O BTSA do INPE Completou 25 Anos de Qualificação de Propulsores de Satélites
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No dia de ontem (27/12), o portal do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) anunciou que o 'Banco de Testes com Simulação de Altitude (BTSA)' comemorou 25 anos de excelência na qualificação de propulsores de satélites, celebrando, assim, um marco histórico. O BTSA é o único laboratório na América Latina dedicado a testes de propulsores espaciais, consolidando-se como uma referência no setor e reforçando a importância de suas contribuições para o avanço da tecnologia espacial na região.
Imagens: INPE
Inaugurado em 29 de dezembro de 1999 na unidade de Cachoeira Paulista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Banco de Testes com Simulação de Altitude (BTSA) é o único laboratório da América Latina para a qualificação de propulsores espaciais de pequeno porte, utilizados principalmente em satélites e no controle de veículos lançadores.
Os propulsores testados no BTSA são fundamentais para a execução de comandos que mantêm satélites em suas órbitas corretas no espaço. No laboratório, são qualificados propulsores químicos monopropelentes, com empuxo de até 150N, e bipropelentes, com empuxo de até 200N. Os ensaios podem ser realizados em modo contínuo ou pulsado, com combustíveis como hidrazina anidra e monometil hidrazina, além de oxidantes como o tetróxido de nitrogênio.
O BTSA foi projetado e construído por meio de uma parceria entre o INPE e a empresa francesa SEP (Societé Européene de Propulsion), hoje SNECMA Moteurs. O núcleo do sistema é uma câmara de vácuo com 8,5 m³ de volume, onde a altitude é simulada a uma pressão equivalente a cerca de 130 km acima do nível do mar (10⁻⁴ atm).
Além da estrutura física, o laboratório possui uma equipe técnica altamente especializada que elabora cronogramas detalhados para cada teste. A preparação inclui o desenvolvimento de uma Cronologia Geral do Banco (CGB) e uma Cronologia Geral do Motor (CGM), além de procedimentos específicos para o sistema de segurança, grupo de vácuo, instalação da balança de empuxo e tratamento de dados.
Com capacidade para realizar adaptações que permitem o uso de novos propelentes no futuro, o BTSA permanece na vanguarda tecnológica, consolidando-se como um marco da engenharia aeroespacial no Brasil e na América Latina.
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