Telescópio Espacial James Webb Detecta Nova População de Pequenos Asteroides no Cinturão Principal

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Imagem: Space Daily
Noções Básicas de uma Busca Cega por Asteroides Usando Rastreamento Sintético. Uma média de 4.000 a 4.500 exposições do PID 3077, centradas na estrela ultra-fria TRAPPIST-1, revelam dois asteroides brilhantes conhecidos (2004 GH89 e 2016 UR72) cruzando o lado esquerdo do campo de visão (FoV). Sendo brilhantes, eles são detectáveis em exposições individuais, levando a um rastro na exposição empilhada.
 
No dia de ontem (23/12), o portal Space Daily noticiou que o Telescópio Espacial James Webb (JWST) ampliou seu papel na pesquisa do sistema solar, revelando uma população anteriormente indetectável de pequenos asteroides dentro do cinturão de asteroides principal, entre Marte e Júpiter.
 
De acordo com a nota do portal, uma equipe do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) usou as observações de Webb da estrela TRAPPIST-1 para identificar 138 novos asteroides, variando em tamanho de um ônibus a um estádio. Essas detecções, viabilizadas pelo reaproveitamento das capacidades de imagem infravermelha do Webb, oferecem novas perspectivas sobre a formação de asteroides e a evolução do cinturão principal ao longo do tempo.
 
"Essas descobertas aumentam nossa compreensão de como os pequenos objetos no cinturão de asteroides são formados e suas possíveis trajetórias", explicou Tom Greene, astrofísico do Centro de Pesquisa Ames da NASA e coautor do estudo. Ele observou que tais objetos provavelmente se originam de colisões entre asteroides maiores e podem se aproximar da Terra e do Sol.
 
A metodologia do estudo envolveu a análise de mais de 10.000 imagens da TRAPPIST-1, inicialmente capturadas para investigar atmosferas planetárias, em busca de rastros fracos de asteroides cruzando o campo de visão do Webb. Essa abordagem inovadora aproveitou o brilho dos asteroides na luz infravermelha, que o Webb está otimizado para detectar, permitindo que os pesquisadores descobrissem asteroides em faixas de tamanho anteriormente não observáveis com telescópios baseados na Terra.
 
"Este trabalho destaca a versatilidade das capacidades do Webb", disse Jessie Dotson, astrofísica do Ames e membro do Projeto de Avaliação de Ameaças de Asteroides (ATAP) da NASA. "Entender esses pequenos asteroides do cinturão principal fornece um contexto vital para o estudo de objetos próximos à Terra, que são cruciais para a defesa planetária."
 
As descobertas contribuem para os esforços contínuos no Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA, onde o ATAP modela os riscos e os impactos de possíveis colisões de asteroides com a Terra. Espera-se que esses insights aprimorem o planejamento e as estratégias de mitigação para a defesa planetária.
 
A NASA também planeja expandir o uso da tecnologia infravermelha na pesquisa de asteroides com a missão Near-Earth Object (NEO) Surveyor. Este próximo telescópio espacial se especializará na detecção de asteroides e cometas que possam representar uma ameaça à Terra.
 
A equipe de pesquisa, liderada por Artem Burdanov e Julien de Wit, do MIT, enfatizou a importância da capacidade do Webb de detectar objetos fracos, previamente não notados. Seu trabalho fornece uma base para estudos futuros sobre a dinâmica dos asteroides e suas implicações tanto para a ciência quanto para a segurança.
 
 
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