A Missão ESCAPADE da NASA Está Analisando Opções de Lançamento Para 2025 e 2026

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Crédito: Rocket Lab

As espaçonaves gêmeas ESCAPADE na fábrica da Rocket Lab antes do envio para a Flórida para o lançamento.

 

No dia de ontem (13/12), o portal SpaceNews informou que a Missão ESCAPADE de pequeno satélite da NASA para Marte, anteriormente planejada para ser lançada no voo inaugural do Foguete New Glenn da Blue Origin neste outono, agora está avaliando opções de lançamento para 2025 e 2026.

 

De acordo com a nota do portal, a Missão Escape and Plasma Acceleration and Dynamics Explorers, ou ESCAPADE, da NASA, estava programada para ser lançada em outubro no primeiro voo do New Glenn. As duas espaçonaves, construídas pela Rocket Lab, chegariam à órbita de Marte cerca de 11 meses depois, iniciando uma missão para estudar a interação do vento solar com a magnetosfera do planeta.

 

No entanto, a NASA anunciou em 6 de setembro que não prosseguiria com o lançamento, após concluir que o foguete provavelmente não estaria pronto para um lançamento dentro da janela de nove dias em meados de outubro. Esse foguete, que agora carrega uma carga útil de demonstração tecnológica para a Blue Origin, ainda não foi lançado, embora a empresa tenha dito em 9 de dezembro que ainda está trabalhando para realizar o lançamento antes do final do ano.

 

A NASA cancelou a tentativa de lançamento mais de um mês antes da abertura da janela de lançamento para evitar “desafios significativos de custo, cronograma e técnicos” ao descarregar propelentes de hidrazina e tetróxido de nitrogênio da espaçonave, caso o lançamento não ocorresse conforme o planejado. As equipes de lançamento ainda não haviam abastecido a espaçonave quando a agência decidiu adiar o lançamento.

 

Em uma palestra sobre a missão na reunião anual da American Geophysical Union em 11 de dezembro, Rob Lillis, investigador principal do ESCAPADE no Laboratório de Ciências Espaciais da Universidade da Califórnia em Berkeley, disse que a decisão de não tentar um lançamento em outubro foi tomada um dia antes de o abastecimento da espaçonave ser iniciado.

 

Na época em que a NASA anunciou que suspenderia os preparativos para o lançamento, ela informou que buscaria um lançamento não antes da primavera de 2025, mas não divulgou detalhes sobre a trajetória. Um lançamento nessa data ficaria fora das janelas usuais de lançamento para Marte, que estão disponíveis a cada dois anos, aproximadamente.

 

Lillis disse que a missão agora está avaliando oportunidades de lançamento em 2025 e 2026. "Agora, a chegada a Marte será em setembro de 2027", disse ele, dois anos depois do previsto inicialmente.

 

Essas novas oportunidades de lançamento envolvem trajetórias complexas em comparação com o voo direto para Marte disponível durante as janelas tradicionais de lançamento. Ele mostrou várias opções para oportunidades de lançamento no final de 2025 e início de 2026, que envolvem o que ele descreveu como uma "dança em forma de feijão" ao redor do ponto L-2 de Lagrange entre a Terra e o Sol, antes de realizar uma assistência gravitacional da Terra para seguir em direção a Marte.

 

Essas trajetórias alternativas oferecem algumas vantagens, permitindo observações do ambiente do clima espacial além do ponto L-2, a distâncias de até 3,5 milhões de quilômetros da Terra. Essa região, observou ele, não era estudada desde a missão Wind, nos anos 1990. "Há uma oportunidade para algumas ótimas observações sobre o clima espacial", afirmou.

 

Lillis disse que ainda espera "uma missão científica bastante semelhante", apesar da nova trajetória e do atraso na chegada do ESCAPADE a Marte. O cruzeiro prolongado significará mais exposição à radiação pela espaçonave, mas ele disse que os engenheiros verificaram para confirmar que isso não representará um problema. "Não estamos preocupados."

 

As duas espaçonaves, que haviam sido enviadas para a Flórida algumas semanas antes do lançamento programado, agora estão de volta à instalação da Rocket Lab em Long Beach, Califórnia. "Gostaríamos de ter lançado este ano, mas não conseguimos", disse ele. "Estamos ansiosos para fazer uma ciência única em Marte e ao longo do caminho."

 

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