Os Acordos Artemis Alcançaram 50 Signatários Com o Panamá e a Áustria

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Crédito: NASA/Joel Kowsky
Petra Schneebauer, embaixadora da Áustria nos Estados Unidos, assina os Acordos Artemis acompanhada pelo Administrador da NASA, Bill Nelson, e Jennifer Littlejohn, secretária assistente interina do Departamento de Estado para Assuntos Oceânicos e Ambientais Internacionais e Científicos.
 
No dia de ontem (12/12), o portal Space News notíciou que o Panamá e a Áustria assinaram os Acordos Artemis no dia 11 de dezembro, marcando a conquista de 50 signatários para o documento, que descreve princípios para a exploração espacial responsável.
 
De acordo com a nota do portal, em cerimônias separadas na sede da NASA, os embaixadores do Panamá e da Áustria nos Estados Unidos assinaram os Acordos. O documento, que os Estados Unidos e outros sete países assinaram inicialmente em 2020, descreve as melhores práticas que os países se comprometem a seguir na exploração espacial, em áreas que vão desde o compartilhamento de dados científicos até a utilização de recursos espaciais.
 
Com a adesão dos dois países, 50 nações já assinaram os Acordos, um marco comemorado pela NASA. "Você consegue acreditar, 50? Isso é quase um quarto de todas as nações do mundo", disse Bill Nelson, Administrador da NASA, durante a cerimônia de assinatura da Áustria, o 50º signatário dos Acordos. "Essas 50 nações afirmaram que os desafios do nosso tempo, incluindo o desafio da exploração, são enfrentados da melhor forma quando os enfrentamos juntos, no espírito de colaboração, em vez de tentarmos sozinhos."
 
"Os Acordos Artemis estão no centro dos nossos esforços de diplomacia espacial civil", disse Jennifer Littlejohn, secretária assistente interina do Departamento de Estado para Assuntos Oceânicos e Ambientais Internacionais e Científicos, durante a cerimônia de assinatura da Áustria. Ela observou que os signatários dos Acordos incluem uma ampla gama de países, desde potências espaciais até nações menores que estão começando suas atividades espaciais.
 
A Áustria, por exemplo, é membro da Agência Espacial Europeia e da União Europeia, e abriga o Escritório das Nações Unidas para Assuntos Espaciais e seu Comitê sobre o Uso Pacífico do Espaço Exterior (COPUOS).
 
"A Áustria está animada em aprofundar sua colaboração internacional na exploração espacial", disse Petra Schneebauer, embaixadora da Áustria nos Estados Unidos, durante a cerimônia. "Acreditamos que os Acordos Artemis são uma estrutura complementar para enriquecer e complementar o trabalho do COPUOS da ONU."
 
O Panamá, que assinou os Acordos algumas horas antes da Áustria, é um novato no espaço, tendo se juntado ao COPUOS apenas em 2021. "Este momento representa muito mais do que uma assinatura diplomática. É um compromisso ousado com a exploração pacífica, a descoberta científica e a colaboração internacional", disse José Miguel Alemán Healy, embaixador do Panamá nos Estados Unidos, em um comunicado.
 
"Os números importam, e quanto mais países assinarem os Acordos, mais forte será sua influência para apoiar princípios vitais como transparência, utilização de recursos espaciais e interoperabilidade", disse Mike Gold, diretor de crescimento da Redwire e ex-oficial da NASA que liderou o desenvolvimento dos Acordos, ao SpaceNews. "Com 50 países, os Acordos Artemis estão criando um precedente importante que impactará e influenciará até mesmo nações que não estão agindo de forma responsável no espaço."
 
Crédito: NASA/Joel Kowsky
José Miguel Alemán Healy (à direita), embaixador do Panamá nos Estados Unidos, assina os Acordos Artemis no dia 11 de dezembro ao lado do Administrador da NASA, Bill Nelson.
 
Passando o Bastão
 
Com a Áustria e o Panamá, 17 países assinaram os Acordos este ano, mais do que em qualquer outro ano anterior. Um terço de todos os signatários dos Acordos o fizeram este ano.
 
"Acho que o motivo do crescimento dos números é um testemunho do reconhecimento do que os Acordos representam, os valores compartilhados de segurança, transparência e sustentabilidade", disse Valda Vikmanis, diretora do Escritório de Assuntos Espaciais do Departamento de Estado, durante uma discussão em painel no SpaceNews Icon Awards, no dia 6 de dezembro. "Além disso, há o reconhecimento de que há um valor real em reunir países com a mesma visão para discutir esses assuntos."
 
Ela observou que as reuniões dos signatários dos Acordos Artemis oferecem uma oportunidade para discutir essas questões "de uma forma que talvez, como um grande fórum multilateral como o COPUOS, não proporcione a mesma franqueza e oportunidade."
 
Ela acrescentou que espera que esse ritmo continue, mesmo com a transição de administrações. "A diplomacia espacial é uma ferramenta incrivelmente poderosa", disse ela, uma que os Estados Unidos usam para "garantir que nossos próprios interesses estejam bem representados, que nosso setor comercial seja apoiado e possa prosperar, e que estamos mantendo um ambiente espacial seguro, transparente e sustentável."
 
Nelson, falando com repórteres após a cerimônia de assinatura da Áustria, comparou o desenvolvimento dos Acordos Artemis a uma corrida de revezamento, com o bastão sendo passado de uma administração para a próxima. A primeira administração Trump "iniciou a formalização disso com oito países, e passou o bastão para nós", disse ele. "Nós fizemos mais 42. Passaremos o bastão para a nova administração e isso continuará."
 
Gold disse que está ansioso para o próximo marco dos Acordos Artemis. "Embora eu esteja animado com os Acordos terem alcançado 50 signatários, o número que mais me empolga é 52, já que, nesse ponto, a maioria dos membros do COPUOS terá assinado os Acordos, o que, novamente, cria um precedente poderoso para apoiar um futuro de paz e prosperidade."
 
Isso pode acontecer em breve. "Acho que nas próximas semanas", disse Nelson em suas declarações na cerimônia de assinatura da Áustria, "vocês vão ver mais alguns."
 
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