potencial de mapear a localização do até então hipotético Planeta X, o que poderá marcar uma verdadeira revolução na astronomia.
Existe um planeta invisível – um “planeta X” ou “Planeta Nove” – no sistema solar externo? A resposta para essa pergunta está mais perto do que nunca de ser respondida. A possibilidade também é apoiada por cálculos de um novo estudo, mostrando que o hipotético planeta poderia ter uma massa 4,4 vezes maior que a da Terra e orbitar quase 10 vezes mais distante do que o planeta mais remoto do sistema solar, Netuno.
Aceito para publicação no The Astrophysical Journal, um periódico científico que publica artigos técnicos em astronomia e astrofísica, fundado em 1895, o artigo examina a posição de Objetos Transnetunianos (TNOs) no sistema solar, ou seja, qualquer corpo menor do Sistema solar que orbita o Sol e que têm órbita superior à de Netuno.
Os maiores TNOs conhecidos são Plutão, Éris, Haumea, Makemake, Gonggong, Quaoar, Sedna e Orcus, mas este estudo analisa outros ainda mais distantes.
Muito Além de Netuno
O estudo, que utiliza diversos testes estatísticos para definir a localização e as características previstas do planeta invisível, revela um agrupamento significativo nas propriedades orbitais de TNOs situados a cerca de seis vezes a distância de Netuno.
“Usando a maior amostra de TNOs distantes e estáveis até hoje, em uma série de testes estatísticos, encontramos um agrupamento significativo em um ângulo específico que descreve a orientação das órbitas”, diz Amir Siraj, autor principal e astrofísico da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos.
Órbita Mais Próxima
O modelo resultante para as características do Planeta X difere significativamente de estudos anteriores, especificamente o dos pesquisadores Mike Brown e Konstantin Batygin, ambos do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech). Em 2016, eles publicaram evidências de um planeta teórico com cerca de 1,5 vezes o tamanho da Terra, no sistema solar externo.
“Comparado com o ‘Planeta Nove’ de Batygin & Brown, nosso trabalho aponta que o Planeta X tem uma órbita mais próxima e mais elíptica (mais excêntrica), que está melhor alinhada com as órbitas dos planetas do sistema solar (menor inclinação) — além de ter uma massa menor”, afirmou Siraj. “No geral, nosso trabalho prevê características planetárias diferentes das de Batygin & Brown, com apenas 0,06% de concordância entre nossos modelos.”
Será Que Esse Planeta Existe?
A pergunta que fica é: O Planeta X existe? Se o novo estudo estiver correto, pode ser mais fácil do que se imaginava encontrá-lo. “Como resultado das características diferentes, nosso modelo para o Planeta X prevê uma maior probabilidade de o planeta ser descoberto pelo Observatório Vera C. Rubin”, disse Siraj.
O Observatório Vera C. Rubin é um observatório astronômico com um telescópio refletor de 8,4 metros capaz de mapear todo o céu visível e que está sendo construído no norte do Chile. O centro está previsto para entrar em operação em 2025.
A estação ainda possui uma câmera de 3.200 megapixels, a maior câmera astronômica do mundo, feita para o Legacy Survey of Space and Time, um projeto que quer mapear 40 bilhões de objetos celestes, desvendar mistérios cósmicos, como a energia e a matéria escura, e redefinir a astronomia de tempo-domínio com imagens em tempo real do universo dinâmico, até 2038.
Acoplada ao Telescópio de Pesquisa Simonyi, que custou US$ 1,9 bilhão (R$ 11,5 bilhões na cotação atual), o projeto ainda pretende descobrir galáxias, supernovas, asteroides potencialmente perigosos — e planetas invisíveis.
A ampla visão do campo do Rubin permitirá gerar alertas para eventos transitórios, como supernovas ou asteroides, em até 120 segundos, gerando 20 terabytes de dados todas as noites, criando, assim, o maior filme astronômico de todos os tempos.
“É projetado de forma belíssima e tem uma excelente chance de detectar o Planeta X – se ele realmente existir – enquanto ele pisca pelo céu noturno”, afirmou Siraj.
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